Caldas perdulário cede dois pontos contra o Amora

O Caldas empatou a dois golos com o Amora, no jogo da 13ª jornada da Liga 3. Os pelicanos estiveram a ganhar, viram o Amora dar a volta, mas reagiram de forma poderosa, mas a exibição de Ruben Rendeiro na baliza dos visitantes e algum desacerto dos pelicanos diante da baliza negaram melhor desfecho aos caldenses.

Cedo se começou a perceber que o jogo podia ter muitos golos e o Caldas até foi o primeiro a marcar, num lance era digno de um vídeo de futevólei. Militão afastou a bola da zona defensiva e seguiram-se quatro toques de cabeça sem deixar cair, primeiro Tarzan e Rebelo, do lado do Caldas, depois João Sousa e Miguel Montenegro, do Amora, devolveram para o outro lado. João Tarzan acabou com a brincadeira com o quinto toque, que deixou Lucas Villela isolado para fazer, com remate de primeira, o 1-0 (14′).

Mas o Amora também já tinha mostrado ser capaz de criar dificuldades ao Caldas. Com um quadrado no meio campo, no meio campo, os amorenses ocupavam bem os espaços entre linhas e impunham grande dinâmica, quer na pressão defensiva, como na transição para o ataque.

Em 15 minutos, o Amora deu a volta. O empate chegou ao minuto 21, numa grande jogada de Tony com duplo 1/2 com João Oliveira que o deixou isolado para bater Wilson.

O Caldas ainda esteve perto de voltar à dianteira, num lance em que Pepo isolou novamente Lucas Villela, mas Ruben Rendeiro saiu bem fora da área para anular o lance.

Marcou, pouco depois, o Amora, numa jogada precisa. Montenegro vui Miguel Silva a correr pelo flanco direito e colocou lá a bola. O ala trabalhou sobre Clemente e colocou a bola ao segundo poste, nas costas dos centrais do Caldas, para João Oliveira (29’) bater a mancha de Wilson.

O Caldas não baixou os braços e, nos minutos finais da primeira parte acumulou oportunidades para chegar ao empate, mas Ruben Rendeiro negou golos a Militão, João Tarzan e Leandro. O médio brasileiro ainda viu um remate ser desviado por um adversário e pela barra.

Para a segunda parte, o Caldas surge com uma nuance tática, com José Vala a recuar Yordy para terceiro central, de modo a permitir uma maior projeção dos laterais no ataque. O Caldas respondia ao jogo do Amora com algo idêntico. A mudança teve efeitos claros no jogo, com o Amora a desaparecer dos terrenos ofensivos e o Caldas a carregar para o golo, com Januário a ganhar protagonismo à direita. Foi mesmo por ali que os pelicanos chegaram ao 2-2. Transição bem desenhada à direita, com Leandro a lançar Januário, o ala tabela com João Tarzan e assiste, já na área, para a emenda de Miguel Rebelo.

Por ali continuou o Caldas a criar perigo, com Januário, Villela e Tarzan a criarem pânico na defensiva do Amora e Ruben Rendeiro a vestir a pele de salvador na equipa da margem Sul do Tejo.

Para manter a dinâmica, José Vala trocou os alas, mas a equipa demorou algum tempo a encaixar as mudanças e o Amora cresceu. Miguel Silva, num centro que quase saía melhor que a encomenda, acertou na barra da baliza de Wilson. E, depois, rude golpe para o Caldas, quando Luís Marcelino viu o segundo amarelo, numa falta à entrada do meio campo do Caldas, depois de um primeiro amarelo que levantou protestos, na primeira parte, por uma falta numa zona onde já não estava a bola.

Mesmo assim, reduzido a 10, não desistiu o pelicano, em pleno tempo de compensação esteve duas vezes demasiado perto do golo. Primeiro, Pedro Marques vestiu pele de herói ao impedir com um grande corte que João Tarzan fizesse o 3-2. Depois o central foi desarmado por Gonçalo Chaves em zona proibida, o avançado permitiu (mais) uma grande defesa a Ruben Rendeiro e, na recarga, Evandro Barros atirou para fora, quando parecia que tinha tudo para selar o jogo com o golo da vitória do Caldas.

Os pelicanos caem, assim, para o sexto posto, com 19 pontos e a 2 do quarto, que é agora o Alverca. O Amora é sétimo, com 15 pontos.