Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Paulo Raposo, AF Santarém
Assistentes: Pedro Freire e Arlindo Crespo
CALDAS 2
Luís Paulo [3]; Juvenal [3], Militão [3], Rui Almeida [3] (C) e Clemente [3]; Paulo Inácio [4] e Odair [4]; Farinha [3] (Januário [1] 80’), Felipe Ryan [3] (Marcelo [1] 80’) e João Tarzan [3]; Pedro Emanuel [4] (Cruz [1] 90’+1)
Não utilizados: Natalino, Rony, Bé, Araújo
Treinador: José Vala
MAFRA 2
Godinho; Hugo Ventosa, Serginho, Juary e Guilherme Ferreira; Leandro Borges, Rui Pereira, Morelatto (Forbs 48’) e Mauro Antunes (Marco Aurélio 82’),
Campanholo, Ricardo Rodrigues (Alisson 69’)
Não utilizados: Raphael, Kiki, Rúben, Bruninho
Treinador: Luís Freire
Ao intervalo 1-2
Marcadores: Ricardo Rodrigues (24’), Mauro Antunes (29’), Farinha (45’), Serginho (54’ pb)
Disciplina: amarelo a Serginho (24’), Rui Almeida (28’), Militão (41’), Morelatto (46’)
O Caldas viu-se a perder por dois golos à meia hora de jogo, mas conseguiu reerguer-se e empatar com o líder Mafra, que vinha de uma série de quatro triunfos e na fase mais concretizadora com 14 golos marcados nessas partidas.
O Caldas, que na bancada tinha um espectador especialmente atento – José Mota, treinador do Aves – entrou na partida com grande fulgor, a dominar na zona de meio campo e a chegar com perigo junto da baliza de Godinho. Farinha e Juvenal estiveram perto do golo, o segundo a obrigar o guardião a uma bela intervenção.
Mas o Mafra tinha argumentos muito válidos. Aguentou a fase ascendente do Caldas e começou a assentar o seu jogo com frieza, controlando a posse de bola com passes em zonas recuadas que pareciam adormecer a partida, para lançar depois passes compridos para a desmarcação dos seus avançados. E quando um desses passes entrou, Ricardo Rodrigues ficou isolado e inaugurou o marcador.
O Caldas respondeu de pronto, com um passe a lançar Pedro Emanuel e Serginho a travá-lo em falta já na área. João Tarzan foi chamado a converter o castigo, mas Godinho voltou a brilhar, defendendo o remate.
O cenário ficava pior três minutos depois. Novo passe comprido a colocar em perigo a defesa do Caldas, Rui Almeida teve que recorrer à falta em zona frontal e Mauro Antunes não se fez rogado, com um pontapé que entrou ao ângulo superior direito da baliza caldense.
O Caldas sentiu o golo, mas a força dos adeptos encarregou-se de reavivar os ânimos. E à beira do intervalo, na melhor altura, chegou o golo. Tudo começa num passe de Pedro Emanuel a lançar Farinha. Serginho não deixou o extremo marcar, cedendo canto, mas a bola colocada na área por Odair encontrou novamente Farinha, que desta vez marcou mesmo o 25º golo pelo Caldas.
O Caldas acreditava e com 10 minutos de pressão forte chegou ao empate. João Tarzan transportou a bola até à área e levantou para Pedro Emanuel, o avançado não chegou à bola, mas a sua proximidade fez Serginho precipitar-se e fazer o corte por cima do seu guarda-redes, levando a bola para a própria baliza.
O Mafra tentou responder, refrescando o ataque com Alisson e Marco Aurélio, mas o Caldas teve um espírito de entreajuda forte e defendeu bem o seu guarda-redes.
MELHOR DO CALDAS

Pedro Emanuel 4
É costume dizer-se que aos avançados pedem-se golos. Pedro Emanuel não marcou, mas trabalhou que se fartou e boa parte dos dois do Caldas devem-se ao seu labor. Iniciou o lance que acabou com Farinha a marcar na primeira parte e a sua presença levou Serginho a fazer auto-golo. Teve ainda no centro do lance da grande penalidade e, na segunda parte, obrigou Godinho a uma boa intervenção.

Clemente, jogador do Caldas
Alma e união fortes
Fomos a perder para o interval injustamente. Criámos quatro ou cinco oportunidades e não marcamos, eles fizeram dois golos em dois remates. Mas a alma e a união desta equipa ficou novamente demonstrada. Reduzimos a acabar a primeira parte, na segunda arriscámos até fazer o 2-2 mas depois o jogo fechou. Ver esta moldura humana na Mata no campeonato é muito bom para todos.
José Vala, treinador do Caldas
Espírito guerreiro
Foi um resultado justo pelo que as duas equipas fizeram. Era injusto estarmos a perder ao intervalo porque até aos golos do Mafra estávamos a ser a melhor equipa. Depois os jogadores tiveram espírito guerreiro e conseguiram fazer golo e depois empatar na segunda parte. Um ponto é um ponto e conseguimos segurá-lo contra a melhor equipa desta série.
Luís Freire, treinador do Mafra
Resultado justo
No início o Caldas teve algum ascendente, mas quando a bola entrava conseguíamos criar perigo e fizemos o golo. A equipa libertou-se, surgiu o segundo golo. Depois não conseguimos controlar tão bem com bola, sofremos o golo e isso deu confiança ao Caldas. O resultado acaba por ser justo.































