Encontro de bicicletas antigas no topo da praça atraiu mais público

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O 5 de Outubro voltou este ano a ser feriado e com ele voltaram também as bicicletas antigas no já tradicional passeio entre o Campo e as Caldas da Rainha. Além deste passeio, o Projecto Retrato também fez uma alusão aos tempos da implantação da república, com várias recriações em vários pontos da cidade.
O passeio das bicicletas juntou cerca de 120 ciclistas.

A novidade deste ano consistiu na intercepção entre este passeio e uma outra recriação da mesma época pelo Projecto Retrato, que envolveu vários grupos etnográficos do concelho. Juntaram-se as bicicletas, os trajes os costumes de cultura e lazer e também os farnéis do Portugal do início do século XX, ao topo da Praça da Fruta. As duas iniciativas fizeram com que muito público se juntasse à volta daquele mini anfiteatro improvisado, tanto para assistir às interpretações do rancho, como para ver depois os cicloturistas a recriar as buchas de antigamente.
Quando os ranchos terminaram a sua actuação seguiram o seu caminho. Recriaram o malhar do milho, as lavadeiras lavaram roupa no Parque e na Rua das Montras houve dança, música à desgarrada e leilões de fogaças.
Tinta Ferreira, presidente da Câmara, assistiu aos eventos acompanhado de outros representantes das autarquias locais e enalteceu ambas as iniciativas. “É a tradição popular da vila das Caldas no tempo da revolução do 5 Outubro, como as pessoas conviviam. Traz uma vivência interessante à cidade”, comentou.
O autarca acrescentou que o feriado foi pleno de actividade em vários espaços da cidade, mostrando-se agradado que as pessoas “vivenciem a cidade. Sentimos satisfação das pessoas em poderem sair à rua”, referiu, realçando também a importância que estes eventos têm na atração turística. “Quem nos visita sabe que tem uma boa vivência na cidade, bom ambiente e regularmente muitas iniciativas, o que faz com que as pessoas nos procurem por isso”, concluiu.
Joaquim Ramos, da organização do passeio, acredita que foi positiva a mudança para o topo da Praça da Fruta, apesar das pessoas estarem habituadas e gostarem do evento na Rua Dr. Miguel Bombarda. Também considera positiva a interacção entre diversos eventos, mas acredita que no futuro será necessário conjugar melhor os tempos, uma vez que os cicloturistas acabaram por ficar algum tempo parados.
Foi isso que notou Emília Carrasqueira, que todos os anos é uma das presenças mais notadas no passeio, por transportar sempre consigo pelo menos um galináceo.
Aos 66 anos continua a utilizar com frequência a bicicleta e a presença no passeio deve-se à envolvência que a iniciativa proporciona. “Venho com a família e trago sempre os meus cocoquichos”, comenta. A presença destes na traseira da bicicleta faz com que seja uma das mais procuradas por quem assiste para tirar fotografias.
Joaquim Ramos realça o grande envolvimento da população do Campo nesta iniciativa, quer na participação, quer no apoio. “Este ano vieram até mais que o habitual, estou contente por isso”, rematou.

 

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