CAMPEONATO DE PORTUGAL PRIO – SÉRIE F – Caldas é cada vez mais segundo

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Gazeta das Caldas

1-Talvez_3404Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Quitério Almeida, Assistentes : Flávio Ramos e Ricardo Oliveira, AF Lisboa
Caldas            1
Luís Paulo [4], Militão [3], Rony [3], Rui Almeida [3], Diogo Clemente [4]; Paulo Inácio [3] (João Rodrigues [3] 59’), André Santos [4] e Tiago Esgaio [4]; Nuno Januário [3] (André Cruz [2] 81’), Diego Zaporo [4] e Sabino [3] (Farinha [3] 59’)
Suplentes: João Guerra,  Danny Rafael, Telmo, André Simões
Treinador: Ricardo Moura
Sertanense        0
Vítor Nogueira; Ibrahim Coulibaly (Mbala Nzola 79’), Issouf, Tiago Crachat e Mathieu Oliveira; Kelvin Medina, Leandro Santos (C), Bissourou Touré (Ruben Martins 79’) e Prince (Paulo Henrique 71’); Ruben Silvestre e Sapara
Suplentes: João Manuel, Ricardo Carvalho, Paulo Brites, Almeida
Treinador : Sérgio Gaminha
Ao intervalo: 0-0
Marcador: Diego Zaporo (70’)
Disciplina: amarelo a Diego Zaporo (90’+1)

O Caldas venceu o Sertanense e com o empate da Naval está cada vez mais isolado no segundo lugar, no qual tem já cinco pontos de vantagem. Diego Zaporo voltou para marcar na única ocasião que teve para visar a baliza.
Na primeira parte as equipas respeitaram-se, talvez até em demasia. Não que tivesse propriamente existido um ‘pacto de não agressão’, mas ambas sentiam que tinham mais a perder do que propriamente a ganhar e isso fez com que nenhuma tivesse assumido riscos no primeiro tempo.
O Caldas defendia uma vantagem de quatro pontos e, como Ricardo Moura acabou por confirmar, o desempate não deixaria defraudadas as expectativas. Já o Sertanense, para quem a vitória poderia significar uma aproximação importante na tabela, também não estava interessado em descurar a organização defensiva.
Foi assim até ao intervalo e o resultado foi um número de lances de ataque reduzido. Sapara teve a melhor oportunidade, numa transição rápida que culminou com um remate fortíssimo, mas para fora. O Caldas respondeu com um cabeceamento perigoso de Zaporo, mas em posição irregular.
A segunda parte foi bem diferente, por força da alteração de estratégia do Sertanense. Se o Caldas não corria riscos, o Sertanense começou a corrê-los e a tomar conta da iniciativa de jogo. Nova entrada de Sapara, agora pelo flanco esquerdo, permitiu a Luís Paulo brilhar pela primeira vez.
Ricardo Moura alterou então a estratégia, do 4-3-3 habitual para um 4-2-3-1. André Santos e Tiago Esgaio num duplo pivot a meio campo, frente de ataque com Farinha, João Rodrigues e Nuno Januário no apoio a Diego Zaporo.
Dez minutos depois o Caldas estava a ganhar. Grande mérito de Diogo Clemente, que subiu pelo flanco esquerdo, cruzou para Nuno Januário amortecer de cabeça para o remate de primeira de Zaporo.
E depois foi defender e defender, com o Sertanense a crescer no ataque até ao apito final, mas com a barreira defensiva do Caldas a levar a melhor e Luís Paulo a brilhar novamente num livre de Mathieu e Militão a negar o golo a Nzola noutra situação complicada.

MELHOR DO CALDAS
André Santos        4
Quer com meio campo a três, quer depois a dois, foi um dos elementos que mais contribuiu para a solidez estrutural da equipa do Caldas, não deixando os sectores colarem e bloqueando um grande número de ataques.

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André Cruz, jogador do Caldas

Vitória muito boa
Foi das melhores equipas que defrontámos aqui em casa, uma vitória muito boa que revela o trabalho que temos feito durante a semana. O nosso objectivo é ficar nos dois primeiros lugares e estamos a cumprir. É sempre difícil entrar numa altura do jogo em que estamos a ganhar e a outra equipa está à procura do golo, mas sou mais um para ajudar. É bom sentir que sou útil, mesmo não sendo muitas vezes que entro, é para isso que trabalho para poder ajudar a equipa ao domingo.
Ricardo Moura, treinador do Caldas
Apostar no momento certo
O Sertanense é uma equipa muito forte em transição, tem jogadores muito rápidos no momento da recuperação de bola e tivemos que ter muitas cautelas para anular o adversário e lançar as nossas pedras no momento certo. Sofremos um bocado até ao final e podíamos ter evitado algumas situações na nossa baliza. Queríamos ganhar mas se não pudéssemos ganhar aceitávamos o empate, a estratégia passou por defender bem, não permitir que o adversário explorasse as nossas costas. Depois segurámos a vantagem.

Sérgio Gaminha, treinador do Caldas

O que conta é a eficácia
No jogo da primeira volta não me custou reconhecer que o Caldas mereceu a vitória, neste jogo não posso dizer o mesmo. O Caldas foi ligeiramente superior na primeira parte, nós fomos muito superiores na segunda, mas foi nessa que perdemos. A eficácia é que conta.

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