Campeonato do A-dos-Francos “começa” à terceira jornada…

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A equipa feminina do GDC A dos Francos

Campo Luís Duarte
Árbitro: Ana Afonso auxiliada por Pedro Andrade, André Gomes e Eduarda Leal, AF Porto

A-DOS-FRANCOS 0

Mariana Lourenço (Patrícia Silva, 65’), Lara Rafaela, Daniela Jesus, Dalila Carvalho (Beatriz Lopes, 71’), Jéssica Simão, Ana Pisco, Patrícia Azevedo, Carolina Libério, Carolina Pereira, Margarida Mendes (Ariana Figueiredo, 56’) e Verónica Nogueira
Suplentes: Catarina Sapata e Cátia Clemente
Treinador: Ricardo Miguel Vieira

SPORTING CP 17

Patrícia Morais, Carlyn Baldwin, Joana Marchão (Wibke Meister, 70’), Ana Capeta (Hannah Wilkinson, 45’), Rita Fontemanha, Novena Damjanovic “C” (Bruna Costa, 70’), Tatiana Pinto, Joana Martins (Ana Borges, 45’), Carole Costa, Diana Silva e Raquel Fernandes
Suplentes: Inês Pereira, Carolina Mendes e Nadine Cordeiro
Treinadora: Susana Cova

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Marcadoras:
Capeta (27’ e 38’), Rita Fontemanha (45+1’), Raquel Fernandes (47’, 51’, 53’, 65’ g.p., 73’, 85’ e 88’), Diana Silva (49’), Marchão (58’ g.p.), Carlyn (76’, 87’ e 90+2’), Verónica Nogueira (82’ p.b.) e Wilkinson (90+2’)

Disciplina:
Amarelo a Daniela Jesus (60’) e Mariana Lourenço (62’)

O Sporting veio às Caldas golear o A-dos-Francos por 17 golos sem resposta. A diferença entre as equipas foi notória, apesar de as caldenses terem conseguido suster a avalanche ofensiva das leoas durante grande parte do primeiro tempo.
Desde o primeiro minuto que se jogava apenas no meio campo do A-dos-Francos, mas Mariana foi mantendo o nulo, com saídas aos pés das adversárias, a cobrir as costas da defesa.
Aos 27’ Capeta ficou desmarcada na cara da guardiã e inaugurou o marcador. A toada do jogo manteve-se, mas foram precisos mais 11 minutos para o segundo, com Capeta a ganhar na velocidade e a bisar. Já em cima do intervalo veio o terceiro, que praticamente matou as esperanças caldenses.
No segundo tempo os golos foram-se acumulando e já estava o marcador em 0-8 quando Mariana, numa saída aos pés de Diana Silva se lesionou e foi substituída num lance em que lhe foi assinalada grande penalidade. Sem guarda-redes no banco, foi Patrícia Azevedo quem calçou as luvas para o que faltava do jogo.
Aos 70’ veio o primeiro remate do A-dos-Francos no jogo, mas sem grande perigo. No final o resultado ficou nos 0-17, com seis golos nos últimos oito minutos.
Depois de na primeira jornada ter ido jogar fora com o Benfica, o A-dos-Francos recebeu o Sporting na segunda ronda. Aos 24-0 com as águias (que é a pior derrota de sempre das caldenses na primeira liga) somaram-se agora 17-0 com o Sporting. Tendo em conta as diferenças de valor e de orçamento, não é incorrecto dizer que o campeonato das caldenses “começa” agora.
À entrada para o sétimo ano consecutivo na elite do futebol feminino, o A-dos-Francos conheceu este ano uma revolução, com a saída de praticamente toda a equipa sénior e de bastantes atletas juniores.
A equipa técnica é nova e vem do Amora FC, mas conta também com a promoção de Lara Cruz, que treinava as sub19.
“Estes dois jogos foram a nossa pré-época, porque só tínhamos feito um jogo”, revelou o técnico Ricardo Miguel Vieira. Agora vem uma paragem de duas semanas antes do jogo com o Marítimo, o que permitirá trabalhar melhor o entrosamento.
O objectivo é atingir a manutenção o mais rapidamente possível, “mas também jogar um futebol que valha a pena ver”.
Ainda com poucas opções no banco, Ricardo Miguel Vieira não esconde que é difícil captar jogadoras para este projecto. “Temos um orçamento financeiro dos mais reduzidos, mas já conseguimos atingir um objectivo, que foi construir uma equipa este ano e o plantel ainda não está fechado”.
Já a técnica do Sporting, Susana Cova, deu os parabéns à equipa caldense, “porque perante as dificuldades financeiras, contratuais de jogadoras conseguiu demonstrar uma capacidade de luta tremenda durante os 95 minutos”.
À Gazeta das Caldas a treinadora fez questão de “deixar uma palavra de alento às jogadoras e representantes do A-dos-Francos”. Susana Cova apelou “às jogadoras que fizeram e fazem parte deste clube para que não o deixem ir abaixo”, até porque esta é uma aldeia muito humilde, mas de gente muito trabalhadora e que sempre tentou dar tudo do melhor às jogadoras que contratou para ter lá, e não está na primeira divisão por acaso, já lá está há alguns anos”.
Susana Cova admitiu que a equipa leonina entrou algo displicente no encontro, mas na segunda parte já jogou no ritmo normal.

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