O Stelvio foi montanha madrasta para João Almeida, que esta quinta-feira, à 18ª etapa do Giro D’Italia, e 15 dias depois de a conquistar, passou a camisola rosa, que tanto orgulho trouxe à região e ao país, para o holandês Wilco Kelderman. O jovem caldense da Deceuninck-Quick-Step está agora no quinto lugar, a 2.16 minutos do novo líder.
As equipas Sunweb e Ineos desde muito cedo tomaram a iniciativa de impor um ritmo forte na frente do pelotão, o que iria definir a subida acima dos 2700 metros de altitude, na qual o britânico Tao Geoghegan Hart (Ineos) e o australiano Jai Hindley (Sunweb) acabaram por se isolar na frente da corrida, acabando o australiano por sair vencedor ao sprint.
Atrás, Wilko Kelderman perdeu contacto com o duo, mas conseguiu ganhar tempo suficiente a João Almeida e não perder demasiado tempo para Hindley e Geoghegan Hart para vestir a camisola rosa.
João Almeida, que perdeu cerca de três minutos na primeira metade da escalada ao Stelvio, acabou por manter um ritmo interessante durante a subida, suficiente para chegar em sétimo e fechar a etapa no quinto lugar da geral.
Apesar de ter perdido a liderança, o jovem de A-dos-Francos continua a fazer uma prova impressionante. Recorde-se que a melhor prestação de um português numa grande volta é o terceiro lugar de Joaquim Agostinho na Volta a França de 1978, enquanto no Giro o melhor registo pertence a José Azevedo, quinto na edição de 2001.
Já os 15 dias de João Almeida na liderança desta edição garantem já um lugar na história da competição ao jovem ciclista caldense, e a corrida ainda não acabou.
João Almeida é quinto a 2.16 do líder Kelderman, a 57 segundos do quarto classificado, que é Pello Bilbao.
Na página de Facebook, a Deceuninck-Quick-Step deixou uma nota sobre João Almeida. “Nada mais do que respeito e admiração por este jovem, que durante 15 dias honrou a icónica camisola rosa do Giro d’Italia!”































