Ciclismo: João Almeida recupera e está à porta do top 20

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João Almeida tem sido o principal apoio de Remco Evenpoel para chegar à vitória

Ciclista de A-dos-Francos tem-se mostrado confortável na montanha no apoio a Remco Evenpoel e já é o melhor português em prova

O Giro chegou na passada terça-feira, dia do fecho desta edição da Gazeta das Caldas, ao primeiro dia de repouso, com o caldense João Almeida em franca recuperação na classificação. O ciclista da Deceuninck-Quick-Step é 23º da geral, a 4m56 do líder, o colombiano Egan Bernal (Ineos Grenadier) e a 3,54 minutos de entrar no top 10.
Depois de ter sentido dificuldades para acompanhar a frente da corrida na primeira etapa de montanha do Giro, que lhe valeu a perda de quase seis minutos, João Almeida voltou à sua melhor condição. Afastado da disputa pela camisola rosa, o caldense é agora o principal apoio do belga Remco Evenpoel, o melhor posicionado da Deceuninck para a vitória na geral da prova italiana.
De resto, quando as dificuldades apertaram nos últimos dias de prova, João Almeida tem sido a principal proteção ao belga, um trabalho que o sacrifica, mas que acaba por lhe permitir escalar na classificação. Depois de ter caído para o 50º lugar, já recuperou tempo e posições.

Caldense já recuperou 27 lugares e cerca de um minuto para a liderança

O regresso de João Almeida à boa condição física ficou sublinhado nas etapas 6, 8 e 9, disputadas na sexta-feira, no sábado e no domingo, todas elas a terminar em alto.
Em todas elas, João Almeida esteve sempre na frente do grupo dos favoritos, chegando mesmo a acelerar o ritmo da corrida na etapa de sábado, que terminou em Guardi Sanframondia. Na etapa de domingo, que teve como característica uma chegada em piso de terra batida, em Campo Felice, João Almeida teve mesmo que esperar pelo seu chefe de fila, numa altura em que Egan Bernal atacou para ganhar a etapa e vestir a camisola rosa.
O caldense da Deceuninck chegou em 16º na etapa de sexta-feira e em 10º nas outras duas. Com este desempenho, voltou a ser o melhor português em prova, ultrapassando Nelson Oliveira e Ruben Guerreiro.
Este poderá ser um bom indicador para o que falta disputar da edição 104 do Giro d’Italia, até porque as maiores dificuldades estão mesmo reservadas para as duas últimas semanas de prova.
De resto, logo após o dia de folga, regressou a montanha com a subida ao Montecino na quarta-feira, e hoje, quinta-feira, tem lugar uma das mais longas etapas da competição. Até ao fim da prova, há apenas duas etapas à medida de chegadas ao sprint e sete de elevada ou extrema dureza, além do contrarrelógio final, que pode permitir a João Almeida ganhar mais alguns lugares. ■

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