CALDAS RC 15
Bruno Silva, Cláudio França (1E), Cristiano Manuel, David Esteves, Diogo Vasconcelos, Dorin Plameadala, Duarte Jasmins, Filipe Gil, Gonçalo Sampaio, Gonçalo Silva, Leonardo Ferreira, Luis Gaspar, Mateus Neves, Miguel Freitas, Ricardo Marques (Cap.), Rui Santos, Salvador Cambournac, Sebastião Vasconcelos, Tiago Santos, Tomas Jacinto, Tomás Lamboglia (1E, 1T, 1P), Tomas Melo, Wilson Bento.
Treinador: Patrício Lamboglia
Diretor: António Ferreira Marques. Delegado: Adelino Jacinto. Fisioterapeuta: Erica Balseiro/Physioclem
CR S. MIGUEL 17
Na época regular as duas equipas disputaram partidas muito intensas e competitivas, com resultados mínimos e uma vitória para cada lado. Adivinhava-se, assim, mais uma luta intensa pelo acesso à Final.
A primeira impressão para as bancadas do Campo de Rugby do Complexo Desportivo das Caldas da Rainha totalmente preenchidas pelos adeptos dos dois Clubes, apoiando com entusiasmos e grande espírito desportivo os Pelicanos e os Bulldogs. Mais um excelente exemplo do nível competitivo e do interesse que este Campeonato da 2ª Divisão, verdadeiramente Nacional, com equipas desde o Minho até ao Algarve, que o Rugby Português, e principalmente as autoridades federativas deveriam respeitar muito mais.
A partida correspondeu à expectativa. Nem sempre bem jogada, o forte vento prejudicou alguns dos aspetos mais técnicos de ambas as equipas, foi contudo disputada do primeiro ao último minuto.
Entraram melhor os Bulldogs surpreendendo os Pelicanos com uma defesa muito agressiva e colocando o jogo nos seus avançados. Chegaram ao primeiro ensaio ainda no primeiro quarto, não conseguindo o Caldas transformar alguns pontapés de penalidade de que beneficiou.
Reagiu no segundo quarto o Caldas e, através de uma poderosa jogada à mão, a sua imagem de marca, chegou ao toque de meta pelo “arrier” Claúdio França.
Algumas oportunidades Pelicanas foram sendo contrariadas pela sempre muito efetiva defesa dos Miguelistas.
Na bola de jogo da 1ª parte o chutador Caldense Tommy Lamboglia colocou o seu excelente pontapé na transformação, aos postes, de uma penalidade.
Ao intervalo: Caldas RC – 8 / CR S. Miguel – 5.
Ligeiro ascendente Pelicano, mas jogo totalmente em aberto.
A jogar a favor do vento, esperava-se um domínio do Caldas na 2ª parte. Bem avisado e muito coeso, foi o S. Miguel que, ao invés, dominou, impondo o seu jogo de avançados e não dando nem espaço nem oval, o que alimenta o jogo Pelicano. Perspicácia da equipa técnica Miguelista, o seu treinador, selecionador nacional Sub18, e o seu adjunto, formado na escola Pelicana foram preponderantes.
Um primeiro ensaio, aos 55 minutos, inverteu o marcador.
Quando aos 60 minutos o Caldas viu o seu experiente pilar Luis Gaspar no “sin bin” por dez minutos, decisão algo controversa da arbitragem, as dificuldades em contrariar o maior poder Bulldog acentuaram-se. E aos 64 minutos o S. Miguel chegou a novo toque de meta, colocando o marcador em 19 -8 a seu favor.
A alma e o coração Pelicanos nunca se entregam, e levados pelas bancadas repletas, chegaram, na resposta, ao toque de meta pelo seu recente internacional Tommy Lamboglia.
Resultado na diferença mínima e uns últimos 15 minutos de luta intensa.
Congelou o jogo o S. Miguel, exemplar em retirar a oval ao Caldas e pondo toda o seu empenho numa defesa muito competente. Nas poucas oportunidades de que dispuseram os Pelicanos não tiveram o discernimento nem a frescura física para encontrar as melhores soluções.
Resultado Final: Caldas RC – 15 (2E, 1T, 1P) / CR S. Miguel – 17 (3E, 1T).
Vitória da equipa que esteve mais consistente, num encontro muito equilibrado. Os Bulldogs ganharam, com mérito, o direito de disputar a Final do CN2, defrontando o CRAV.
Época magnífica dos Pelicanos, muito acima das expectativas iniciais, uma Equipa totalmente amadora, um misto de muito jovens jogadores, alguns ainda com idade sub18, e veteranos com um amor ao Rugby e ao Clube inexcedível, estudantes em Lisboa e Leiria, profissionais espalhados pelo território nacional nem sempre com horários compatíveis com treinos e jogos, mas todos verdadeiros Rugbimen.
A homenagem, prestada ao intervalo, à equipa do Caldas Sport Clube pela também magnífica prestação na Taça de Portugal de Futebol, cumpriu um dos objetivos programáticos da Comissão Administrativa do Caldas RC, retribuir à Cidade todo o apoio recebido. O Desporto Caldense deu mais uma prova de que só compartilha o esforço e dedicação de todas as Coletividades resultarão em melhores resultados.
Os nossos agradecimentos ao apoio da CM Caldas da Rainha e aos nossos patrocinadores.































