Ciclismo: Oeste em foco na Volta a Portugal deste ano

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Penúltima etapa vai ter metas volantes nas Caldas da Rainha, Torres Vedras e no Bombarral e acaba no alto do Montejunto

A região Oeste está em grande foco no percurso da Volta a Portugal deste ano, com a subida de Montejunto a ser o último palco montanhoso da 86ª edição da “Portuguesa”, antes de um contrarrelógio final em Lisboa.
Num regresso desta subida à Volta, 42 anos depois, esta nona etapa, que começa em Alcobaça e passa por Caldas e Bombarral (onde existem metas-volante), promete ser uma ajuda na definição da geral. A prova decorre entre 6 e 17 de agosto.
Esta jornada decorre no território da região Oeste, de onde são os dois maiores voltistas portugueses – João Almeida e Joaquim Agostinho. A nona etapa da “Portuguesa” deste ano pretende homenagear Joaquim Agostinho, aquando da passagem pela cidade de Torres Vedras.
“Era uma etapa que eu planeava há muito. […] Muita atenção a ela”, alertou o diretor da prova, Joaquim Gomes, durante a apresentação do percurso, na Câmara de Lisboa. O mesmo responsável acrescentou ainda que “para ganhar a Volta tem que ser um corredor completo dado o nível de exigência do percurso” e realçou “a grande novidade que é a chegada ao Sameiro (Braga) e o final do Alto de Montejunto há muito que merecia uma etapa como homenagem a Joaquim Agostinho e a João Almeida, corredores do Oeste”.
O pelotão sairá do Panorama, novo multiusos de Alcobaça, e segue em direção ao mar, até à Nazaré, antes de começar a descer para as Caldas por São Martinho do Porto, Salir do Porto, Foz do Arelho e Nadadouro. Nas Caldas a meta volante ficará junto ao monumento alusivo ao 16 de Março, em frente ao quartel. Da cidade termal o pelotão segue para Óbidos, Peniche, Lourinhã e Torres Vedras, antes de subir para o Bombarral e daí para o final, no topo da serra.
Este ano o pelotão vai percorrer um total de 1581 quilómetros, entre Maia e Lisboa. Das onze etapas, seis têm metas em alto. Tudo começa com um prólogo de 3,4 quilómetros, na Maia. Na primeira etapa temos uma ligação Viana do Castelo – Sameiro, com dupla ascensão a este santuário. No terceiro dia o pelotão vem de Felgueiras e faz quase 168 quilómetros, que incluem terra batida, antes de terminar no empedrado de Fafe.
A terceira etapa será a mais longa deste ano, com 185 quilómetros, a começar em Boticas e a terminar em Bragança, com passagem pela Serra da Nogueira. A Senhora da Graça, que tem sido o grande palco de decisões da Volta, aparece na quarta etapa, antes de um dia mais calmo, entre Lamego e Viseu, com um percurso maioritariamente plano.
A sexta etapa partirá de Águeda terminando no empedrado da Guarda, num dia com várias subidas. Segue-se a mítica subida à Torre, depois de uma partida no Sabugal, quase 180 quilómetros antes. O pelotão vai subir mais de 20 mil metros pelas Penhas da Saúde na única contagem de categoria especial de todas as edições da Volta.
Na oitava etapa temos uma ligação Ferreira do Zêzere-Santarém, antes da etapa oestina, que antecede a derradeira, com um contrarrelógio plano com partida e chegada à Praça do Império, em Lisboa, junto ao Centro Cultural de Belém (num total de 16,7 quilómetros).
Fora da Volta deste ano ficam o Alentejo e o Algarve. O pelotão lutará pela Camisola Amarela Continente para o primeiro da Classificação Geral Individual, mas também pela Camisola Laranja Galp (dos pontos, acumulados nas 27 metas volantes e nas chegadas), bem como da Camisola Azul Paredes Rota dos Móveis (para o trepador que somar mais pontos nas 28 contagens para este prémio) e a Camisola Branca Placard, da juventude.
Estão confirmadas 15 equipas, 9 das quais portuguesas, às quais se junta a ProTeam espanhola da Caja Rural, os australianos da Atom 6 Bikes/ Decca Continental Team, a Israel/ Premier Tech Academy, a Petrolike, do México, a Project Echelon Racing, dos Estados Unidos da América e a Illes Balears/ Arabay, de Espanha. Este ano não participam as habituais Euskaltel-Euskadi, Burgos-BH e Kern Pharma, de Espanha, nem a Vorarlberg. ■

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