Muitas ausências importantes e eficácia dos lisboetas deu goleada…
Foi dura para o Caldas a viagem até ao Estádio da Tapadinha. Os pelicanos, com muita gente “importante” de fora, acabaram vergados ao peso de uma goleada que não espelha uma superioridade evidente do Atlético, mas expões as muitas condicionantes que José Vala tem tido para montar a sua equipa, com expoente máximo nesta partida.
Aos jogadores que já vinham nas últimas semanas ‘estacionados no estaleiro’ do Campo da Mata – João Tarzan, Gonçalo Chaves, Farinha, Edu – juntou-se o castigado Kevin Lopez, o que obrigou José Vala a mexer, novamente, no reduto defensivo da equipa. Perante as limitações, o pelicano apresentou-se num 4-3-3, sem poder implementar as dinâmicas que têm sido habituais a partir de uma defesa a três em posse de bola.
Mesmo assim, os pelicanos encontravam equilíbrios com uma formação mais compacta, que pudesse tirar partido da velocidade dos seus extremos, Miguel Velosa e Rafa Pinto, jogadores em evidência neste arranque de época. O Atlético também não se desmontava com facilidade, mostrando conhecimento desse ponto forte do Caldas. Mas ao minuto 20, através de um lance de bola parada, acabou por chegar ao golo. Foi um livre perto do vértice da área, falta de Clemente a travar Barandas. O mesmo cobrou ao segundo poste, onde Bruno Almeida cabeceou à vontade para inaugurar o marcador.
A vantagem deu possibilidade ao Atlético de gerir o jogo da forma como melhor lhe assentava. O Caldas procurou ter posse de bola, mas a ter que forçar o ataque sentiu mais problemas para criar os espaços necessários para criar problemas junto à baliza de Luís Ribeiro. E acabou por ser o Atlético que aplicou ao Caldas a receita que os caldenses teriam para a partida. A jogar a partir de trás, na segunda parte, conseguiram explorar de forma eficaz tanto a profundidade criada por um Caldas mais subido, como alguma infelicidade dos pelicanos em lances-chave. À hora de jogo, um mau passe de Rodrigo Dias permitiu contra-ataque rápido a Barandas, o central ainda recuperou e conseguiu o corte, mas a bola tabelou nas pernas do avançado e passou por cima de Luís Paulo.
Mas o dia negro do central ainda não tinha acabado. Nova perda de bola ao minuto 71 para Tito Jr., que ofereceu o terceiro a Elias. E o central ainda cometeu penálti sobre Joãozinho, permitindo a Caleb o quarto golo… ■
Momento do jogo
Corria a hora de jogo. A segunda parte ainda tinha dado pouco ‘sumo’, com o Caldas a ter mais bola à procura do golo do empate, mas o Atlético também já tinha emitido dois avisos. Em construção na zona do meio campo, um passe errado de Rodrigo Dias foi interceptado por Caleb e o camisola 10 lançou Barandas. Rodrigo Dias recuperou e parecia capaz de emendar o erro, mas o azar bateu-lhe à porta, o corte tabelou nas pernas de Barandas e fez um chapéu perfeito a Luís Paulo. A perder por dois, tudo se complicou. ■
João Tarzan deve parar sete meses
O Caldas foi ao terreno do Atlético com uma equipa muito condicionada por lesões, sendo o caso mais difícil o do avançado João Tarzan. O camisola 33 está afastado da equipa desde 8 de setembro, quando alinho contra o U. Santarém, a contas com um problema num joelho. O avançado, que tinha diagnosticado um problema no menisco, foi operado na semana passada e acabou por confirmar-se que o problema era mais grave. Além da lesão no menisco, verificou-se que existia rutura de ligamento cruzado, que foi reparada também. No entanto, este novo problema aumenta o tempo de paragem para cerca de sete meses… ■































