O Manjar de Óbidos foi o local escolhido para a realização desta cerimónia que juntou associados, atletas e simpatizantes da colectividade que é a segunda Casa do Benfica mais antiga do país. Mas não foram só os convivas que beneficiaram da presença de uma das aves que garante o espectáculo de abertura de todos os jogos no Estádio da Luz, de resto, quando os restantes clientes presentes no restaurante se aperceberam da presença da águia poucos foram os que resistiram a tirar uma fotografia.
Este foi o ponto alto de uma noite informal, numa cerimónia simples mas que Hugo Feliciano, presidente da colectividade caldense referiu ser importante. “Há uma década que a Casa do Benfica não fazia um jantar comemorativo do seu aniversário”, observou, acrescentando que é “fundamental juntar os sócios e reavivar esta comemoração anual”.
Esta foi a segunda grande noite do ano para a Casa do Benfica, depois de em Março ter contado com a presença do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, na inauguração da sua nova sede. Hugo Feliciano observa que há um dinamismo crescente na Casa do Benfica.
Exemplo são as novas modalidades criadas. Na patinagem a colectividade conta já com 65 atletas e tem neste momento lista de espera. “Precisamos de mais horários de pavilhões, estamos a tentar tratar disso”, refere Hugo Feliciano, realçando que esta actividade “tem projeção e futuro, vamos ter novidades que ainda não podemos divulgar”.
No Verão a Casa do Benfica iniciou uma equipa de competição de futebol de praia, que teve um comportamento acima do espectável, que ficou próxima da subida ao Campeonato de Elite.
“É uma modalidade com muito potencial e decidimos avançar com um projeto a médio prazo. Já estamos a preparar a próxima época, que queremos começar mais cedo, e estamos a equacionar a criação de uma escola de futebol de praia na Foz do Arelho, o futuro será por aí”, adianta Hugo Feliciano.
Ainda na ressaca dessa competição, o jogador Tomás Seixas foi recentemente convocado para a Selecção Nacional de Sub21. O presidente da Casa do Benfica diz que esta possibilidade era conhecida,
“sabíamos que os nossos jogos tinham sido observados e o Tomás era um dos que se destacava, é um orgulho para ele, para nós e para a família”.
Outra modalidade criada foi a de setas, na qual a Casa do Benfica tem uma equipa a competir. Esta aposta surge da necessidade de dinamizar a sede e outras se podem seguir, como o snooker.
“Quem me conhece sabe que não consigo estar parado, temos que inovar, queremos melhorar o que já temos e fazer mais porque só assim podemos crescer”, afirma Hugo Feliciano. No entanto, isso não significa que os projectos se façam por fazer, pelo contrário.
“Já temos que por alguns travões em propostas que nos chegam para novas modalidades, primeiro temos que estruturar tudo, ver se é possível e exequível e só depois de reunidas todas as condições avançamos”.
O crescimento da colectividade surge da vontade de querer chegar a um público-alvo cada vez mais heterogéneo, e embora as cores do Benfica estejam sempre presentes
“trabalhamos sobretudo para os caldenses, clubismos à parte”, garante.
J.R.