Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Dinis Gorjão, Assistentes: Miguel Jacob e Miguel Figueiredo, AF Setúbal
CALDAS 5
Luís Paulo [3]; André Santos [3], Militão [3], Rui Almeida [3] (C) e Diogo Clemente [3]; Paulo Inácio [3], Marcelo Santos [2] (André Simões [4] 45’) e Tiago Esgaio [4]; Farinha [3] (Nuno Januário [4] 40’), João Rodrigues [5] e Sabino [3] (Telmo [3] 80’)
Suplentes: João Guerra, André Cruz, Vítor Hugo, André Simões, Tucho
Treinador: Ricardo Moura
PENICHE 2
Sérgio Nobre; Diogo Bento, Ricardo Cardoso, Marco Ramos e João Miguel; Ion Cararus (Pidocha 45’), Luís Pinto e Paulinho; André Fortes, Hélio Vaz (C) (Marinho 62’) e Matthew
Suplentes: Mendonça, Burguette, Motinha, Amar, Ruben Oliveira
Treinador: Pedro Solá
Ao intervalo: 1-2
Marcadores: 1-0 João Rodrigues (4’); 1-1 Hélio Vaz (18’); 1-2 André Fortes (45’+2); 2-2 Sabino (70’); Tiago Esgaio (81’); 4-2 João Rodrigues (82’); 5-2 João Rodrigues (90’)
Disciplina: Amarelo a Rui Almeida (23’), Diogo Clemente (45’+1), João Miguel (71’), Ricardo Cardoso (75’)
Disciplina: Amarelos a André Santos (63’), Luís Dias (73’) e Rui Almeida (74’)
No dia em que assinalou o Centenário, o Caldas vestiu-se de gala e brindou os adeptos com uma mão cheia de golos. O Peniche precisava de vencer – e se o tivesse conseguido iria jogar o play-out de descida – e até saiu na frente ao intervalo, mas na segunda parte o Caldas não deu qualquer hipótese.
O Caldas entrou ‘a abrir’ e chegou ao golo ao minuto quatro. Boa jogada de envolvimento, com a bola a passar pelos vários sectores, um passe vertical a desmarcar Farinha, o extremo bate João Miguel e cruza para a cabeça certeira de João Rodrigues. Certeira neste lance e nos dois que confirmaram a vitória, mais adiante na partida, todos obtidos no jogo aéreo.
Ao bom início do Caldas respondeu o Peniche com um bom quarto de hora, entre os 15 e os 30 minutos. A equipa de Pedro Solá criava dificuldades aos alvinegros pelo flanco direito e dali conquistou uma série de cantos e livres. Ao minuto 18 um livre deu o empate, com Hélio Vaz a surgir ao primeiro poste a desviar de cabeça. A reviravolta, numa altura em que o Caldas até controlava, foi no último acto do primeiro tempo. Novo livre à direita, um ressalto levou a bola a André Fortes que de primeira fez um belo golo. A bola já nem foi ao meio.
Aquele resultado era ouro para o Peniche e a ordem foi defendê-lo. Mas a vontade de ganhar do Caldas foi maior. Nuno Januário, que entrou muito bem a substituir o lesionado Farinha, e André Simões deram nova alma à equipa, que respondeu também à altura.
Antes de Sabino fazer o empate, isolado por Simões com tempo para parar e escolher o lado para onde rematar, já o golo tinha estado próximo várias vezes. Daí à goleada foi um instante. Tiago Esgaio inventou a reviravolta num trabalho de génio. E João Rodrigues fez o resto. Telmo e Nuno Januário fizeram o serviço para o quarto golo, que colocava o avançado no topo dos melhores marcadores dos alvinegros. Telmo serviu-o no quinto.
MELHOR DO CALDAS
João Rodrigues 5
Não foi um hat-trick qualquer o que João Rodrigues fez na partida, foram três golos à ponta de lança, todos de cabeça e fruto de movimentações inteligentes a corresponder a bons cruzamentos. Para além dos golos – que lhe garantem ser o artilheiro mor da equipa –, pautou o seu jogo com outros bons pormenores.
Diogo Clemente, jogador do Caldas
Temos o nosso orgulho
Foi um jogo bem conseguido da nossa parte, o Peniche tinha a última hipótese aqui nas Caldas, nós tínhamos o campeonato resolvido mas temos o nosso orgulho e a ambição de ganhar sempre e nesta data em que o Caldas fez 100 anos era bonito acabar com a vitória. A primeira parte não nos saiu muito bem, em dois esquemas tácticos eles fizeram dois golos. Na segunda parte controlámos o jogo e ao fazer o 2-2 eles tinham que sair, porque se limitaram a baixar as linhas, e em lances de contra-ataque fizemos mais golos. Fiz muitos jogos esta época, numa posição nova, joguei a primeira fase quase toda, na segunda não tanto mas trabalhei sempre para reconquistar o meu espaço na equipa. Agora é descansar e em Julho cá estaremos outra vez para trabalhar.
Ricardo Moura, treinador do Caldas
Fazer a nossa parte
O adversário jogava a época neste jogo, procurámos ter dignidade, queríamos terminar com uma vitória que foi merecida, mais golo menos golo. Ao intervalo perdíamos injustamente, mas reagimos bem na segunda parte, fizemos um futebol interessante e podíamos ter feito ainda mais um ou dois golos. Tínhamos que fazer a nossa parte, ganhámos e estamos contentes por isso.
Pedro Solá, treinador do Peniche
Lesão do Ion foi fundamental
O Caldas fez o primeiro golo na primeira investida, com um erro de posicionamento nosso. Conseguimos equilibrar, empatámos e demos a volta antes do intervalo. A saída do Ion foi fundamental, estava a recuperar muitas bolas e a jogar muito bem, saiu por lesão. O Caldas abriu a frente de ataque, não fomos competentes sobretudo na forma de sair. A partir do empate há uma quebra anímica e é normal acontecer os outros golos. O Peniche estará de certeza a lutar pela subida de divisão.































