A rampa da Foz do Arelho é um evento que atrai centenas de curiosos todos os anos para ouvir roncar os motores e para apreciar carros e técnica dos pilotos. Nas várias zonas do percurso havia muito público a apoiar, ainda que não se tenha registado a enchente de outros anos, muito por culpa da chuva, que fez a maioria concentrar-se em abrigos improvisados por baixo de prédios ou até do passadiço. A zona da rotunda foi a mais concorrida.
A rampa da Foz, além de um rally, é também um convívio junto ao mar. No domingo de manhã já havia muitos carros e tendas de apoio montadas na zona do cais. Já perto da hora de almoço começaram a fazer-se as brasas ou a pensar-se onde ir comer.
Em pouco tempo está a carne a assar e em cima da mesa já esperam as batatas, o presunto e umas cervejas, vinhos, sumos e águas.
Depois de ‘encher o depósito’, uns convivem, outros descansam e alguns dão uns últimos ajustes nas máquinas.
A rampa decorreu sem grandes incidentes, excepção feita a uma aparatosa capotagem de um kartcross, em que uma parte do veículo acertou e derrubou uma senhora de 65 anos. A mesma levantou-se de imediato e, depois de avaliada no local pelo médico e pelo enfermeiro da prova, a senhora não apresentava ferimentos, pelo que não quis ser transportada ao hospital, preferindo ficar a assistir ao resto da prova.
Os horários foram “acelerados” para as pessoas poderem assistir à final da Taça de Portugal de Futebol.
Nos clássicos venceu Tiago Vitorino, ao volante do Austin Cooper. O piloto, da Polegadas Race Team, conseguiu ainda o primeiro lugar na Geral. Em segundo ficou José Outeiro (BMW M3), da Caiado and Friends Team, e em terceiro Tomás Baptista (Volvo 142S).
Nos desportivos o vencedor foi um BMW 320IS pilotado por Pedro Santiago.
José Mota (WhiteCross Team) venceu nos protótipos, ao volante de um Kartcross Semog. Em segundo ficou Humberto Pereira, da mesma equipa. Em terceiro ficou Samuel Vina, da Vina Racing.
No total participaram 51 carros (22 clássicos, 21 desportivos e oito protótipos) na prova que pontua para o ranking do Núcleo de Desportos Motorizados de Leiria.
José Mota, que venceu nos protótipos (tal como em 2015), disse à Gazeta das Caldas que tem um sabor especial vencer em casa. “Esta é uma rampa que adoro fazer e é pena que não haja mais eventos destes”.
Pedro Alves, responsável pela prova, disse que a chuva “fez com que as classificações não fossem tão previsíveis” e elogiou a paisagem da prova.
Num balanço afirmou que aumentaram ligeiramente os participantes e que “não esteve tanta gente, pelas condições climatéricas”.
Pedro Alves salientou ainda o comportamento do público. “Quando exigimos que só utilizem certos espaços percebem e nota-se uma grande diferença dos primeiros anos para agora e isso torna a prova mais segura para eles e para nós”.
A organização ofereceu impressoras a laser e uma mesa de ping-pong ao agrupamento de escolas D. João II.


































