Caldas perdeu no calor de Castelo Branco

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Gazeta das Caldas
O Caldas tentou travar as transições do Castelo Branco e apostou na velocidade de Farinha e na técnica de Iuri Gomes pelas alas

O Caldas sofreu a primeira derrota da época contra o Benfica de Castelo Branco. A vitória dos da casa foi justa, mas com um bocadinho de sorte, os pelicanos podiam ter conseguido um ponto.

Estádio Municipal Vale do Romeiro
Árbitro: Rui Soares, auxiliado por Filipe Lascas e Pedro Gorjão, A.F. Santarém

BENFICA CASTELO BRANCO 3
Caio, Diogo Costa, Pedro Eira, Zezinho, André Cunha “C”, Landry, Ailson (Sani, 45’), Rafa (Fillipe Veloso, 73’), Daniel Rodriguez, Jordão (Miguel Lopes, 90+4’) e João Vasco
Suplentes: Lourenço, Caetano, Pedro Almeida e Babia
Treinador: Sérgio Gaminha

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CALDAS 1
Luís Paulo [3], Juvenal [3] (Ricardo Isabelinha, 85’ [2]), Thomas Militão [3], Rui Almeida “C” [3], Flávio Passos [3], Paulo Inácio [3], Simões [3], Leandro Villas-Boas [3] (David Silva, 77’ [2]), Farinha [3], Iuri Gomes [3] (Januário, 77’ [2]) e Rafael Silveira [3]
Suplentes: Francisco Silva, Gaio, Marcelo Santos e Araújo

Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: João Vasco (51’ e 63’), Rafael Silveira (78’) e Miguel Lopes (90+5’)
Disciplina: Amarelo a Simões (46’), João Vasco (59’) e Sani (61’)

 

O Caldas perdeu com o Benfica de Castelo Branco, sofrendo a primeira derrota da época. Os albicastrenses foram melhores e a sua vitória foi justa, mas com um bocadinho de sorte, os alvinegros poderiam ter trazido um ponto para as Caldas.
Num jogo disputado sob muito calor e sob o apoio das duas claques do Caldas e de mais alguns adeptos caldenses, os pelicanos entraram no jogo a tentar segurar as investidas dos da casa, numa primeira parte com as equipas encaixadas e muito poucas oportunidades de golo. O nulo ia-se mantendo, quer pelo desacerto na finalização do Castelo Branco, quer pelas intervenções seguras do guardião Luís Paulo, ora entre os postes, ora saindo para encurtar o espaço.
O Caldas criava perigo através da velocidade de Farinha na direita e da técnica de Iuri na esquerda, que aos 39’ fez o remate mais perigoso dos pelicanos na primeira parte, com uma bola colocada ao poste mais distante, para defesa apertada de Caio para canto.
No regresso das cabines os da casa mexeram no meio-campo e encostaram o Caldas atrás. Aos 51’ Paulo Inácio ia aliviar uma bola, João Vasco vem por trás, tira a bola e é pontapeado dentro da área pelo jogador do Caldas. Grande penalidade que o próprio João Vasco converteu exemplarmente, não dando hipóteses a Luís Paulo, que ainda adivinhou a direcção.
O Benfica de Castelo Branco podia ter chegado ao segundo em dois remates de Daniel Rodriguez, mas ambos saíram ao lado. Na resposta alvinegra, um tiro de Leandro de fora da área para grande defesa em voo de Caio, que segurou a vantagem.
Aos 63’ João Vasco bisou, ao desviar um livre da esquerda ao primeiro poste. Com uma vantagem de dois golos, o Benfica tentou baixar o ritmo de jogo, mas o Caldas não desistiu. Iuri cruzou na esquerda e Farinha, ao segundo poste e de cabeça, ficou perto do golo.
José Vala mexeu na equipa, tentou refrescar o ataque com Januário e David Silva e as substituições tiveram impacto. Aos 78’ um cruzamento de Farinha acaba nos pés de Rafael Silveira que aplica um pontapé na bola e reduz a desvantagem, colocando o Caldas de novo na discussão do resultado.
José Vala colocou “a carne toda no assador”, com Isabelinha na direita, Januário na esquerda e Silva no apoio a Silveira. Farinha recuou para lateral esquerdo e Flávio passou para a direita.
O Caldas chegou-se à frente e assustou os da casa. Silveira tentou levar o defesa e deixar a bola para um colega, mas o toque ficou curto. E, já na compensação, David Silva podia ter feito o empate, mas acertou na barra.
Na última jogada do encontro, um erro na saída defensiva permitiu ao recém-entrado Miguel Lopes fechar as contas com um pesado 3-1.

Gazeta das CaldasTHOMAS MILITÃO, JOGADOR DO CALDAS
TRÊS GOLOS EM TRÊS ERROS
No início da 1ª parte sentimos alguma dificuldade, mas depois melhorámos bastante. Foi pena não sairmos melhor para o ataque, podíamos ter feito um golo.
Na 2ª parte entrámos para ganhar, mas ficou mais difícil depois do penalty. Em desvantagem tentámos reagir, mas sofremos o segundo golo. Não desistimos, continuámos a lutar até que fizemos o 2-1. Podíamos sair daqui com um resultado positivo, tivemos oportunidade de o fazer, não conseguimos concretizar e acabámos por sofrer o 3-1. Sofremos três golos em três erros que não podemos cometer.
JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
VITÓRIA JUSTA
A estratégia passava por o jogo ser aquilo que foi na primeira parte. Sabíamos que o Castelo Branco é uma equipa muito forte nas transições e queríamos evitar que houvesse essas quebras. Sofrendo o primeiro golo, o jogo tem de abrir. Mais oportunidades e mais jogo ofensivo para o Castelo Branco. Tivemos uma boa reacção ao 2-0. As substituições mexeram com o jogo.
Acho que é uma vitória justa, mas o 2-1 assentava melhor. Sabíamos que íamos ter dificuldades se entrássemos num jogo muito aberto de transições. Somos uma equipa que joga em ataque posicional.
SÉRGIO GAMINHA –TREINADOR DO CASTELO BRANCO
IMPORTANTE ERA VENCER
O importante esta semana era vencer. O Caldas é uma equipa matreira, experiente, que conhece o jogo como ninguém. Tem um grupo de jogadores que se sente confortável em qualquer situação. Nenhuma equipa julgue que tem o resultado garantido contra o Caldas, porque eles aproveitam qualquer deslize e voltam ao jogo. Foi uma vitória inteiramente justa.

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