Caldas entra com o pé direito no campeonato

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André Santos inaugurou o marcador de grande penalidade | D.R.

Estádio Municipal de Alcobaça
Árbitro: Paulo Ferraz, Assistentes: José Mira e José Oliveira, AF Leiria

ALCOBAÇA 1
João Pedro; Sérgio Neves, Rúben Pereira, Luís Silva e Ricardo Soares; Paulo Brites, Miguel Pinheiro (C) e Bruno Daniel (Vasco Pontes 64); Joel Mendes (Rafael Portela 75), Danny Esteves e Vasco Gonçalves (Luís Felipe 64)
Não utilizados: Rui Oliveira, Diogo Santana, Rui Rodrigues, Fábio Rosado
Treinador: Filipe Faria

CALDAS 3
Luís Paulo [3]; Juvenal [3], Militão (C) [3], Rony [3] e Diogo Clemente [4]; André Santos [4] e Paulo Inácio [4]; Sabino [3] (Diogo Bento [1] 90), Nuno Januário [3] (Marcelo Santos [2] 69) e Farinha [3] (Alexandre Cruz [3] 64); João Rodrigues [3]
Não utilizados: Natalino, Rui Almeida, Tonicha, Vítor Rodrigues
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0 – 2
Maradores: André Santos (16 gp), Diogo Clemente (34), Ricardo Soares (77) e Alexandre Cruz (79)
Disciplina: amarelo a João Pedro (14), Bruno Daniel (23), Paulo Brites (38), Miguel Pinheiro (42), Paulo Inácio (58), André Santos (58) e Diogo Clemente (75)

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O Caldas entrou com o pé direito no campeonato, com uma vitória por 1-3 no terreno do Alcobaça. Se em termos de posse de bola o jogo até foi repartido, o Caldas foi mais eficaz na forma como atacou a baliza contrária e mereceu a vitória.
Um triunfo assegurado com golos em momentos chave da partida: a virar o primeiro e o segundo quarto de hora da primeira parte, e em resposta ao golo alcobacense, que relançou o quarto de hora final do encontro.
As duas equipas surgiram ‘soltas’ na partida e quando o jogo se encaminhava para o balanço dos primeiros 15 minutos já ambas tinham razões para deixar os adeptos (que formavam uma bonita moldura humana) optimistas quanto a um bom resultado. A bola corria todo o campo e chegava com alguma facilidade perto das grandes áreas. Mas esse balanço também já mostrava que o Caldas podia estar mais afinado no último terço do terreno. Ao minuto 5 Farinha lançou Sabino na área, mas João Pedro foi rápido a sair da baliza. Mas quando, 9 minutos depois, Januário fez o mesmo com João Rodrigues, o guardião demorou mais tempo a chegar e não evitou tocar o avançado depois do drible deste. Grande penalidade convertida com mestria por André Santos.
O Alcobaça procurava responder, mas o último passe não pegava. Exemplo um bom centro de Joel Mendes não correspondido na área, ao minuto 22. Bem melhor neste capitulo estava o Caldas, que voltou a marcar ao minuto 34, num livre directo. A falta colocou a bola descaída sobre a direita, mesmo ao jeito do pé esquerdo de Diogo Clemente, que a colocou na gaveta, por cima da barreira. O Caldas estava por cima e ainda podia ter ampliado na primeira parte em dois livres de André Santos aos quais Militão e Rony não conseguiram dar o melhor seguimento.
O Alcobaça tinha que crescer ofensivamente na segunda parte. O Caldas deu uma ajuda, até porque ficava à espreita do contra-ataque, como dizem ‘as regras’. Os azuis carregavam mas excepção feita a um remate ao poste, era nos lances de bola parada, quase sempre por Danny Esteves, que conseguiam algum perigo.
Já o Caldas saía na certa, mas sempre com perigo. Nuno Januário foi o primeiro a avisar, lançado por Farinha, mas precipitou-se e rematou demasiado cedo. Mais tarde foi Farinha a deslumbrar-se depois de uma arrancada sensacional de Diogo Clemente e de um drible fantástico do próprio Farinha sobre João Pedro que lhe deixou a baliza à mercê, o remate saiu por cima.
Quando finalmente o Alcobaça reduziu, golpe de cabeça a desviar um livre de Danny Esteves, o jogo parecia relançado. Mas quem estava lançado era Alexandre Cruz, que se isolou depois de uma perda de bola da equipa da casa e não teve dificuldade em fazer golo à anterior equipa e na estreia oficial pelo Caldas.

 
Militão, jogador do Caldas
“Fomos humildes”

Apesar de o Alcobaça ter subido é sempre um derby eles vinham com tanta vontade de vencer como nós, mas fomos humildes, fizemos o nosso trabalho. Entrámos bem, com o pé direito e agora vamos ao próximo. O grupo está forte, é jovem, unido e com qualidade. Ainda não tínhamos perdido, a pré-época não importa, queríamos ganhar este e conseguimos.

 

José Vala, treinador do Caldas

“Continuamos no bom caminho”

Quero dar os parabéns aos jogadores porque estiveram bem. Fizemos um jogo muito equilibrado, raramente nos desequilibrámos em termos defensivos, tivemos situações para fazer golos e o resultado ao intervalo ajusta-se. Na segunda parte temos que dar o mérito ao Alcobaça, que nunca desistiu. Marcaram num lance de bola parada mas tivemos a felicidade de matar o jogo na resposta. Continuamos no bom caminho. Estava focado neste jogo e fazia questão de entrar bem, conseguimos, infelizmente vamos parar na próxima semana, era importante ter já jogo.

 
Filipe Faria, treinador do Alcobaça

“Eficácia do Caldas“

Dá-me ideia de um jogo equilibrado, com oportunidades para os dois lados, mas com a eficácia do Caldas, com dois lances de bola parada e depois com o terceiro golo aceita-se a vitória, mas os meus jogadores estão de parabéns. Tivemos alguma dificuldade em sair na primeira parte. Conseguimos acertar ao intervalo, estivemos por cima na segunda parte, conseguimos reduzir e ter outra oportunidade a seguir, mas numa perda de bola eles fizeram o terceiro golo e mataram ali o jogo. Os objectivos passam pela manutenção. A mudança de série dificultou-nos a vida, mas temos uma equipa jovem que quer evoluir e esperamos crescer porque sabemos que a segunda fase é que é decisiva.

 
MELHOR DO CALDAS

Diogo Clemente 4
Esteve nos dois lances mais bonitos do encontro, o livre que originou o segundo golo alvinegro, numa execução espectacular de um livre, e numa jogada ao minuto 64 em que driblou vários adversários e ofereceu o 0-3 a Farinha, que desperdiçou depois de, também ele, ter dado um toque delicioso à jogada.

Equipa do Ginásio de Alcobaça | D.R.
Equipa do Ginásio de Alcobaça | D.R.

 

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