Dupla vitória com insulares coloca o Caldas em quarto

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O Caldas está definitivamente de volta às vitórias e na partida com o Angrense aliou o resultado a uma exibição pincelada com momentos de genialidade. O Caldas de José Vala está a crescer e, para já, instala-se de forma confortável na metade cimeira da tabela.
O Angrense vinha com rótulo de lanterna vermelha, mas se na quarta-feira anterior o Caldas controlou de forma perfeita o jogo com o Lusitânia, desta vez os insulares procuraram surpreender na fase inicial.

O Caldas sentiu alguns problemas sobretudo para travar o ataque rápido do Angrense, que em tabelas furou duas vezes a defensiva alvinegra nos primeiros 10 minutos. Valeu na primeira ao Caldas que João Borges não direcionou bem o chapéu a Luís Paulo. Na segunda o guarda-redes foi mais veloz a sair dos postes e não deixou o avançado rematar.
O Caldas recebeu o sinal de alerta e a partir daí a história começou a escrever-se com outro texto.
O meio-campo do Caldas começou a ganhar mais cedo a bola e a retê-la de forma mais eficaz. André Simões e André Santos foram também os primeiros a tentar a sorte, com o segundo a obrigar Délcio a uma defesa muito complicada na ressaca de um canto.
Foi mesmo no meio campo que o Caldas ganhou o jogo. Simões ganhou uma bola no ar e lançou João Rodrigues, este desafiou Ivan, levou a bola para a área e entregou-a a Cruz, que meteu a bola entre o poste e o guarda-redes quando este já esperava um cruzamento.
Cinco minutos depois, nova bola ganha no meio chegou a João Rodrigues que encontrou Farinha à boca da baliza para fazer o segundo.
Na segunda parte os pelicanos só tinham que gerir e assim fizeram. Jogaram de forma coesa no meio campo defensivo e foram espalhando magia nas transições. André Simões, Alexandre Cruz e João Rodrigues espalhavam magia cada vez que tocavam na bola e os contra-ataques levavam sempre perigo à baliza de Délcio. Faltou melhor finalização e por vezes por muito pouco. Que o diga o júnior Bé, que quase marcou servido por João Rodrigues.
O Angrense também fez pela vida e em duas ocasiões podia ter relançado o jogo, se não estivesse na baliza do Caldas um Luís Paulo a atravessar um grande momento de forma.

MELHOR DO CALDAS

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João Rodrigues    4

O Caldas marcou cinco vezes nos dois jogos com as equipas açorianas e o avançado esteve em todos. Contra o Angrense foram dois trabalhos magníficos na assistência para Cruz e depois para Farinha. E cada vez que toca na bola delícia os adeptos.

André Simões, jogador do Caldas

Dinâmica de vitória

Queríamos vencer para entrar numa dinâmica de vitórias, penso que fizemos um jogo bem conseguido e que a vitória se ajusta. Todo o grupo focou-se no objectivo de voltar as vitórias, não atingimos nada temos que continuar a trabalhar para manter esta dinâmica de vitórias. Com o Estoril é um jogo completamente diferente, vamos dar o nosso melhor e tentar obter o melhor resultado possível. Como nos outros anos o meu objectivo é dar o meu melhor por este que é o meu clube, quando os misters entenderem que devo contribuir dou o meu melhor. É bom sentir o carinho do público.

José Vala, treinador do Caldas

Vitória justa

Fizemos um bom jogo, não podíamos olhar para a classificação porque o Angrense é uma equipa forte, tiveram uma ou outra oportunidade mas depois equilibrámos a posse de bola. Na segunda parte o Angrense nunca desistiu, mas penso que foi um bom jogo e uma vitória justa. Vamos desfrutar o jogo da Taça e lutar para um bom resultado. Espero que venha muita gente fazer uma boa festa.

Miguel Rodrigues, treinador do Angrense

Dois erros

Viemos tentar dar a volta a um péssimo início de campeonato. Os indicadores que a equipa deu são positivos, mas sofremos dois golos em cinco minutos, em dois erros, a partir daí foi um jogo equilibrado. O Caldas teve oportunidades quando arriscámos mais.

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