
WAC regressou depois de dois anos em pandemia. Mais de 2.500 atletas de 31 países participaram no evento
No passado fim-de-semana, entre os dias 10 e 13 de março, o Campeonato do Mundo de Artes Marciais regressou às Caldas e à Expoeste, após uma interrupção forçada devido à pandemia. “O evento correu muito bem”, analisou Bruno Rebelo, responsável pela organização do evento, no final da décima edição deste campeonato, a quinta na cidade termal, que se tornou a capital das artes marciais.
Em prova neste Campeonato do Mundo esteve uma comitiva de 60 atletas caldenses, dos quais quatro do kempo adaptado, o que fazia da associação das Caldas uma das maiores em prova. No total, conseguiram conquistar dezenas de medalhas. Tal fez com que a equipa caldense conseguisse ser a melhor do mundo, conquistando os prémios por equipa também ao nível do kempo adaptado.
Este foi o regresso do evento às Caldas, após uma interrupção forçada pela pandemia. “Foram quase três anos parados, tempo demais”, afirmou Bruno Rebelo, notando que o último campeonato que estava organizado foi cancelado a 15 dias do evento. “A guerra fez o estrago maior, proibiu muitos países de vir e deu prejuízo aos atletas e a nós, que tínhamos alojamentos, transportes, seguros e tudo pago e não houve retorno”, notou.
No total, estiveram neste campeonato mais de 2.500 atletas de 31 países e de diferentes gerações. Kuweit, Espanha, França, Roménia e Hungria são apenas alguns exemplos. “Cerca de mil atletas estrangeiros não puderam vir, porque não tiveram vistos devido à guerra e alguns portugueses não vieram por causa da pandemia”, explicou Bruno Rebelo.
Para o próximo ano há uma novidade: o WAC (World All-style Championship) deixa de ser anual, sendo que no próximo ano Caldas recebe o Campeonato do Mundo da Federação de Kempo.
A organização deste evento tem um custo estimado a rondar os 200 mil euros e conta com cerca de 170 pessoas, entre as quais mais de 50 alunos do curso de Desporto do Colégio Rainha D. Leonor. A terminar, o dirigente não deixou de agradecer às entidades e aos patrocinadores que tornaram possível a realização do WAC.
O presidente da Câmara mostrou-se contente com o regresso deste evento. “Para as Caldas é importante esta dinâmica”, referiu Vítor Marques, elogiando a organização desta prova e destacando também a importância económica do WAC para a hotelaria e para a restauração da cidade. Por outro lado, Vítor Marques salientou a implementação desta modalidade na região e o trabalho feito pela associação nesse sentido.
O apoio da Câmara ao evento foi de cerca de 41 mil euros. “Tem-se mantido ao longo dos anos”, esclareceu o chefe do executivo municipal, adiantando que no futuro gostaria de ver a Expoeste requalificada para que possa receber com mais conforto competições desportivas, congressos, reuniões, atividades empresariais e, claro, as tradicionais tasquinhas. “Não será nos tempos mais próximos, mas vamos trabalhar para que possa acontecer”, assegurou o autarca.
Presente no primeiro dia do WAC, Vítor Pataco, presidente do Instituto Português do Desporto (IPDJ), referiu que esta “é uma competição aberta a vários países e diria que transmite também uma mensagem de paz, pois vivemos tempos difíceis e o desporto é um movimento de paz”. Antes tinha sido mostrada no palco uma bandeira da Ucrânia com a frase “Stop War”.
A cerimónia de abertura contou com a Dança do Dragão da Universidade de Aveiro.
A edição do WAC deste ano teve ainda uma outra particularidade: a transmissão em tempo real via streaming do que ia acontecendo no pavilhão.
































