Caldas reage bem em Sintra à derrota caseira

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Gazeta das Caldas
João Tarzan inaugurou o marcador para o Caldas, ao minuto 8, e foi uma grande referência na saída em ataque |Joel Ribeiro

Estádio do Sport União Sintrense, Sintra
Árbitro: Paulo Barradas, AF Setúbal
Assistentes: Joaquim Sala e André Duque

Filipe Leão; Filipe Gaspar, Kevin, Siaka e Carlos Alves; Cassamá, Vasco Varão, Magique e Luís Elói (Luís Mota 62’); Rui Varela e Érico Castro (Pipas 89’)
Não utilizados: Wei Jan, Hugo Meira, Fábio Pala, Diogo Baltazar
Treinador: Sérgio Boris

Luís Paulo [3]; Marcelo [3], Militão [3], Rui Almeida [3] e Clemente [3]; Paulo Inácio [3], André Santos [3] e Simões [3] (Cruz [2] 70’); Felipe Ryan [3] (Januário [2] 72’), Pedro Emanuel [3] (Farinha [1] 83’) e João Tarzan [4]
Não utilizados: Natalino, Perdiz, Vítor Tarzan, Bé
Treinador: José Vala

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Ao intervalo: 2-2
Marcadores: João Tarzan (8’), Siaka (20’), Érico Castro (26’) e Simões (36’)
Disciplina: Amarelo a Pedro Emanuel (28’), Siaka (51’), Kevin (56’), Januário (77’), Cassamá (81’) e Cruz (84’)

O Caldas somou o primeiro ponto na deslocação ao terreno do Sintrense, com o resultado a formar-se numa primeira parte louca. Na segunda houve mais Sintrense, mas sobretudo através dos lançamentos laterais impressionantes do central Kevin.
Após a derrota da primeira jornada o Caldas precisava de premir o botão reset e procurar um novo começo, mais promissor, na condição de visitante. José Vala deu uma “ajuda” ao alterar o sistema do 4-2-3-1 para o clássico 4-3-3, promovendo algumas mexidas no 11. O resultado foi um Caldas mais eficaz na ocupação dos espaços. Do outro lado estava igualmente uma formação bem organizada e forte na procura da bola, o que resultou num jogo com poucos espaços para construir. Mas nem por isso deixou de ser um jogo animado, com as equipas a encontrarem outras soluções para chegar com perigo à baliza do adversário.
O Caldas marcou primeiro, num canto cobrado à direita por André Santos e João Tarzan a fazer um movimento ao primeiro poste que trocou as voltas à oposição. Corria o minuto oito e o golo era um tónico bastante positivo.
Sem espaços para contrariar o sistema do Caldas, o Sintrense demorou algum tempo a reagir, mas a equipa da Linha tinha um trunfo na manga e usou-o… e até abusou dele. Minuto 20. O Sintrense ganha um lançamento lateral próximo da área do Caldas. O central Kevin sobe para o cobrar e coloca com precisão na cabeça do companheiro do centro da defesa, Siaka, que faz o empate. A jogada não foi fortuita. Kevin tem um lançamento lateral impressionante e pode dizer-se que choveram bolas para a área do Caldas desta forma durante todo o encontro. Além deste golo, o Sintrense marcou mais uma vez desta forma, já na segunda parte, num lance anulado por falta sobre Luís Paulo que até parece ter sido cometida por um colega do Caldas.
Feito o empate, o Sintrense completou a reviravolta seis minutos depois. Lance de insistência à direita do ataque do Sintrense, o alívio de Clemente foi mais curto que o desejado, Filipe Gaspar cruza e Érico Castro ganha nas alturas a Marcelo e bate Luís Paulo.
Mas o Caldas estava empenhado e ao minuto 36 encontrou espaço para voltar a marcar. A jogada começa em André Santos à entrada do meio-campo do Mafra, o passe comprido para João Tarzan levava olhos, assim como o toque que levou Clemente à linha de fundo. Dali a bola veio para dentro, para Pedro Emanuel, que voltou a ganhar a linha e a assistir a entrada de Simões. Um carrocel que trocou as voltas à defesa Sintrense, no melhor lance do jogo. Simões só teve que encostar.
Na segunda parte o Sintrense carregou mais, sobretudo após a hora de jogo. Mas, excepção a um remate de Rui Varela que Luís Paulo defendeu, a baliza alvinegra só esteve em perigo nos tais lançamentos compridos de Kevin. O Caldas, mais contido, teve nos descontos oportunidade para ganhar, mas João Tarzan não acreditou no remate e encontrou Marcelo em posição irregular.

MELHOR DO CALDAS

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João Tarzan

João Tarzan    4
Iniciou as hostilidades com uma movimentação exemplar no canto que deu vantagem ao Caldas. Foi sempre a referência do ataque e pelos seus pés passou também o segundo golo. Já na fase final o cansaço não lhe permitiu assumir um lance promissor que podia ter dado a vitória.

Marcelo, jogador do Caldas
Espírito de equipa
Fizemos um bom jogo, tivemos espírito de equipa, lutámos. É difícil jogar aqui, mas mesmo com aquele chuveirinho na segunda parte estivemos bem em todos os aspectos. Treinámos para aproveitar a fragilidade que eles tinham no espaço onde surgiu o primeiro golo. Era o queríamos, entrar bem, depois sofremos dois golos, mas reagimos e

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Marcelo Santos

empatámos. Penso que me adaptei bem, já tinha jogado na direita nas camadas jovens, acho que fiz o que o mister pediu, o que quero sempre é ajudar.

José Vala, treinador do Caldas
Exibição importante
Entrámos bem. Sabíamos que o Sintrense marcava ao homem nos cantos, treinámos os bloqueios para o João aparecer e resultou. Depois também sabíamos que os lançamentos do Sintrense eram muito longos e tentámos arranjar antídoto, porque temos um défice de altura, infelizmente não conseguimos. Disse ao intervalo que até ao empate a um estávamos muito bem e era injusto se fossemos para o intervalo a perder. Na segunda parte os sistemas táticos do Sintrense empurraram-nos para trás, mas penso que o resultado é justo. Aquela derrota do primeiro jogo e a forma como foi a equipa ressentiu-se, aqui foi mais que um ponto, a forma como foi importante.

Sérgio Boris, treinador do Sintrense
Aceita-se o empate
Entrámos a perder num lance de bola parada. Tivemos capacidade para responder, virámos o jogo. Cedemos o 2-2 numa altura em que estávamos tranquilos no jogo, num lance estranho na nossa área. Aceita-se o empate, mas a haver um vencedor seria o Sintrense.

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