Caldas fecha a primeira volta em quinto

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Equipa de José Vala evitou o desaire no Municipal da Marinha Grande nos instantes finais de uma partida muito disputada

Mais uma primeira parte de grande qualidade à qual só faltou o golo. Hugo Neto desperdiçou penálti, mas redimiu-se perto do final e empatou com golo de cabeça.

Estádio Municipal da Marinha Grande
Árbitro: Bruno Vieira, AF Lisboa
Assistentes: Carlos Carmo e Daniel Soares

MARINHENSE 1

João Guerra; Ruben Martins, Luís Oliveira, Fábio Santos e Ricardo Ferreira; André Sousa (C), André Pérre e Pedro Rodrigues (Elton 46); Ednilson (Abdel Hbouch 63), Rojas e Leandro Antunes (Ruben Coelho 89)
Não utilizados: Mirza Durakovic, Alex, Edgar, Bernardo
Treinador: João Mota

CALDAS 1

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Luís Paulo [7]; Juvenal [6] (Yordy [6] 44), Militão [7] (C), Gaio [7] e Farinha [7]; Paulo Inácio [7], Simões [7], Pedro Faustino [7] e Leandro [7]; Ricardo Isabelinha [7] (Bruno Eduardo [5] 75) e Ruca [6] (Hugo Neto [6] 56)
Não utilizados: Rui Oliveira, Passuco, Bernardo Rodrigues, Januário
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0-0

Marcadores
Leandro Antunes (55 GP), Hugo Neto (87)
Disciplina
Amarelo: Pedro Faustino (16), Leandro (33’), Elton (48), Militão (55), Abdel (67), Ricardo (73)

Caiu o pano sobre a primeira volta e o décimo empate, alcançado na visita ao Marinhense, coloca o Caldas no quinto lugar da Série C com os mesmos 5 pontos de distância para o segundo (que dá acesso ao apuramento de subida) e para a linha de água. O pelicano termina a primeira volta como o clube que menos perde, em conjunto com Praiense e Oleiros, e como o segundo que mais empata, atrás do Oliveira do Hospital e a par também do Oleiros.
Na Marinha Grande, contra um dos seus maiores rivais no distrito, o Caldas teve na primeira parte hipótese para construir um resultado mais positivo. A equipa entrou, novamente, com uma forte dinâmica na pressão ao portador da bola e controlou quase todo o primeiro tempo. E teve no avançado Ruca duas flagrantes ocasiões para chegar ao intervalo em vantagem.
Só a espaços o Marinhense se libertou da pressão do Caldas e teve num pontapé de bicicleta do beneditense André Perre o lance mais vistoso desta fase do jogo.
Para a segunda parte, Andrés Madrid lançou Elton e uma mudança de atitude tornou o Marinhense mais perigoso no quarto de hora inicial. Numa iniciativa à esquerda, Rojas entrou na grande área, Militão deslizou para fazer o corte, mas só encontrou a perna do colombiano. Leandro Antunes, o melhor marcador da série, bateu Luís Paulo, que ainda tocou na bola mas não evitou o golo.
O Caldas respondeu e Yordy, derrubado por Luís Oliveira, proporcionou a Hugo Neto para empatar de grande penalidade, mas João Guerra não deixou. O guardião voltou a opor-se com estilo a um cabeceamento de Farinha, mas nada pôde fazer quando um ressalto deixou Hugo Neto sozinho para fazer o golo, de cabeça, a três minutos do intervalo, selando o 12º empate entre os dois conjuntos nas competições nacionais.
O Caldas volta a jogar fora na abertura da segunda volta, no terreno do Fátima, actual segundo classificado da série.

Melhor do Caldas

Pedro Faustino 7

De regresso a uma casa onde se destacou na época passada, pegou na batuta e foi o verdadeiro maestro do jogo do Caldas, por ele passando grande parte do jogo ofensivo, sempre com um toque de classe. E até chegou a aparecer na área a finalizar.

JUVENAL, JOGADOR DO CALDAS
Sabor amargo

É um empate que tem sabor amargo para a nossa equipa, conseguimos estar por cima do adversário, criamos as melhores ocasiões de golo mas não marcámos e ao mínimo deslize lá atrás o adversário consegue chegar ao golo. O resultado mais justo seria uma vitória do Caldas. São 11 jogos sem perder, a maior parte deles são empates. Temos que melhorar a finalização, mas estamos na luta e os golos e as vitórias vão aparecer. Saí lesionado mas espero que não seja nada de grave. Tenho estado bem esta época, sem lesões, senti uma dor no adutor e não valia a pena estar a arriscar e comprometer a equipa.

JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
Eficácia
Houve uma equipa que se superiorizou em grande parte do jogo, que foi o Caldas, mas aceito o resultado. Até ao golo do Marinhense tivemos três ou quatro oportunidades que não podemos falhar. O Marinhense foi eficaz, marcou de penalti e nós não marcámos o nosso. Na primeira parte houve mais controlo da nossa parte, até a garantir que o Marinhense não conseguisse fazer grande mal em transições. Na segunda parte sofremos o golo na melhor fase do adversário. Reagimos, demos mais espaço mas tínhamos que arriscar e fomos felizes.

JOÃO MOTA, TREINADOR DO MARINHENSE
Primeira parte difícil
A primeira parte muito difícil para nós, o Caldas dominou e podia ter feito um ou outro golo, mas não fez. Ao intervalo alertámos os jogadores que era preciso rectificar muitas coisas, os primeiros 15 minutos foram nossos e chegámos ao golo. Depois tivemos que defender, também por mérito do Caldas, que chegou ao empate mesmo no fim.

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