Os juvenis A do Caldas terminaram a participação no Nacional de Juvenis com uma vitória em casa. Com a manutenção e o primeiro lugar desta fase já garantido, os alvinegros tiveram direito a jogo de consagração e, num festival de golos, saíram vitoriosos ao marcar duas vezes na compensação.
A jogar em clima de festa, com os cabelos pintados de branco, os jovens caldenses entraram cheios de vontade de vencer o último jogo, contra o já condenado Bairro do Valongo.
O golo de Gonçalo Veludo ao quarto de hora coroou um início de jogo com várias oportunidades, com o Caldas a saber explorar os três corredores do ataque.
Mas a formação do distrito de Castelo Branco respondeu e chegou ao empate de grande penalidade. Na insistência de um lance em que João Gomes acertou no poste (após uma bola longa do guardião), João Tomás caiu na área em falta. O iniciado Rodrigo Oliveira não desperdiçou.
À beira do intervalo o Caldas voltou à dianteira com uma jogada construída desde o sector recuado. Gonçalo Barreiras bateu a defensiva contrária e ofereceu o golo a Miguel Rebelo.
Num início louco de segunda parte, Rodrigo Oliveira fez o empate ao desviar um livre, Gonçalo Barreiras, que já tinha estado nos dois primeiros golos, voltou a colocar o Caldas na frente, e Tiago Marinho, novamente a desviar um livre, empatou o jogo a três.
O Caldas nunca se deu por satisfeito e já nos descontos chegou à vitória com um golo de Miguel Rebelo, assistido por António Brito, que colocou a cereja no topo do bolo a seguir, ao marcar o quinto numa meia bicicleta de costas para a baliza.
CARLOS SANTOS, TREINADOR DO CALDAS
Esta manutenção foi mais difícil do que possa parecer. É um grupo que não tem muitas referências, teve que se trabalhar mais a nível colectivo mas correu bem nesse aspecto. Encaminhámos-nos, estabilizámos, estivemos bem organizados a defender e a atacar e foi mérito de todos. Conseguimos o primeiro lugar destacados, que vale o que vale porque o que interessava era a manutenção, mas fica na história do clube.
Esta é uma geração que pode ser aproveitada, mas tem que se ter cuidados, porque são miúdos. É fazê-los crescer.
Houve sempre muitas dificuldades em manter a equipa de juvenis no Nacional, subia-se e descia-se. Conseguimos estabilizar, acreditamos que o Caldas está a ficar com uma formação consolidada, embora haja sempre coisas a limar. É preciso dar valor à formação, porque senão não há milagres ali em cima (no Campo da Mata). Se o trabalho for bem feito podem aparecer jogadores regularmente, sem aposta, sem ajuda e apoio não dá, é continuar este caminho.
Quero agradecer aos pais, aos directores, aos jogadores, ao público e à comunicação social. Demos o melhor de nós e as coisas concretizaram-se naturalmente.































