Farinha marcou o primeiro golo e fez a assistência para o segundo
Estádio Municipal da Lourinhã
Árbitro: Rui Mendes, AF Santarém
Assistentes: Afonso Silveira e Adriano Sousa LOURINHANENSE 0
Rui Oliveira; Marco Ramos (Gabi 65’), Manu, Tiago Alves e Danny Rafael; Samuel (Diogo Carvalho 73’), Alverca e Fábio Amorim (Gonçalo Barroso 83’); Paulinho, João Ferreira e Ricardinho
Não utilizados: Diogo Oliveira, Doritos, Bernardo, Sérgio
Treinador: André Tomás CALDAS 2
Luís Paulo [3]; Militão [3], Rony [3] (Clemente [2] 70’), Rui Almeida [3] (C) e Cascão [3]; André Santos [3], André Simões [3] e Felipe Ryan [3]; Farinha [3], Pedro Emanuel [2] (Paulo Inácio [2] 37’) (Batista [2] 81’) e João Tarzan [3]
Não utilizados: Natalino, Cruz, Januário, Vítor Tarzan
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Farinha (42’) e Simões (75’)
Disciplina: Amarelo a Tiago Alves (34’), Manu (63’), Paulo Inácio (78’), Paulinho (79’), Rui Almeida (84’), Danny Rafael (86’ e 90’). Vermelho por acumulação a Danny Rafael (90’)
Não foi fácil, mas foi de forma categórica que o Caldas se impôs ao Lourinhanense e garantiu presença na segunda eliminatória da Taça de Portugal, na qual entram as equipas da segunda liga. O Lourinhanense vendeu cara a derrota, mas se considerarmos o guardião Rui Oliveira como melhor jogador em campo percebe-se o mérito total da equipa alvinegra nesta partida.
E é preciso salientar o mérito do guardião caldense que defende as cores da equipa da Lourinhã porque negou oito remates de golo ao Caldas, uma boa parte deles com intervenções de elevado grau de dificuldade. Que o diga Felipe Ryan, a principal “vítima” do camisola 99.
Mas vamos por partes, porque o jogo não foi, de facto, favas contadas para o colectivo caldense e só após o primeiro golo, apontado por Farinha ao minuto 42, o jogo se descomplicou para o Caldas.
Até lá o domínio alvinegro tinha tanto de conquistado como de atribuído. O Lourinhanense não colocou nenhum Braquiossauro à frente da baliza. Apresentou-se com linhas contidas, mas com a pressão à entrada do seu meio campo, limitando a acção de construção ao Caldas mas ficando com espaço suficiente para fazer do contra-ataque o seu T-Rex.
Demorou um quarto de hora para que o Caldas tivesse a primeira grande oportunidade, foi também a primeira edição do duelo entre Felipe Ryan e Rui Oliveira. Antes disso já Danny Rafael e Paulinho tinham tentado visar a baliza de Luís Paulo.
De forma natural, o Caldas foi acumulando lances para se adiantar no marcador. Farinha, ao minuto 24, desperdiçou uma ocasião no coração da área. Pedro Emanuel, pouco antes de sair lesionado após na sequência de uma carga dura, também tentou a sorte mas errou, ainda que por pouco.
Mesmo antes do golo, o Caldas não ganhou para o susto, depois de um remate de Fábio Amorim bater no poste. Mas ao tal minuto 42 uma jogada rápida e bem construída quebrou a equipa da terra dos dinossauros. André Santos foi quem rasgou a defesa com um grande passe para João Tarzan, este encontrou Ryan em posição frontal, Rui Oliveira, qual Pterossauro, ganhou asas e fez uma defesa do outro mundo, mas a bola ficou em Farinha, que sem oposição fez o golo.
A vantagem trouxe para a segunda parte um Caldas mais cerebral, que jogou pelo seguro quando não tinha a bola e procurou ser rápido e eficaz em posse. Simões fez o golo da tranquilidade a 15 minutos do fim.
Houve ainda tempo para a estreia promissora de Francisco Batista no Caldas. E para o Lourinhanense tentar o golo de honra, que só não conseguiu já sobre o cair do pano, e a jogar reduzido a 10, pela atenção de Luís Paulo a desviar um livre traiçoeiro.
- publicidade -
MELHOR DO CALDAS
Luís Farinha
Farinha 3
Com um golo e uma assistência acabou por ser crucial no desfecho de uma partida em que todo o conjunto se apresentou a um nível bastante equilibrado.
Francisco Baptista
Francisco Batista, jogador do Caldas Mais longe possível
Podíamos ter resolvido mais cedo mas eles também se bateram bem. Tivemos a sorte de fazer golo a antes do intervalo, o que nos facilitou a vida e penso que no final, apesar das contrariedades, aproveitámos o desgaste deles. O nosso objectivo é ir o mais longe possível, mesmo em termos monetários é importante para o clube. Foi a minha estreia em jogos oficiais, vinha trabalhando para isso. Já conhecia o plantel, agora sinto-me mais à vontade e estou focado em ajudar.
José Vala, treinador do Caldas Boa postura
Era precisa aqui uma boa postura e foi o que os jogadores fizeram. Pecámos um pouco no último passe e na finalização, mas fomos sempre controlando o jogo. Já estávamos limitados com as lesões do Marcelo e do Juvenal, havia a hipótese do Batista, que até entrou muito bem, estamos a trabalhá-lo para a posição e há-de dar, mas optámos pelo Militão na lateral e lançar o Rony quando não estávamos ainda à espera de o fazer. Penso que o caso dele não será nada de especial, o Pedro e o Paulo são entorses e podemos ficar sem eles uma semana ou duas, é o aspecto negativo do jogo.
André Tomás, tr. do Lourinhanense Orgulhoso
Saio extremamente orgulhoso dos meus rapazes. Tentámos ter uma estratégia mais calculista. A primeira parte foi repartida, apesar do Caldas ter tido mais oportunidades também tivemos as nossas. Sofremos o golo numa altura que ninguém quer sofrer. Tentámos rectificar, mas sofremos o golo no nosso melhor período.