
ESTÁDIO JOSÉ MARIA BAPTISTA, ALCANENA ÁRBITRO: JOSÉ RODRIGUES, ASSISTENTES: DANIEL SANTOS E PEDRO ESTRELA, AF PORTO
ALCANENENSE 2
FRAMELIM OHOULO; ITTO, LUÍS OLIVEIRA, GLADY E PEU; FAIA (C) E BOB (BRUNO SANTOS, 85’); CLÁUDIO, JOTA, E SOMA (ELTON, 61’); IDELINO (PEDRO SILVA, 82’) SUPLENTES: RAFAEL, BUNO FERREIRA, RAGNER, CEDRIC TREINADOR: JOSÉ TORCATO
CALDAS 0
LUÍS PAULO; ANDRÉ SANTOS, MILITÃO, RUI ALMEIDA (C) E DANNY RAFAEL (SABINO, 66’); PAULO INÁCIO (DIOGO CLEMENTE, 19’), TIAGO ESGAIO E ANDRÉ SIMÕES; NUNO JANUÁRIO (RICKY, 86’), JOÃO RODRIGUES E FARINHA SUPLENTES: JOÃO GUERRA, ANDRÉ CRUZ, TELMO, MARCELO SANTOS TREINADOR: RICARDO MOURA AO INTERVALO: 0-0 MARCADORES: 1-0 IDELINO (64’), 2-0 CLÁUDIO (89’) DISCIPLINA: AMARELO A SOMA (32’), MILITÃO (35’), BOB (65’), ANDRÉ SANTOS (72’), GLADY (77’) E ELTON (79’)
O Alcanenense venceu o Caldas com dois golos sem resposta e agarrou-se com firmeza ao primeiro lugar, esticando a liderança para cinco pontos sobre o Caldas. Este foi um daqueles encontros com duas partes bem distintas. O Caldas dominou a primeira e podia ter chegado à vantagem. Não o fez, o Alcanenense esteve melhor na segunda parte e foi mais eficaz. Os primeiros 45 minutos do Caldas foram quase perfeitos. A única coisa que não permite tirar o “quase” da frase anterior é a ausência de golos. O pelicano foi organizado, eficaz nas acções sem bola e de recuperação. Foi capaz de criar lances de perigo a uma equipa igualmente bem trabalhada, mas faltou o golo. Podia ter chegado ao minuto 10, quando um mau passe do Alcanenense isolou Nuno Januário, mas Framelim Ohoulo defendeu com o pé. Foi preciso esperar até ao final da primeira parte para ter mais lances de golo – pelo meio o Caldas perdeu Paulo Inácio com uma lesão num pé –, sempre em pontapés de canto. Rui Almeida e Tiago Esgaio andaram muito perto, mas não conseguiram marcar. Na segunda parte o Alcanenense melhorou substancialmente. A primeira parte já tinha dado indicações que Cláudio podia ser perigoso a atacar pelo flanco direito, mas foi na segunda que o jovem extremo brasileiro mostrou todo o potencial. Danny Rafael foi inclusivamente substituído, mas o conjunto alvinegro não foi capaz de apoiar o seu lateral esquerdo, nem antes nem depois da substituição. Foi num desses lances pelo corredor direito que Cláudio ofereceu o golo a Idelino, que só teve que encostar à boca da baliza. Três minutos antes o Caldas tinha construído um excelente lance a três, com André Simões, João Rodrigues e Farinha, mas este, já um pouco descaído sobre a direita, teve que rematar com o pior pé e não conseguiu concluir da melhor forma. Ricardo Moura tentou dar ataque à equipa com as alterações a partir do banco, mas o jogo apoiado do Caldas não saía. Mesmo quando a bola chegava aos avançados, estes tinham ainda muito que fazer até chegar à baliza. E a acabar o Alcanenense fez o segundo num lance duplamente infeliz de Luís Paulo. Um alívio que saiu com pouca força deixou a bola à mercê de Cláudio, o remate não saiu grande coisa e o guardião alvinegro parecia ter o lance novamente controlado, mas a bola acabou por passar e entrar na baliza.
MELHOR DO CALDAS
Rui Almeida 3
O capitão é daqueles que não sabe jogar mal e respondeu muito bem à chamada pela lesão de Rony. Destacou-se principalmente por dar à equipa opções variadas nos lances de bola parada em ataque e na forma como foi empurrando a equipa para a frente a partir do sector mais recuado.
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Rui Almeida, jogador do Caldas
Campo impraticável
Apesar de tudo realizámos uma boa primeira parte, num campo impraticável e contra um adversário difícil e agressivo. Saímos de cabeça erguida, queríamos vencer e chegar ao primeiro lugar, era o objectivo que trazíamos, não conseguimos atingir, mas estamos de consciência tranquila porque temos feito tudo para honrar a camisola do Caldas.Depois de falhar a fase de subida o objectivo era o primeiro lugar nesta fase, vamo-nos bater até ao fim por isso nos últimos três jogos para acabar de cabeça erguida.
Ricardo Moura, treinador do Caldas
Podíamos ter marcado antes
Estivemos muito bem na primeira parte. Dominámos o jogo, com um futebol de qualidade num campo difícil, podíamos ter chegado ao intervalo a ganhar. Na segunda parte o jogo foi mais equilibrado, com o vento a favor e um jogo mais directo. Alguns jogadores que não têm jogado tanto sentiram dificuldades em termos físicos e caíram um bocadinho. Podíamos ter marcado antes do golo deles, mas quem não marcar três ou quatro bolas que tem para fazer golo acaba por sofrer. Não ganhamos há três jogos, vamos querer terminar da melhor maneira para deixar uma imagem de acordo com a qualidade da equipa.
José Torcato, treinador do Águias do Moradal
Um registo bonito
Foi um jogo extremamente equilibrado, no qual a nossa eficácia na segunda parte ditou o resultado. São duas equipas que se conhecem bem, o relvado também está em péssimas condições, não conseguimos regar por uma avaria na bomba. Somos a única equipa sem derrotas nesta fase, o que é um registo bonito para o nosso clube.
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