A equipa do Caldas que iniciou a última partida da temporada 2017/18 | Joel Ribeiro
Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Renato Gonçalves, AF Guarda
Assistentes: Hugo Santos e Francisco Cerveira
CALDAS 0
Luís Paulo [2]; Tiago Paixão [2] (Vítor Tarzan [2] 70’), Militão [2], Rony [2] e Cascão [2]; Paulo Inácio [3] (C) e Odair [2] (Felipe Ryan [2] 45’); Januário [3], João Tarzan [3] e Cruz [2]; Araújo [2] (Pedro Emanuel [2] 45’)
Não utilizados: Natalino, Rui Almeida, Bé, Farinha
Treinador: José Vala
GUADALUPE 3
Nuno Ribeiro (C) (Leandro 90’+3); Truck, Mazo, Manuel e Simão Moreno; Ibrahima (Seninho 79’), Diogo Conceição e Abudu; Zaneth, André Fontes e Hugo Tavares (Cláudio Melo 89’)
Não utilizado: Leo Vaz
Treinador: Bruno Álvares
Ao intervalo: 0-2
Marcadores: André Fortes (25’), Diogo Conceição (45’) e Zaneth (67’)
Disciplina: Cartão amarelo para Zaneth (34’) e Ibrahima (59’)
Foi com a derrota mais pesada que terminou a época para o Caldas. Um 0-3 contra o último classificado, o Sp. Guadalupe, da ilha Graciosa, que não tira encanto a uma época memorável para os alvinegros, não pelo campeonato, mas por uma prestação inesquecível na Taça de Portugal.
O resultado desta partida não interessava para nada. Era o jogo da consagração. Talvez perto de 2 mil pessoas quiseram prestar tributo à equipa pela prestação na Taça que devolveu a mística ao clube e o reaproximou dos caldenses.
Na equipa, o efeito da descompressão pós-eliminação da ‘prova rainha’ foi a grande ‘culpada pelo desfecho do jogo.
Mas tudo podia até ter sido diferente. Nos primeiros 10 minutos, João Tarzan – a fazer a despedida do clube antes de rumar ao Leixões – trabalhou bem duas assistências para Araújo, mas Nuno Ribeiro não deixou o jovem avançado estrear-se a marcar em jogos oficiais pelo Caldas. Rony também esteve perto de inaugurar o marcador, na sequência de um canto.
Oposto à ineficácia do Caldas foi o aproveitamento dos insulares, que a meia da primeira parte, na sequência de um livre, inauguraram o marcador.
O Caldas desperdiçou mais duas bolas – cabeça de Araújo por cima a passe de Cruz e um lance de Januário que ficou entre o passe para o jovem avançado e o remate – e sofreu o segundo num contra-ataque, a fechar a primeira parte.
O Caldas queria dar outro resultado aos seus adeptos na despedida. Pedro Emanuel e Ryan foram a jogo, mas a bola não queria tomar a baliza dos insulares. E assim continuou quando José Vala tirou um defesa, Paixão – em estreia pela equipa principal –, para colocar mais um homem de ataque, Vítor Tarzan. Foi mesmo novo contra-ataque dos visitantes a fechar o marcador.
Mas a desilusão pelo resultado não durou muito. O apito final trouxe aplausos de pé para os jogadores e depois houve invasão pacífica do campo, com os adeptos, entre os quais muitas crianças, a confraternizarem com os jogadores, pedindo camisolas e autógrafos e tirando fotos com os craques que escreveram o seu nome na história do clube.
MELHOR DO CALDAS João Tarzan 3
Nos primeiros 10 minutos construiu duas jogadas que podiam ter dado outro rumo ao jogo. Foi nisso que se destacou entre os demais, fartou-se de batalhar para encontrar caminhos para o golo, embora, desta vez, não o tenha conseguido.
| D.R.
Paixão, jogador do Caldas É BOM SENTIR ESTE APOIO
O resultado não foi o que queríamos, mas era o último jogo, já tínhamos a manutenção garantida, também foi bom para dar confiança aos jogadores menos utilizados. É muito bonito a homenagem que nos estão a fazer, conseguimos um bom trabalho na Taça de Portugal, infelizmente não tanto no campeonato, mas é muito bom sentir a cidade a apoiar-nos desta maneira, com muita gente no estádio.
Não foi uma estreia tão boa como queria, mas não tinha minutos jogados até aqui e fiquei contente por ter a oportunidade, deu para ganhar confiança e agora é trabalhar para chegar mais forte na próxima época.
| D.R.
José Vala, treinador do Caldas É FESTA NA MESMA
Tivemos uma grande descompressão que era difícil evitar, falámos nisso, foi das coisas que incidi na palestra, mas também não tivemos a felicidade do jogo, nada correu bem. Podíamos ter entrado a marcar golo, tivemos outras oportunidades para marcar e o Guadalupe cada vez que ia lá à frente tinha eficácia na finalização. Nunca se gosta de perder e gostávamos de ter feito a festa de outra maneira, mas vamos esquecer isso, é festa na mesma.
Sinto um orgulho enorme, estamos todos de parabéns, clube, cidade, os adeptos e para que esses parabéns durassem era fazer com que isto não fosse o momento, mas o início de algo diferente para o clube.