Ciclismo: Dobradinha para António Morgado no Bombarral

0
364

Salirense era o cabeça de cartaz da competição e confirmou o favoritismo. Ciclista do Bairrada venceu o contrarrelógio e a prova de fundo

 

O Bombarral recebeu os Campeonatos Nacionais de estrada nos escalões de juvenis, cadetes e juniores e os adeptos da modalidade tiveram a oportunidade de assistir a um recital de António Morgado (Bairrada Cycling Team), que não deu qualquer oportunidade à concorrência no escalão de juniores, fazendo a “dobradinha” com os títulos de contrarrelógio e de fundo.
O salirense era o cabeça de cartaz, quem todos queriam ver. E quem não o conhecia, ficou a conhecer. António Morgado é cada vez mais uma certeza do ciclismo nacional, está a fazer uma temporada brilhante e a performance no Bombarral foi só mais um exemplo.
O recital começou no sábado, no contrarrelógio, que cumpriu os 11,9km em 15m45s680, amealhando 28 segundos de vantagem sobre o 2º classificado, Gonçalo Tavares, e 52,5 sobre o terceiro, Ruben Rodrigues, com um pódio dominado pelo Bairrada.
Na prova de fundo, o domínio foi ainda maior. “É uma corrida de um dia e não se pode facilitar”, disse no final António Morgado. “Tentámos endurecer a corrida logo no início”, conta. O processo resultou numa fuga inicial de cinco elementos, três deles do Bairrada. “A ideia era levar a corrida assim até à 4ª volta, mas o pelotão estava a chegar, tivemos que acelerar novamente e consegui sair”, continua. A partir daí foi um novo contrarrelógio para António Morgado, que seguiu sozinho na frente até ao fim, vencendo com 3m28s de vantagem sobre os companheiros de equipa Gonçalo Tavares e Daniel Lima.
Esta foi a terceira dobradinha de António Morgado nos nacionais – já tinha feito duas nos cadetes – elevando para sete os títulos conquistados, em oito possíveis. Só lhe fugiu o título de fundo no primeiro ano de juniores. “Foi um fim-de-semana positivo, objetivos cumpridos, agora é focar já no próximo objetivo”, os campeonatos mundiais.

- publicidade -

Ecosprint em bom plano
Presente na competição, mas em cadetes, esteve também a equipa caldense Ecosprint-Nutea, que marcou presença com 11 ciclistas e conseguiu alguns bons resultados. O melhor desempenho da formação caldense surgiu no contrarrelógio, com Afonso Fonseca a marcar o melhor registo, um 14º lugar a 53,3 segundos do vencedor, Rafael Durães (Silva & Vinha). O bombarralense Henrique Antunes foi o segundo melhor da equipa, no 19º lugar, gastando mais 20 segundos que o companheiro de equipa. Diniz Martins foi 27º.
Na prova de fundo, estes três ciclistas e Simão Pinto foram os únicos a conseguir completar o percurso. Diniz Martins chegou a andar na frente da corrida, mas não se conseguiu manter, chegando integrado no pelotão a 3m50s do vencedor José Moreira (Silva & Vinha), tal como Afonso Fonseca, em 44º e 34º, respetivamente.
“Tivemos avarias que impediram que chegassem com o grupo principal”, refere José Pedro Fernandes, técnico da equipa, que vê potencial de crescimento no conjunto. “É uma equipa muito nova e com pouca experiência ao nível das provas. A pandemia afetou um muito a formação, mas tem-se assistido a uma motivação dos miúdos para vir e estamos a ver as coisas bem encaminhadas para 2023”, refere.
A equipa caldense participa, agora, na Volta a Portugal, dentro de duas semanas e que termina nas Caldas da Rainha. “Vamos lutar por um top 10 e a camisola branca”, sublinha.
Nota, ainda, para alguns resultados de relevo do Alcobaça Clube de Ciclismo, com Tiago Santos a terminar em 7º da prova de fundo de juniores, depois de já ter sido 9º no “crono”. E para o 9º lugar de Dinis Moura em cadetes e de Ana Fernandes no contrarrelógio de juniores femininos. ■

A comitiva da equipa caldense Ecosprint-Nutea contou com 11 ciclistas, que conseguiram dois top 20 no contrarrelógio de dois top 40 na prova de fundo de cadetes
- publicidade -