O Caldas e Naval dividiram pontos na Quinta da Boneca, num jogo que teve uma segunda parte com sete cartões amarelos e duas expulsões por acumulação e que já tinha antecedentes no jogo da primeira volta do campeonato.
O Caldas entrou no encontro, literalmente, a ganhar. Ainda nem um minuto estava decorrido e Gonças no meio aproveitava um canto vindo da esquerda para cabecear para o fundo das redes.
Os de fora tentaram responder e aos 10’ o possante avançado Lucas recebeu e endossou a bola para um remate de Matos, rasteiro e colocado ao poste mais distante. Estava feito o empate num início de jogo prometedor, com muita disputa de bola e combatividade e com grande entrega de parte a parte, a roçar o limite da agressividade.
Os dois homens da frente do Caldas – Martim e Tony – baralhavam as marcações na busca de espaços entre os centrais e os laterais e eram os pelicanos que criavam mais perigo, quando depois de um canto a bola sobrou para Matos bisar.
Até ao intervalo os alvinegros procuraram o empate, mas a Naval fechou-se bem, com linhas muito juntas e a criar perigo em contra-ataque (Luka evitou o 1-3).
O segundo tempo começou como acabou o primeiro, com o guardião da casa a negar o terceiro à Naval.
Num início muito duro, os amarelos foram saindo para os da Figueira e aos 63’ o guarda-redes Guardado saiu da pequena área e derrubou Martim, vendo o amarelo e vendo Tony converter e empatar o jogo. Os pelicanos pressionaram em busca do ter ceiro e cinco minutos Guardado voltou a fazer o mesmo, mas agora com Deny. O guarda-redes viu o segundo amarelo e foi expulso, assim como o treinador, que protestou a decisão.
Da marca dos 11 metros Miguel Pereira atirou por cima. A 3’ do fim, o capitão Tomás também viu o segundo amarelo, mas os verde e brancos aguentaram o empate até ao final.
“Campeonato vai ser disputado até ao fim”
O Caldas está inserido numa série de equipas em que descem quatro e pode descer ainda mais uma. “Este é um campeonato muito duro, muito intenso, este e o de juniores são os que têm maior intensidade na formação, vai ser disputado até ao fim”, caracterizou, lamentando-se por “algumas situações, como o facto de a Federação colocar o campeonato tão cedo e depois vamos acabar estas três jornadas na semana de Carnaval, não tem cabimento, os jovens querem ir divertir-se no Carnaval e jogam no domingo antes de Carnaval, no domingo de Carnaval e no domingo seguinte, para depois acabar a 10 de Março”.
Nesta fase, “qualquer dos jogos pode acabar com os três resultados e vão decidir-se pelos pormenores, pelo controlo emocional dos atletas, pelas bolas paradas ou pela qualidade e competência, que é o que procuramos”. Carlos Santos falou ainda das limitações do plantel, com lesionados e ausentes em férias de Natal. A terminar agradeceu o apoio dos adeptos e da claque e dos familiares.































