Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Rui Soares, AF Santarém. Assistentes: Pedro Gorjão e Filipe Lascas
Caldas 3
Luís Paulo [3]; Juvenal [3] (André Simões [4] 43’), Militão [4] (C), Rony [3] e Clemente [3]; André Santos [4], Paulo Inácio [4] e Tiago Esgaio [4]; Sabino [4] (Nuno Januário [1] 86’), Diego Zaporo [5] e João Rodrigues [3] (Telmo [3] 66’)
Suplentes: João Guerra, André Cruz, Rui Almeida, Marcelo Santos
Treinador: Ricardo Moura
Alcanenense 0
Wilson; Luís Carlos (Kanata 79’), Pedro Silva, Paz Miguel (C) e Peu; Faia, Jota e Bob; Carlos Oliveira (Harry Frost 85’), Major (Bruno Santos 52’) e Ragner
Suplentes: Francisco Silva, Igor, Soma
Treinador: José Torcato
Ao intervalo: 0-0
Marcador: Diego Zaporo (71’, 82’ gp e 86’)
Disciplina: Amarelos a Paulo Inácio (33’), Peu (58’), Paz Miguel (58’), Carlos Oliveira (72’), Ragner (75’), Wilson (81’) e Diego Zaporo (88’)
Joel Ribeiro
jribeiro@gazetadascaldas.pt
Vitória difícil a do Caldas frente ao Alcanenense, conseguida apenas nos 20 minutos finais. André Simões e Diego Zaporo foram os arquitectos da vitória, mas o hat-trick do avançado brasileiro fazem dele a estrela maior de um triunfo dedicado a Juvenal, que se lesionou com gravidade no primeiro tempo.
A lesão (ver texto na próxima página) foi importante no contexto do jogo porque até aí o Caldas jogava bem em posse de bola, remetendo o adversário ao seu meio campo. Tinha mais cruzamentos (7-3), mais remates (9-4), mais cantos (6-0), mais livres próximos da área (4-1) e a situação em que a bola esteve mais perto de entrar: livre traiçoeiro de André Santos para a defesa de Wilson e depois a recarga de Diego que um alcanenense salvou em cima da linha.
Contudo, sem bola o Caldas tinha algumas dificuldades para travar a velocidade e a técnica dos visitantes e Luís Paulo também viu alguns remates passarem perto e com perigo da sua baliza.
A melhor fase do Caldas não deu golos e após a lesão, o pelicano demorou a reagir. O Alcanenense apoderou-se do jogo nos 10 minutos iniciais do segundo tempo e pôs à prova a estabilidade defensiva do Caldas, com Militão a surgir em grande plano como patrão do sector mais recuado.
Com o tempo, porém, o Caldas foi-se recompondo e crescendo. E foi nesses 20 minutos finais que emergiram André Simões e Diego Zaporo. O médio, lançado na esquerda por Luís Paulo, tirou um excelente cruzamento para um não menos impressionante cabeceamento do brasileiro abrir o marcador.
O Alcanenense tentou reagir, mas nova abertura brilhante do camisola 55 encontrou o movimento de Diego na área, Wilson saiu e atropelou-o. O avançado brasileiro nem pestanejou na cobrança do penálti, estava feito o 2-0. E quatro minutos depois Telmo bate directo um livre lateral, da esquerda, a bola devolvida pelo poste estava ali mesmo ao jeito para o hat-trick.
MELHOR DO CALDAS
Diego Zaporo 5
Grande golpe de cabeça para o primeiro golo. Belo movimento para ganhar a grande penalidade e frieza para fazer o segundo. Oportuno no terceiro. Já antes, na primeira parte, tinha rondado diversas vezes o golo. Tanto de cabeça, como no remate espontâneo.
Sabino, jogador do Caldas
Para o Juvenal
O resultado não espelha bem as dificuldades que tivemos, o Alcanenense é uma equipa muito agressiva e depois do que aconteceu ao Juvenal tínhamos mais um motivo para ganhar: dedicar-lhe a vitória. Foi uma lesão grave e não podemos ficar indiferentes. Falámos ao intervalo disso, que era preciso abstrairmo-nos, entrámos um bocado mal na segunda parte, mas depois com confiança, a nossa maior disponibilidade física e a nossa maior qualidade fizeram a diferença. São duas vitórias, estamos no bom caminho.
Ricardo Moura, treinador do Caldas
Uma boa vitória
Na primeira parte estávamos a atacar razoavelmente mas estávamos a permitir que o Alcanenense contra-atacasse com perigo. Conseguimos estabilizar em termos defensivos e saímos para o ataque com mais estabilidade na segunda parte. Talvez tenha sido um pouco exagerado para o que o Alcanenense fez, mas foram três bons golos e uma boa vitória contra uma boa equipa. A equipa ficou perturbada com a situação do Juvenal, mas era preciso concentrarmo-nos, a equipa fez isso a pouco e pouco. É óbvio que é uma baixa importante, é um jogador com muita qualidade, importante na nossa estratégia, mas estamos convictos que vamos colmatar esta ausência.
José Torcato, treinador do Alcanenense
Resultado pesado
Em termos emocionais o primeiro golo deixou algumas marcas e depois cometemos erros no segundo e no terceiro golos que levaram a este resultado.































