José Vala promoveu uma grande rotação na equipa, com a entrada de nove jogadores | Joel Ribeiro
Parque de Jogos Pardal Monteiro, Pêro Pinheiro
Árbitro: Paulo Raposo, AF Santarém. Assistentes: Pedro Freire e Arlindo Crespo
PÊRO PINHEIRO 1
André Martins; Jerónimo, Juliano, Ilmo e Maurício; Tiago Francisco (Tiago Honrado 70’) e José Pedro; Leo Mofreita (Ricky 82’), Michael Segun e Nuno Colaço; Rui Janota (Flávio Passos 62’)
Não utilizados: Soutilha, Ricardo Santos, Botas, Alcides
Treinador: Rosalino CALDAS 1
Natalino [2]; Bé [2], Militão [2] (C), Rony [2] e Clemente [2]; Simões [2] (Marcelo [1] 79’) e André Santos [3]; Cruz [2] (João Tarzan [3] 60’), Vítor Tarzan [2] e Januário [2] (Farinha [2] 60’); Araújo [2]
Não utilizados: Luís Paulo, Paixão, Rui Almeida, Odair
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Michael Segun (21’) e João Tarzan (76’)
Disciplina: amarelo a Juliano (25’) e Ricky (88’)
O Caldas viajou ao terreno do Pêro Pinheiro a pensar no jogo de quarta-feira com o Desportivo das Aves e mesmo assim conseguiu um empate a uma bola que confirmou a despromoção da equipa do concelho de Sintra.
José Vala poupou grande parte dos habituais titulares para esta partida – só sobraram Militão e Clemente –, ao mesmo tempo que mediu o pulso a jogadores como André Santos e Simões quanto à sua disponibilidade para o jogo da Taça.
O Pêro Pinheiro precisava desesperadamente de vencer para se manter na luta pela manutenção, mas não se conseguia impor a um Caldas mesmo tão desfalcado. Os alvinegros conseguiam, quase sempre, controlar as operações, mas jogavam num ritmo pouco intenso e pouco direcionado à baliza contrária, o que tornava o jogo até algo enfadonho.
A equipa da casa conseguiu dar um abanão aos acontecimentos quando ao minuto 21 se adiantou no marcador. Jogada pela esquerda do ataque, com a bola a chegar ao interior da área e, depois de uma carambola entre jogadores das duas equipas, o nigeriano Michael Segun empurrou para o fundo da malha.
O Caldas procurou reagir, mas só se aproximava em lances de bola parada. Até que à meia hora Cruz entrou em progressão na área e foi para o chão no contacto com Ilmo. Paulo Raposo assinalou grande penalidade, mas Simões não conseguiu enganar André Martins.
A segunda parte não trazia grandes novidades. O Caldas com mais bola, mas só nos lances de bola parada, sempre com André Santos como municiador, se aproximava do alvo, mas sempre sem sucesso. Até que a meia hora do fim José Vala colocou em campo os agitadores Farinha e João Tarzan. O primeiro não perdeu tempo a testar André Martins, com um remate de longe. Mas foi o goleador que repôs a igualdade com um golo digno do rei da selva… e dos golos. Após um lançamento lateral, João Tarzan trabalhou sobre um adversário, fez um passe curto e correu para a área para poder captar um passe longo. Como que embalado em lianas, chegou primeiro à bola que o guarda-redes e empatou o jogo.
MELHOR DO CALDAS João Tarzan 3
Entrou meia hora para fazer o que os companheiros não estavam a conseguir, apontar à baliza contrária, e conseguiu fazer o golo do empate num lance digno do rei… dos golos.
| D.R.
Cruz, jogador do Caldas SÓ FALTOU VENCER
Mostrámos que o plantel tem muitas opções e que o mister pode contar com qualquer um, fez muitas alterações, o que é normal pelo jogo que tínhamos a seguir, e quem entrou deu uma boa resposta. Não vencemos, mas fomos a equipa com mais qualidade, com mais oportunidades. Tem sido uma época de sonho, num clube muito forte, que estava um pouco adormecido, mas um clube desta dimensão, o que estamos a viver agora é o que devíamos viver desde o início da época sem ser preciso esta caminhada na Taça. Estou no melhor plantel em qua alguma vez estive, a nível de qualidade, de amizade, de união de grupo, e isso nota-se dentro do campo porque não olhamos a quem joga, ajudamo-nos sempre e jogamos sempre com um sorriso.
| D.R.
José Vala, treinador do Caldas SEM DESVIRTUAR
Na primeira parte tivemos qualidade, mas parecia que estávamos a fazer um exercício de posse de bola e estávamos a esquecer o objectivo baliza. Na segunda parte não tivemos tanta qualidade mas fomos mais objectivos. Pensámos no jogo da Taça, mas não podíamos desvirtuar o campeonato e procuramos os pontos.
Rosalino, treinador do Pêro Pinheiro DESCIDA
É um resultado que sela a nossa descida, mesmo que ganhássemos a situação era muito difícil. Ficámos com dúvidas no último lance se seria penálti. J.R.