
O Campo Municipal da Quinta da Boneca recebeu um novo piso sintético e foi inaugurado no passado sábado. As laterais, onde antes era alcatrão, foram forradas com tiras do antigo tapete. As redes laterais, para impedir que a bola vá para a Quinta da Boneca foram reforçadas (tendo sido acrescentada uma a Oeste). O piso do estacionamento foi alisado e os balneários requalificados.
Jorge Reis, presidente da Comissão Administrativa agradeceu à autarquia “o contributo e a parceria com o Caldas Sport Clube”.
Vítor Marques, presidente da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, recordou a boa utilização do antigo sintético, onde treinaram “centenas de jovens atletas que se formaram também enquanto homens”. O autarca salientou ainda “as grandes amizades para a vida que daqui saem”. O novo sintético é uma prenda num ano de centenário e é “de todos nós”, pelo que desafiou todos a uma utilização responsável do espaço.
Manuel Nunes, presidente da AF Leiria, agradeceu ao presidente da Câmara, “que também faz parte dos corpos sociais da associação, pelo que há uma grande ligação entre nós”. “Melhor que esta prenda não podia haver”, até porque “pelo Caldas tudo o que se fizer é pouco, porque tem há muitos anos uma grande responsabilidade”, é um clube centenário, sócio-fundador da AFL e “tem desempenhado um papel importantíssimo no desenvolvimento do futebol no concelho, na região e no país, com as suas cerca de 20 equipas e 400 atletas”.
A terminar, disse que o actual sintético “não tem comparação com o campo que aqui existia há uns anos”.
Tinta Ferreira, presidente da Câmara das Caldas, disse que tem sido feito “um trabalho no sentido de criar condições para a prática desportiva, não só de futebol”. No caso deste desporto, existem no concelho cinco campos relvados sintéticos.
O autarca contou ainda que, tendo em conta que o Caldas tem atletas para, em treinos, ocupar um campo e até mais, a solução passou por ser “o Caldas a fazer a gestão dos tempos, do espaço e a pagar a manutenção do mesmo”. Desta forma o clube “tem mais despesas, mas tem mais autonomia do que se dividisse o espaço com várias colectividades do concelho”.
“O Caldas deu efectivo uso a um investimento que foi a colocação do sintético pela primeira vez”, ainda sob alçada do seu antecessor. “Foi muito importante e agora chegou a altura de o substituir”, disse, fazendo notar que este novo piso é de “ainda maior qualidade que o anterior”.
A terminar salientou a presença de jovens da formação na equipa sénior do clube caldense.
Iniciados do Sporting demolidores na inauguração
Depois do descerrar da placa, Tinta Ferreira deu o pontapé de saída no jogo inaugural que opôs os iniciados do Caldas aos do Sporting. Os lisboetas venceram por 4-0, com dois golos na primeira metade e dois na segunda.
A superioridade leonina foi evidente, tendo os verdes encaixado no meio-campo alvinegro. Os caldenses puderam, principalmente, testar as suas armas defensivas, mostrando grandes dificuldades em lidar com a intensidade dos da capital.
Azuis do Restelo não deram hipóteses na apresentação dos iniciados
No dia seguinte realizou-se a apresentação da equipa de iniciados, frente a Os Belenenses. Novamente foram notórias as diferenças físicas e tácticas entre as equipas da zona metropolitana de Lisboa e as do resto do país. Foi mais um teste de grande intensidade para preparar os jovens para a época que se avizinha.
Os caldenses voltaram a ser muitas vezes empurrados para o seu meio-campo, sofrendo cinco golos: três na primeira metade e dois na segunda. Ainda assim, conseguiram o tento de honra por Martim Magalhães.
Sorteio ingrato na primeira fase do campeonato
Luís Lopes, treinador dos iniciados caldenses, disse que “ainda estão aqui dois ou três elementos que irão seguir na equipa B, porque o plantel está muito extenso”, mas revelou estar “com dificuldades em decidir, porque estamos muito satisfeitos com o trabalho que têm executado”. A indecisão prende-se também com o facto de a equipa ainda demonstrar “algumas dificuldades na intensidade de jogo, porque estavam habituados a um ritmo completamente diferente”.
“O grupo que está dá-nos algumas garantias em relação ao que queremos fazer”, disse, traçando o objectivo na manutenção, apesar de quererem “ser campeões”.
Este ano a primeira fase é só uma volta e “o sorteio foi-nos ingrato porque colocou-nos mais jogos fora do que em casa e vamos jogar fora com as equipas mais distantes, o que obriga a um esforço financeiro maior e a um desgaste pré e pós jogo muito maior”.
Ao contrário do ano passado, apenas entraram quatro atletas de fora, todos os outros são das equipas A, B e C de iniciados e A e B de Sub13. “O clube começa a estar apetrechado com jogadores com nível”, afirmou.
A terminar agradeceu aos apoios ao clube, aos directores e aos pais e salientou a importância deste novo piso sintético. “Isto vem dar-nos uma qualidade muito maior em termos de treino e vai permitir aos atletas atingir uma qualidade de jogo superior: a bola rola de uma forma mais regular, é sujeita a menos trajectórias imprecisas e vai saltar menos”.
PLANTEL DE INICIADOS DO CALDAS SPORT CLUBE:
Mica Rosário, Daniel Costa, Francisco Pereira, Guilherme Martins, Daniel Coelho, Gonçalo Matias, Henrique Paulo, Diogo Silva, Daniel Frunze, Alexis Branco, Miguel Matias, Afonso Botelho, Bernardo Veludo, Gonçalo Barreiras, Leonardo Rainho, Mateus Magalhães, Gonçalo Veludo, António Almeida, Ulisses Magalhães, Martim Magalhães, Tiago Seixas, José Albuquerque, João Jerónimo, Thomas Milroy e Rafael Serralheiro
Treinador: Luís Lopes
































