A-dos-Francos mantém objectivos no nacional de futebol feminino

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O grupo de atletas que iniciou os trabalhos, equipa técnica e diretores | D.R.

A equipa feminina do GDC A-dos-Francos iniciou os trabalhos com vista à nova época no passado dia 6 de Agosto. Numa época em que o panorama do futebol feminino muda, com a entrada do Sporting e do Sp. Braga, uma maior aposta da federação e um novo sistema competitivo, o clube do concelho das Caldas da Rainha aposta em fazer uma boa época.

Catarina Lopes e Matilde Figueiras foram, pelo menos até esta fase, as duas únicas baixas no plantel comandado por Renato Fernandes. Ambas saíram para o Sporting e constituíram pedras basilares em todo o processo do desenvolvimento do projecto do futebol feminino em A-dos-Francos. Eram, inclusivamente, duas das capitãs.
Apesar de terem sido perdas de relevo, o técnico realça que houve outros clubes com mais perdas, o que até pode ser uma vantagem durante a temporada.
Para além de não ter perdido um grande contingente de jogadoras, Renato Fernandes acrescenta que o clube se reforçou bem.
“Não foi fácil, tentámos algumas soluções mas apareciam os clubes maiores e ficavam com as jogadoras, mesmo assim, dentro das nossas possibilidades, conseguimos bons reforços”, refere o treinador que vai para a segunda época com a equipa. A maioria são atletas jovens, mas há um reforço que traz mais experiência, quer em termos de jogo, quer na relação com o clube, Cristiana Garcia, que regressa depois de uma época no Ouriense. A internacional portuguesa é mais uma opção para o meio campo, onde a equipa estava carenciada. Para já são oito as novas atletas, pode chegar ainda mais uma guarda-redes, “mas não é uma situação urgente”, observa Renato Fernandes.
O novo panorama vem abanar um pouco o futebol feminino. Renato Fernandes diz que, apesar de ter sido uma realidade imposta e que, numa análise que não é difícil de fazer, é mais prejudicial para os clubes com estruturas pequenas, não vale a pena perder tempo a discutir se é justo ou não.
De resto, os objectivos continuam a ser os mesmos, trabalhar para atingir a manutenção, na melhor posição possível. “O que vai acontecer é que as atletas que estavam concentradas em três ou quatro clubes, agora estão mais espalhadas, vai criar mais competitividade e atrair o foco da comunicação social”, considera. O que o técnico não duvida é que esta é uma boa oportunidade que o futebol feminino português deve aproveitar para crescer.
Na opinião do técnico, a única coisa que não ficou acautelada foi a compensação dos clubes pequenos. “Andaram a formar atletas e perderam tudo, as atletas, a visibilidade que tinham, porque possivelmente vão andar mais abaixo, mas quer se queira quer não o futebol feminino vai mudar”.
Também o sistema da competição mudou. Caiu a segunda fase, passando a ser uma fase única disputada por 14 equipas entre 10 de Setembro e 10 de Junho. Quatro equipas serão despromovidas.
Além da equipa principal, a equipa do A-dos-Francos vai ter uma equipa de juniores a disputar o campeonato nacional, cujo objectivo é atingir a fase final, e vai voltar a ter uma segunda equipa sénior. Tem ainda escalões jovens de futebol masculino, de traquinas, benjamins e infantis.

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Plantel
Aquisições: Ana Dias (Cadima), Maria Jesus (Fundação Laura Santos), Reis (Estoril), Carolina Silva (Castrense), Cristiana Garcia (Ouriense) e Jeka (Castrense)

SENIORES
Ana Dias, Ana Rita Batista, Bárbara Reis, Bárbara Santos, Carolina Libório, Carolina Ferreira, Catarina Silva, Catarina Sousa, Cláudia Tecedeiro, Cristiana Garcia, Daniela Sobreiro, Denise Ferreira, Ian Moirinho, Iva Moirinho, Jeka Pacheco, Joana Silva, Luciana Garcia, Maria Jesus, Marisa Marques, Milene Ramos, Rafaela Gonçalves, Sofia Silva, Tatiana Costa, Telma Fernandes

INICIADAS
Catarina Oliveira, Cláudia Mendinhas, Juliana Rocha

JUVENIS
Filipa Matos, Luana Rebelo, Mariana Ubaldo, Nicole Filipe, Patricia Costa, Tânia Ferreira, Vitória Antunes

JUNIORES
Nádia Nangi, Iara Ferreira, Mariana Ferreira, Patricia Domingos

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