1º dia 23-04-2016 – Troia/lugar Vale Seco 93km
Depois de carregadas as bicicletas no reboque da equipa com dois dias de antecedência em relação ao inicio da travessia no sábado 23 marcamos partida do Carvalhal Benfeito para as 5h da manha, com intuito de apanhar o primeiro ferrie de Setúbal para Troia e assim começar a pedalar quanto mais cedo possível. Antes das 9h da manhã e com as habituais fotos da praxe lá nos fizemos ao caminho com partida mesmo no inicio de Troia junto a praia sempre por alcatrão até Melides, ai deixamos o alcatrão para não mais o ver, fizemos sempre trilhos de btt, esse trilho que tomamos que nós iria levar até Santiago do Cacem era de uma beleza incrível com inúmeras travessias de riachos e ribeiros sem pontes em que tínhamos que nos “enfiar” rio adentro, depois da entrada em Santiago do Cacem fomos até a igreja matriz assinar o livro de presenças e fizemo-nos ao caminho para uns cerca de 20km finais, muito exigente e com vistas deslumbrantes, enlameados e escorregadios, fruto das chuvas dos dias anteriores e desse mesmo dia durante o troço, havia mesmo enormes lagos de lama e barro que tínhamos que atravessar com a bicicleta. Ficamos alojados nos moinhos do paneiro um turismo rural muito acolhedor e com vistas para Sines e costa atlântica.
2º dia Vale Seco-Odemira 64,7km
Era bem cedo pelas 8,45h da manhã quando nos fizemos á rota já com o pequeno almoço tomado exemplarmente servido no moinho do paneiro, com o percurso que dava para rolar muito bem até á chegada á barragem começando as primeiras dificuldades com pedras soltas que até mesmo a descer dificultavam bastante a condução, exigindo bastante técnica dos ciclistas levando inclusive a partir se um desviador traseiro indo o atleta em single speed. A segunda parte da etapa bastante exigente com subidas bastante íngremes e o sol escaldante da planície alentejana a provocar queimaduras fortes nos atletas. Chegando a Odemira com os festejos das comemorações da revolução de dia 25 de abril com a cidade muito bonita e com milhares de pessoas nas ruas e junto ao rio para assistir aos concerto e ao fogo de artifício.
3ª etapa Odemira-Arrifana 67.20km
Quando acordamos para arrancar ainda o som se fazia ouvir alto e a bom som da tenda electrónica da festa da noite anterior. As 9h e depois de uma valente alvorada de foguetes fizemo-nos ao caminho, durante amanhã tivemos algumas quedas e diversos furos que nos fizeram atrasar imenso e só almoçamos em Baiona próximo das 14h. na 2ª parte da etapa pedalamos inúmeros quilómetros sempre junto ao canal de regadio com passagem por Rogil e posterior chegada a pousada de Arrifana.
4ª etapa Arrifana-Cabo de São Vicente (Sagres) 63.60km
Começamos pela manhã com uma espetacular vista sobre o oceano atlântico, depois da visita ao forte de Arrifana fizemo-nos ao caminho. Apanhamos logo umas descidas de pedra que nos levaram até uma pequena praia, nova subida e fomos convidados por um habitante local a provar uma aguardente de medronho (fresquinha e deliciosa), 2 dedos de conversa, foto da praxe e novamente ao caminho. Nova grande descida e um vale enorme e verdejante, nova paragem novamente para falar com um guardador de vacas que se encontrava apoiado no seu cajado, e coberto pelo seu manto de lã. Arrancamos para ir ao encontro do presidente do clube de ciclismo de Portimão, que nos acompanhou até final da etapa. Continuamos pelo vale e ao atravessar um ribeiro mais fundo uma das bicicletas teve uma avaria mecânica grave que não foi possível reparar nem no local nem em Vila do Bispo o que impossibilitou a atleta de terminar os últimos km finais. Chegando na Aldeia de Pedralva almoçamos um bacalhau divinal, e fizemo-nos novamente a caminho, para os últimos quilómetros finais já muito próximo do oceano novamente e com grandes retas em alcatrão a velocidades elevadas que nos fizeram chegar ao forte num instante. Foi uma chegada emotiva por mais uma grande travessia ter sido concluída com sucesso. Um obrigado especial ao sr. João Silva por todo o apoio na preparação da travessia assim como na condução do carro de apoio.
Nelson Ferreira e Paulo Colaço































