Casal Velho e Olho Marinho empataram a três num jogo muito bem disputado, com incerteza no desfecho, bons lances de futsal e muita gente nas bancadas.
O início apresentou o que aí vinha: os da casa entraram muito fortes, mas os visitantes responderam. Os guarda-redes em evidência do início ao fim: entre muitas boas defesas, aos 12’ um dos muitos lances em que Kaká saiu da baliza, a bola chegou a Xalinho que da lateral tentou um remate olímpico. Falhou e a bola ficou nos pés de Giló que, com a baliza
escancarada, atirou ao lado.
Adiantaram-se os forasteiros, com uma boa combinação, a bola a entrar no pivot e a sair para a ala. Na esquerda Rafa inaugurou o marcador.
Até ao intervalo, num jogo de grande intensidade e agressividade, o Olho Marinho esteve perto do segundo num grande trabalho de Giló na direita e remate à barra.
A segunda metade começou de forma parecida, com Giló a atirar ao poste. Aos 25’ Paiva ficou só na cara de Xalinho e atirou a contar.
Sete minutos depois Kiko concluiu à boca da baliza e Xá lançou guarda-redes avançado. À primeira a equipa perdeu a bola e Filipe atirou de trás do meio-campo para o 1-3.
A táctica manteve-se e no minuto seguinte Kiko aproveitou uma bola perdida para bisar.
No mesmo minuto um remate cruzado de Oliveira deu o empate. Até ao fim tempo ainda para Kaká defender um livre de dez metros do mesmo Oliveira.
Uma colectividade que é uma ‘empresa’
Artur Morais “Xá” (treinador), Ruben Siopa (treinador guarda-redes), Filipe Rodrigues (Adjunto), Luis Rodrigues (Adjunto), Paulo Clemente (Fisioterapeuta) |DR
Vítor Castro, coordenador de futsal do Casal Velho, explicou à Gazeta das Caldas que este clube conta com cerca de 150 atletas divididos em nove equipas (séniores, sub23, juniores, juvenis, iniciados A e B, infantis, benjamins, traquinas e petizes).
Proporcionar um ano de futsal há centena e meia de atletas custa cerca de 80 mil euros. E o Casal Velho não conta com nenhum patrocínio. “Recebemos um pequeno apoio da Câmara e o grosso do orçamento vem da produção de pão e de chouriça e do café”, explicou. “O Casal Velho juridicamente é uma colectividade, mas na prática é uma empresa”, afirmou. É que tem nove funcionários numa fábrica de produção de chouriça, mas também morcela e presunto, numa padaria (que também faz bolos e doces) e no café (que está aberto todos os dias). “Um clube baseado em patrocínios não é sustentável, nós não temos essa dependência”, fez notar.
O treinador do Casal Velho, Artur Morais “Xá”, mostrou-se satisfeito com o plantel que tem à sua disposição para manter o clube na II Divisão mais um ano. Saíram oito jogadores e entraram oito para colmatar essas saídas.
Os guarda-redes Xalinho (ex-Concha Azul) e Rui Castelhano (ex-Burinhosa) e os jogadores Marco Oliveira (ex-Concha Azul), Tiago Costa (ex-Burinhosa), Chinês (ex-Arnal) e Sineta (ex-Fátima) são as caras novas, num plantel que recebe os ex-sub23 Sobreiro e João Fialho. No total, este plantel tem agora seis jogadores formados no clube. “Ano após ano o Casal Velho está-se a estruturar de forma cada vez mais profissional”, notou.
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Pavilhão do Casal Velho Árbitros: Pedro Fragoso e Micael Alves; Cronometrista: João Ramos, AF Lisboa CASAL VELHO 3
Xalinho, Kiko, Careca, Flávio “C”, Tiago, Marinho, Sobreiro, Cristiano, Édipo, Oliveira, Chinês e Paulo Treinador: Xá OLHO MARINHO 3
Kaká, João Francisco, Rafa, Filipe “C”, Paiva, Alex, Eduardo, Francisco, Miguel, Teté, Giló, Diogo e Fábio Catarino Treinador: Fernando Oliveira Ao intervalo: 0-1 Marcadores: Rafa (17’), Paiva (25’), Kiko (32’ e 35’), Filipe (34’), Oliveira (35’) Disciplina: Paiva (7’), Filipe (15’), Tiago (16’), Kiko (17’), Careca (34’), Diogo (36’), Édipo (38’) e Rafa (39’)