O Estoril desiludiu na visita às Caldas, mas o Caldas animou a festa. Os pelicanos fizeram tudo ao seu alcance para ser tomba gigantes, mas não foi suficiente e a sorte acabou por estar do lado do Estoril, que sem fazer grande coisa acabou por marcar o único golo do jogo.
Foi fatídico o minuto 61 para o Caldas. João Basso solicitado por um passe vertical procurava entrar na área, Militão tentou o corte e derrubou-o a poucos metros da área. Paulo Henrique cobrou o livre e bateu-o de forma exímia, colocando a bola na gaveta, sem que Luís Paulo nada pudesse fazer.
Foi tão simples quanto isto, mas a verdade é que o Caldas complicou e muito a vida ao Estoril, equipa que subiu ao relvado da Mata sem chama, com uma atitude até algo arrogante para com o jogo (que se traduz até nas palavras de Fabiano Soares no final da partida).
Bem diferente foi o Caldas, que desde o primeiro minuto quis mostrar que no terceiro escalão também se joga bem à bola. Se o Estoril não punha grande entrega no jogo, no Caldas ela chegava e sobrava. A equipa bem montada no campo era rápida sobre as primeiras e segundas bolas. Demorou a que o Estoril conseguisse chegar com nexo à zona de ataque e nessa altura já os caldenses podiam ter marcado. Era sobretudo quando o Caldas conseguia acelerar a bola até João Rodrigues e Alexandre Cruz que ficava a sensação de que o golo podia surgir. No entanto, essa sensação acabou por nunca se materializar, com os vários centros perigosos a ficarem sempre carenciados de maior presença diante da baliza.
Na primeira parte o Estoril só por uma vez esteve perto do golo e já com Paulo Henrique a ameaçar, mas Juvenal deu o corpo à bola e amorteceu-a o suficiente para Rony impedir o golo.
Na segunda parte a equipa da Liga fez por ter mais bola, o que serviu sobretudo para controlar o ataque do Caldas. Mas naquela vez em que conseguiu de facto um desequilíbrio tudo resultou a seu favor.
Depois do golo, o Caldas só conseguiu voltar a crescer com a expulsão de Basso. Equilibrou as contas em cantos e teve num lance de Bé que Luís Ribeiro interceptou mais um cruzamento perigoso, mas o golo não apareceu.
Se no final os caldenses saíram sem motivos para festejar, saíram pelo menos com motivos para sorrir com uma experiência muito positiva que pode e deve ser canalizada para o muito que ainda falta do campeonato.
Eleições no Caldas
O Caldas SC informa que na próxima 6ª Feira, dia 21 de Outubro, pelas 21H00, na sala de reuniões da Junta de Freguesia NS Pópulo, haverá uma Assembleia Geral para eleições dos corpos sociais.
MELHOR DO CALDAS Alexandre Cruz 4
Ajudou Juvenal na acção defensiva quando foi preciso, mas notabilizou-se sobretudo pelo que fez no ataque, como lhe competia. Conduziu alguns dos melhores lances do Caldas, numa acção que estabeleceu quer num flanco, quer no outro. É um jogador em ascensão neste Caldas.
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Juvenal, jogador do Caldas Satisfeitos pela prestação
Demos tudo em campo, sabíamos que ia ser um jogo difícil contra uma das boas equipas da I Liga, sabíamos que tínhamos de fazer o nosso jogo, estávamos a jogar em casa e tínhamos de dar tudo e foi o que fizemos. Estamos tristes pelo resultado, queríamos fazer história, mas saímos satisfeito pela prestação que tivemos e pelo apoio que tivemos do nosso público. No campeonato estamos numa fase ascendente, a melhorar de jogo para jogo e vamos dar continuidade. Espero ter uma época sem lesões, fazer o máximo de jogos e passar à fase seguinte.
José Vala, treinador do Caldas Comportamento excelente
Foi um jogo intenso, atendendo às diferenças de divisão o Caldas teve um comportamento excelente e com um pouco de sorte podíamos ter levado o jogo para o prolongamento. O Estoril teve mais posse de bola e nós procurámos as transições rápidas. Sabíamos que as bolas paradas e os esquemas tácticos podiam fazer a diferença e foi o que acabou por acontecer. Na parte final tivemos três cantos seguidos, mais o lance do Bé, acreditei que podíamos empatar nessa altura.
Fabiano Soares, treinador do Estoril Passámos
Estamos de parabéns porque passámos e eles também estão porque tentaram sempre jogar de forma correcta, foi um jogo limpo. Depois da expulsão podiam ter criado algum perigo, estivemos bem defensivamente, o Luís Ribeiro esteve bem mas não teve que fazer paradas importantes para o desfecho do jogo. Estas equipas nestes jogos estão motivadas e metem o pé, as equipas da I Liga tiram o pé, são jogos que não são motivantes.
Campo da Mata
Árbitro: Bruno Paixão, Assistentes: António Godinho e Rodrigo Pereira. 4º árbitro: Paulo Barradas, AF Setúbal CALDAS 0
Luís Paulo [3]; Juvenal [4], Militão [4], Rony [4] e Clemente [4]; Paulo Inácio [4] (Tonicha [1] 77’), André Santos [4], André Simões [4] e Januário [4] (Bé [3] 70’); João Rodrigues [4] e Alexandre Cruz [4] (Sabino [1] 86’)
Não utilizados: Natalino, Rui Almeida, Danny, Luís Farinha
Treinador: José Vala ESTORIL 1
Luís Ribeiro; Mano, Dankler, Thiago Cardoso e Ailton; Mattheus (Basso 28’), Taira e Eduardo; Tocatins (Felipe Augusto 62’), Bruno Gomes e Paulo Henrique (Lucas Farias 73’)
Não utilizados: Thierry, Joel, Dmytro, Bazelyuk
Treinador: Fabiano Soares
Ao intervalo: 0-0
Golos: Paulo Henrique (61’)
Disciplina: Amarelo para Bruno Gomes (22’), Militão (61’), João Basso (69’); Vermelho por acumulação de amarelos para João Basso (79’)