Pavilhão do Casal Velho
Árbitros: Ana Ribeiro e Ricardo Fonseca, Crono: Luís Moreno, AF Lisboa
CASAL VELHO 6
Tiago Vieira, Wilson Vicente, Kiko, Elsio, Nini, Flávio, João Santos, Pedro, Ângelo, Diogo Tavares, Ruben Silva, Melo
Treinador: Artur Morais “Xá”
FÁTIMA 2
Vala, Alex, Miguel, João, Gonçalo, Russo, Cedric, Loja, Danny, Ruizinho, Roberto, Reis
Treinador: Rogério Serrador
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Loja (6’), Russo (26’), Nini (32’), Kiko (34’, 35’, 38’ e 40’) e Diogo Tavares (34’)
Disciplina: Amarelo a Kiko (6’), Melo (6’ e 20’), João (27’) e Ruben Silva (27’ e 34’). Vermelho directo a Ângelo (20’) e por acumulação a Melo (20’) e Ruben Silva (34’)
O Casal Velho e o Fátima terminaram o campeonato e ambos garantiram a permanência na II Divisão Nacional. Foi um jogo com um final de grandes emoções, com o Casal Velho a chegar ao empate reduzido a quatro Kiko a assinar um poker nos últimos seis minutos.
Os casalenses uniram-se em torno das adversidades do segundo tempo, durante o qual tiveram três jogadores expulsos. Até aí o Fátima – com vários jogadores da região, incluindo alguns ex-casalenses – vencia com um jogo baseado numa boa organização. O caldense Loja foi o autor do golo. O Casal Velho rematava mais, mas era obrigado a fazê-lo a alguma distância da baliza e sem sucesso.
Após as duas primeiras expulsões, que deixaram o Casal Velho reduzido a quatro, já que Ângelo foi expulso do banco, o Fátima fez o segundo golo.
Mas a ponta final do Casal Velho foi fortíssima. Ao minuto 34, num contra-ataque de dois para um Ruben Silva assistiu Nini para o 1-2. Mas logo a seguir Ruben via o segundo amarelo e deixava de novo o Casal Velho com um homem a menos. Contra as probabilidades, o Casal Velho empatou o jogo nessa condição, com um remate de primeira descaído sobre a direita. Kiko que logo a seguir assistiu para um golo fantástico de Diogo Tavares, que na linha de fundo contornou o guarda-redes com um toque subtil. O Fátima apostou de imediato no guarda-redes avançado e Kiko e o Casal Velho aproveitaram para desnivelar o resultado.
“Podíamos ter feito melhor”
No final, o técnico do Casal Velho, Artur Morais, fez um balanço positivo da época, apesar do percurso ter sido preenchido com alguns altos e baixos. No entanto, o objectivo desportivo era a manutenção e essa foi conseguida. “No passado o clube subia e voltava a descer no ano seguinte, já conseguiu manter-se na época passada, com o João Santos, e este grupo volta a ficar na história por voltar a manter-se”, observa o treinador.
Xá Morais salienta que esta manutenção é tão mais importante tendo em conta que o objectivo do clube é consolidar a sua posição nos nacionais e que este se torna mais difícil de época para época, uma vez que os campeonatos vão sendo cada vez mais difíceis. O técnico considera muito positivo o trabalho que o clube tem feito na formação, o que se reflecte numa franja o plantel que é bastante jovem. Contudo, perto de metade é composto por jogadores “mais experientes”, cuja continuidade depende sempre de factores muito pessoais.
Xá Morais ingressou esta época no clube, depois de uma pausa sabática de um ano e seis épocas no Olho Marinho, da I Divisão Distrital à III Nacional. Para o treinador foram várias experiências novas numa só. Novo clube, novo grupo de trabalho, nova divisão. “Foram algumas dificuldades que me fizeram crescer”, comenta. “Cresci como treinador no Olho Marinho, com aqueles jogadores. A forma de liderar, de estar dentro do grupo é diferente, até porque o grupo em que eu e a minha equipa técnica entrámos já estava formado e teve que haver uma adaptação mútua, que nalgumas fases da época não aconteceu da melhor maneira”, observa, acrescentando que todos, treinadores e jogadores, podiam ter feito melhor. Joel Ribeiro































