Determinação no regresso às vitórias

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A entreajuda defensiva do Caldas anulou por completo o ataque do Alcanenense, bolas paradas incluídas |Joel Ribeiro

Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Quitério Almeida, AF Lisboa
CALDAS                       2
Luís Paulo [3]; Juvenal [3], Militão [4] (C), Rony [4] e Clemente [3]; Paulo Inácio [4], André Santos [3] e Marcelo [4] (Simões [1] 85’); Januário [3] (Farinha [2] 74’), João Rodrigues [3] e Cruz [3] (Cascão [1] 89’)
Suplentes: Natalino, Rui Almeida, Sabino, Bé
Treinador: José Vala
ALCANENENSE          0
Hélio; Itto, Demiral, Luís Oliveira e Peu; Faia (C), Bob (Elton 66’) e Ragner (Eddy 85’); Patrick (Miguel 66’), João Leonardo e Luís Tavares
Suplentes: Francisco Silva, Bruno Ferreira, Simão Moreno
Treinador: José Torcato
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Januário (10’) e Marcelo (55’)
Disciplina: Amarelo a Patrick Igwe (9’), Faia (18’), Marcelo (29’), Juvenal (33’), Demiral (33’ e 90’+4) e Itto (61’). Vermelho por acumulação a Demiral (90’+4)

O Caldas regressou às vitórias e a determinação que colocou no jogo com o Alcanenense foi determinante para a conquista destes três pontos. Isso e o pontapé canhão de Marcelo Santos.
O Caldas vinha de dois desaires para o campeonato, ambos fora e com a condicionante dos alvinegros terem ido para o intervalo em vantagem no marcador.
Esta era a altura de dar a volta e impedir que a série negativa se prolongasse e a equipa do Caldas surgiu com entrega e determinação que se traduziu num quarto de hora inicial de grande pressão ofensiva.

José Vala transformou o 4-2-3-1 em que a equipa se vinha apresentando num 4-3-3 clássico, com Paulo Inácio a funcionar como pivot defensivo e André Santos e Marcelo Santos, que manteve a titularidade ganha nos Açores, a funcionarem como box-to-box, no apoio quer às acções defensivas, quer ofensivas.
O jovem médio justificou em pleno a aposta e ficou muito perto do golo ao minuto 10, quando aproveitou uma bola conquistada no ataque pelo Caldas para visar a baliza de Hélio, o poste entregou a bola a Januário e o avançado não desperdiçou.
O Caldas era eficaz no trabalho que fazia, não deixava o Alcanenense pensar as saídas e conquistava rapidamente a posse de bola e até meio da primeira parte procurou o segundo golo, que esteve perto num cruzamento de Marcelo que Januário desviou de cabeça a rasar a barra.
O Alcanenense foi equilibrando e teve num livre de Ragner e num remate de Itto as únicas oportunidades no primeiro tempo.
A segunda parte começa com o Caldas novamente ao ataque. Clemente atirou à barra num livre, Marcelo teve melhor pontaria num remate do meio da rua. O médio que sempre fez muitos golos nas camadas jovens estreava-se a marcar na oitava presença na equipa principal.
O golo exorcizava o fantasma da reviravolta dos dois jogos anteriores. O Caldas manteve a concentração até final e o Alcanenense só voltou a criar perigo num remate de Ragner ao lado e numa jogada de Tavares bloqueada por Militão e Luís Paulo, revelador do acerto defensivo dos pelicanos.

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Melhor do Caldas

Marcelo Santos 4
Tinha dois mísseis agendados para o minuto 10 de cada parte e foi certeiro nos disparos, um foi ao poste e deu golo na recarga, o outro acertou em cheio no alvo. Ainda fez duas assistências, mas nem Januário nem João Rodrigues acertaram no alvo.

Alexandre Cruz, jogador do Caldas

Estávamos a precisar
É uma vitória que estávamos a precisar depois de dois jogos em que estivemos a ganhar e perdemos nos últimos instantes. É importante ganhar em casa para chamar os adeptos, para nos virem apoiar, e sobretudo para subirmos na classificação. Foi uma vitória importante em que a equipa esteve toda unida. Neste momento estamos a pensar jogo a jogo para nos tentarmos aproximar da frente. Sabemos que é complicado, mas eles também vão perder pontos e temos que fazer o nosso trabalho sem pensar nos outros. Tenho trabalhado para ganhar o lugar, os colegas também ajudam e o que interessa é a equipa ganhar.

José Vala, treinador do Caldas

Mais qualidade de jogo
Tentámos igualar o Alcanenense no aspecto físico e ser superior na qualidade de jogo. Foi um jogo equilibrado, com alguma superioridade do nosso lado, fomos mais eficazes mas tivemos mais oportunidades que o Alcanenense. Os jogadores interpretaram bem o que se pediu. Temos feito primeiras partes muito boas e depois falta sempre qualquer coisa, os jogadores estavam a merecer isto. Há um fosso grande para os primeiros, mas com esta atitude competitiva tudo é possível, vamos pensar jogo a jogo e manter esta organização.

José Torcato, treinador do Alcanenense

Digno vencedor
Há que dar os parabéns ao Caldas que marcou dois golos e foi um digno vencedor. Foi um jogo fraco, as duas equipas podem fazer mais. Sofremos um golo num erro nosso, temos a bola controlada e perdemo-la. O segundo golo foi feliz do jogador. Foi um jogo equilibrado entre duas equipas que se conhecem bem.

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