A empresa de design Vícara, que se dedica à produção de obras de design cerâmico e de vidro, regressou às Caldas da Rainha, onde a firma nasceu em 2011.
A marca mudou-se de Leiria para a cidade termal, onde se encontra a maioria dos designers que pertence à sua rede de colaboradores.
A sede da empresa voltou para as Caldas

A reabertura da sede, nos Silos, e que decorreu no dia 24 de Outubro, foi ocasião para celebrou o 8º aniversário da empresa. A festa contou com comes e bebes e quermesse cujas rifas premiadas deram direito a peças de autor.
No início da constituição da marca estiveram a trabalhar quatro designers de produto, todos formados na ESAD. Ligados à Vícara, acabaram por ficar apenas dois autores: Paulo Sellmayer e Fábio Afonso. Este último é o criador dos candeeiros feitos em papel, peça de design que tem obtido visibilidade internacional dado que foi apresentada em revistas e jornais de todo o mundo, desde o Financial Times (em 2013) até à WallPaper.
Numa primeira fase, a Vícara era um projecto que se ia desenvolvendo em part-time e “íamos aspirando pelo dia em que iriamos conseguir viver das nossas próprias peças”.
Paulo Sellmayer acabou por ficar sozinho com a marca e a partir de 2015 instala a sede da Vícara em Leiria. E tem sido a partir daquela cidade que tem vendido as muitas peças de design.
O negócio foi prosperando ao ponto de ter passado a dedicar-se à direcção criativa e de produção da empresa, deixando de criar as suas obras. Ocupa-se pois da produção de peças, seja de vidro seja de cerâmica e em vários casos assume os custos de produção. “Produzimos e vendemos projectos de autor. Pagamos royalties ou compramos as peças directamente aos designers”, disse o responsável.
A Vicara marca presença em feiras internacionais e “apostamos na comunicação direcionada para meios especializados”, disse Paulo Sellmayer.
Ao todo a firma já representa 16 autores, a sua maioria, artistas formados na ESAD. “Temos meia dúzia que se formou nas Belas Artes de Lisboa e do Porto”, contou o responsável, explicando que as peças são posteriormente adquiridas por cerca de 40 lojas espalhadas pela Europa e algumas na América do Norte. “Temos mais de 50% das lojas no mercado internacional”, explicou Paulo Sellmayer. Para o empresário, a massa critica que há nas Caldas “é maior do que noutras cidades e daí termos regressado para cá”.
A empresa tem dois postos de trabalho assegurados e uma equipa de colaboradores nas áreas da fotografia e design gráfico. A Vícara possui loja on-line e esse “é um dos meios que mais privilegiamos”, referiu Paulo Sellmayer.
Para mudar para os Silos, a empresa gastou cerca de 300 euros para transformar o espaço na nova sede da marca. “Já pagámos algumas dezenas de milhares de euros a designers que vivem nas Caldas”, disse o responsável, reconhecendo que a presença da firma nos Silos representa também a oportunidade de ter um espaço físico, onde os seus clientes podem tocar nas peças e apreciar os seus materiais. Neste ponto de venda onde a Vícara recebe os seus clientes por marcação, queremos que as pessoas também se sintam à vontade para cá vir, conhecer a marca e, eventualmente, até comprar algumas obras.
A sede da Vícara nos Silos funciona durante a semana, entre as 10h00 e as 19h00 e atende clientes por marcação.

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