Empate escapou no último lance

Ao terceiro jogo da época o Caldas conheceu o sabor da derrota, num jogo em Mafra que o pelicano equilibrou, mas no qual teve menor poder de ataque. Mesmo assim, depois de terem estado a perder por dois golos, os caldenses estiveram à beira do empate no último lance do jogo.
Até esta partida o Caldas somava duas vitórias e o Mafra duas derrotas (ambas têm em atraso uma partida do campeonato). José Vala tinha dito que ia tentar tirar partido de alguma intranquilidade que os mafrenses poderiam evidenciar e o Caldas começou o jogo a controlar as operações no meio campo.
De resto, foi tónica da partida algum equilíbrio na luta pela posse de bola. O que desequilibrou foi a capacidade que o Mafra teve para desequilibrar a equipa do Caldas na zona de ataque, capacidade que faltou aos alvinegros na maior parte do encontro.
O Mafra adiantou-se cedo, o que também contribuiu para as dificuldades que o Caldas sentiu em termos ofensivos. Um remate de Varão à entrada da área, descaído sobre a esquerda, com a bola a bater num caldense e a descrever um arco que tirou Luís Paulo da jogada.
O ataque ‘curto’ do Caldas traduziu-se em dois remates de muito longe de Januário e dois cruzamentos perigosos de Juvenal, um deles desviado de cabeça por João Rodrigues à figura de Caio.
Na segunda parte o minuto 10 voltou a ser decisivo para o Mafra. Num lance na área Luís Paulo ganha no chão a um primeiro adversário que lhe surgiu pela frente, mas acabou por derrubar Allef.
O segundo golo tranquilizou o Mafra, talvez em demasia. José Vala mexeu bem na equipa, Alexandre Cruz e principalmente Sabino, frescos, trouxeram mais dinâmica e o Mafra foi recuando. O Caldas reduziu por João Rodrigues, aproveitando um choque de Caio e Sandro que lhe deixou a bola à mercês (depois de uma primeira tentativa de remate de Farinha). E o empate só não chegou nos instantes finais porque Sandro estava no sítio certo para deter a cabeçada de Rony.

MELHOR DO CALDAS
Juvenal                      4
Perante as dificuldades dos homens da frente na conquista de espaços, foi do pé direito do lateral que saíram os cruzamentos mais perigosos do Caldas, incluindo o que resultou no golo alvinegro.

 
Nuno Januário, Jogador do Caldas
Entrámos melhor
Entrámos melhor que eles, mas no primeiro remate que fizeram marcaram golo. Fomos um pouco abaixo, mas tentámos recuperar. Entrámos melhor outra vez na segunda parte e sofremos o penálti. A partir daí foi o tudo ou nada, fizemos o golo e ficou tudo em aberto até ao fim. Está no início, temos humildade para perceber que há muito campeonato pela frente e uma derrota aqui não nos faz baixar os braços. O meu objectivo é continuar a trabalhar para poder um dia dar o salto.

José Vala, treinador do Caldas
A chave foram os golos
A chave do jogo está na forma como sofremos os golos. Entrámos bem, melhor que o Mafra mas sofremos o golo. Na segunda parte a mesma coisa. A partir daí arriscámos tudo. Reconheço que a vitória do Mafra é justa mas acreditámos até ao último minuto e podíamos ter sido felizes no último minuto e o empate também nos ficava bem.

Pedro Silva, treinador do Mafra
Complicámos
Foi um jogo equilibrado, talvez mais do Mafra na primeira parte e o Caldas acreditou mais depois de ter marcado. Estava um jogo fácil e complicámos. O Caldas começou a acreditar, a explorar o erro e podia ter feito o empate.