O automóvel sorteado pelo Caldas e pela Auto Júlio na passada segunda-feira saiu a Vítor Santos, de A-dos-Francos. Uma história com final feliz para este antigo funcionário da Câmara das Caldas, que na semana passada viu um dos seus carros ser severamente danificado após um furto à porta de casa. O concurso superou as expectativas, com a venda de cerca de 150 mil senhas, cujo valor superou largamente o acordo mínimo de patrocínio daquele grupo empresarial ao clube.
Os cerca de 150 mil bilhetes, que estavam repartidos por 33 tômbolas, encheram por completo o compartimento de carga de uma pick-up Nissan Navara. António, um jovem atleta do Caldas, de oito anos, foi o escolhido para tirar o bilhete premiado. Vítor Santos, carpinteiro da Câmara das Caldas já aposentado, foi o vencedor. Recebeu a notícia com um telefonema de João Carlos Costa que foi transmitido em directo na 91.0 FM Rádio.
“Nem estava a acreditar”, comentou sobre a reacção que teve à chamada com a qual soube que tinha ganho o Nissan Juke amarelo. “Nunca tinha ganho nada na vida”, acrescentou.
O prémio não podia ter vindo em melhor hora. É que na semana anterior, após um assalto à Filarmónica de A-dos-Francos, os meliantes roubaram-lhe o carro que tinha à porta de casa para se colocarem em fuga. O automóvel foi encontrado no próprio dia, mas em muito mau estado e teve que ser abatido. “A despesa da reparação não compensava. Precisava de outro carro, porque o outro que tinha está muito velhinho e a minha mulher também conduz, por isso veio mesmo a calhar”, exclamou, acrescentando estar feliz porque gosta tanto do carro como da cor, por ser diferente.
Vítor Santos concorreu apenas com as senhas a que teve direito por abastecer nos postos Auto Júlio, no caso o de A-dos-Francos, a sua escolha habitual. “Tinha umas 20 ou 30 senhas, cada vez que abastecia preenchia pelo menos uma, até dizia ao moço que não me ia calhar”, comentou.

EXPECTATIVAS SUPERADAS
Jorge Reis, presidente do Caldas, disse que o concurso superou as expectativas. “Inicialmente pensou-se em patrocínio puro e duro, um valor em troca de patrocínio nas camisolas. António Júlio, que é um visionário, pensou que seria melhor para o clube e para a empresa este concurso, ganhámos ambos e a cidade também”, comentou.
O presidente do clube não revelou quanto foi o montante apurado na venda das senhas, mas acrescentou que o valor mínimo estipulado, e que a Auto Júlio cobriria se não fosse atingido, seriam 11 mil euros. “Vendemos muito mais do que isso”, acrescentou.
No dia 29 de Março, realizou-se no restaurante Lisboa XL um jantar de homenagem ao Caldas, que serviu também de encerramento para o concurso. Nele foram vendidas as últimas senhas. A iniciativa contou com a presença de mais de uma centena de pessoas e os lucros reverteram a favor do clube alvinegro.

Nova epopeia antes da Taça
O Praiense-Caldas agendado para o passado sábado foi adiado depois de uma verdadeira epopeia vivida pelos alvinegros na viagem de ida. A equipa tinha voo marcado para a madrugada de sexta-feira, mas o avião não chegou a descolar depois de ter sido detectada uma avaria no avião da SATA.
Desta forma, a viagem para as ilhas ficou reagendada para a madrugada de sábado. Desta vez o avião da SATA seguiu mesmo viagem, mas teve que abortar uma tentativa de aterragem na Terceira devido ao mau tempo, acabando por ser desviado para São Miguel. Isto inviabilizou logo o jogo ao sábado, uma vez que os alvinegros só conseguiram ligação para a Terceira pelas 22h00, quando o jogo estava marcado para as 17h00 locais. Ainda se colocou a hipótese de realizar o jogo no domingo, mas tal não foi possível uma vez que os caldenses só teriam voo de regresso na terça-feira.
Desta forma, o encontro ficou mesmo adiado e será realizado a 11 de Abril às 18h00 de Portugal continental (com transmissão por webcast em mycujoo.tv/sc-praiense?id=15477) uma semana antes da segunda-mão da meia-final da Taça de Portugal com o D. Aves.
Este reagendamento faz com que o Caldas volte a ter um calendário apertadíssimo por altura de uma eliminatória da Taça. No espaço de duas semanas – entre 8 e 22 de Abril – os alvinegros vão disputar cinco jogos: Alcanenense (8), Praiense (11), Pêro Pinheiro (15), D. Aves (18) e Guadalupe (22).
Esta era mesmo a única data disponível, uma vez que a seguir a esse jogo da Taça o Caldas recebe o Guadalupe na última jornada do Campeonato de Portugal Prio, e o regulamento da prova não permite que um jogo seja reagendado para depois da derradeira jornada.

Caldas-Aves alterado para as 18h30
O Caldas-Aves, que vai decidir o primeiro finalista da Taça de Portugal, foi reagendado para as 18h30 de 18 de Abril, quarta-feira. O jogo estava inicialmente marcado para as 20h15, mas a impossibilidade de alterar o dia da outra semi-final, entre o Sporting e o FC Porto, levou a Sport Tv a solicitar a alteração da hora do encontro a realizar no Campo da Mata. Desta forma, será nas Caldas que se vai encontrar o primeiro finalista da competição. Se a eliminatória se decidir em 90 minutos, o encontro de Alvalade arranca logo a seguir.
Jorge Reis, presidente do Caldas, diz que o único prejuízo da alteração da hora será mesmo em relação ao convívio que poderia anteceder o encontro. “Gostávamos que fosse mais tarde porque pessoas estão a trabalhar, o convício duraria mais tempo, mas vamos festejar de noite”, exclamou.
Entretanto, os preparativos do palco do jogo estão a decorrer. O tratamento do relvado já foi concluído e correu como o previsto. A relva tem agora duas semanas de repouso absoluto para proporcionar as melhores condições para que os jogadores possam brilhar.
Adjudicados estão os serviços externos de iluminação, controlo de entradas e segurança. Jorge Reis estima que tudo possa estar pronto uma semanas antes da partida. No entanto, a parte da pintura das bancadas depende do bom tempo. Os trabalhos de limpeza das bancadas foi concluído na segunda-feira, ficando apenas a faltar o trabalho de pintura da marcação dos lugares.
O Campo da Mata terá uma lotação para o jogo de 6.600 lugares. O Aves terá direito a 824 bilhetes.































