Estádio Municipal da Praia da Vitória
Árbitro: João Letras, Assistentes: Bruno Almeida e Duarte Silva, AF Évora.
PRAIENSE 2
André (C), Diogo Careca, Marco Aurélio (Mauro Aires, 85’), Hélder Arruda, Filipe Andrade, Breno, Luciano Serpa, Stebh, Vitinha, Vítor Hugo (Queirós, 56’) (Rui Gomes, 83’), João Peixoto
Não utilizados: Tiago Maia, Ricardo Mendes e André Martins
Treinador: Francisco Agatão
Caldas 1
Luís Paulo (3), Juvenal (3), Rony (3) (Farinha (2), 80’), Almeida (3) (C), Militão (3), Clemente (2), Paulo Inácio (3), Marcelo (3) (Januário (2), 68’), André Santos (3), Cruz (2) (Tonicha (2), 64’), João Rodrigues (2)
Não utilizados: Natalino, Cascão, Sabino, Simões
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0-1
André ofereceu a vantagem do Caldas ao intervalo. Num jogo que só deu Praiense, a reviravolta surge num golaço de Peixoto.
Há um golo que nasce quase do nada. E para o Caldas. Digamos que a loja do mestre André fez saldos aos 29 minutos e Alexandre Cruz esgotou o stock da primeira-parte. Não percebeu? André e um lance fácil, o guarda-redes bateu a bola contra Breno e Alexandre Cruz, com a baliza à mercê, fez o golo que deu a diferença ao intervalo para os caldenses.
Uma infelicidade que explica o resultado, mas não o jogo. O Praiense foi sempre superior. Em todos os domínios: na ocupação dos espaços; na posse da bola; na sapiência e paciência com que rodou o esférico na procura de fintar o vento que soprava contra.
O Caldas adaptou-se para jogar em casa do líder invicto, reforçando a linha defensiva com a inclusão de um terceiro central à custa de um dos extremos, Farinha. No meio campo Marcelo trocava de lugar com André Simões. Não era um jogo para segurar a bola, era para a ganhar e colocá-la rapidamente na frente, com os laterais a darem apoio quando a equipa prolongava a posse. Não aconteceu muitas vezes.
Filipe Andrade, pela direita, inaugurou verdadeiro sinal de perigo, num cruzamento remate que incomodou Luís Paulo. Os encarnados tentaram alguns passes longos, na tentativa de abrir espaços nas costas da defesa contrária, mas o vento nem sempre deixou.
A melhor situação para o Praiense surge aos 20 minutos. Grande arrancada do Filipe Andrade pela direita, cruzamento a cruzar toda a grande-área, Marco Aurélio fica na cara de Luís Paulo, já do outro lado do campo, mas remata à figura. Teria feito toda a diferença, até porque não teria saído do nada. Há ainda um pé em riste de Militão que o árbitro não assinalou. Isto dentro da grande-área.
O Praiense mudou-se para o meio-campo do Caldas, isto porque, para a segunda-parte, o vento mudava de favorecimento. Mais um cruzamento-remate de Filipe Andrade negado por Luís Paulo. Breno, de cabeça, também atira com perigo.
Este adiantamento encerrava perigos. Aos 55 minutos, dois jogadores do Caldas isolados a aproveitar o espaço nas costas da defensiva do Praiense. Esperaram por fora-de-jogo que não existia e André chegou primeiro, já fora da área. Depois sai Vítor Hugo, ninguém encarregado de reocupar o lugar, Juvenal solto na direita. Parece ficar por marcar grande-penalidade por carga de Marco Aurélio.
Muita gente à entrada da área do Caldas. Dificuldade em fazer triangulações, ora por precipitação no passe, ora por acerto nas marcações. Os pontapés de canto ganham importância. Breno, de cabeça, ensinou como fazer. Hélder Arruda aprendeu e fez. Bola cruzada por Marco Aurélio, com o pé esquerdo. Empate aos 70 minutos.
O Caldas agora não atacava. O Praiense acerta no poste, mas numa jogada fortuita. Foi preciso esperar por Peixoto. Que golo! Livre junto à grande-área, descaído pela esquerda remata com potência e colocação. Reviravolta consumada. Foi difícil a sétima vitória consecutiva do Praiense para o campeonato.
Para a arbitragem, duas palavras: demasiado má. Para os dois lados. Pontapés de canto e lançamentos. Do pior que já se viu.
Luís Almeida
Diário Insular































