Vasco Graça Moura esteve nas Caldas da Rainha na feira do Livro do Olha-te

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Vasco Graça Moura, o actual presidente da CCB foi um dos convidados da Feira do Livro

Vasco Graça Moura foi um dos 15 autores que marcou presença na Feira do Livro que se realizou na Rua de Camões, em frente ao Parque D. Carlos I.
O evento foi uma iniciativa do projecto  “Olha-te” que presta apoio a pessoas que sofrem de cancro e que se realizou em Dezembro e ainda abriu portas no dia 1 de Janeiro.
O novo presidente da Fundação do Conselho de Administração da Fundação Centro Cultural de Belém, que agora substitui Mega Ferreira, veio às Caldas para apresentar a sua trilogia dedicada às Invasões Francesas. Designou-a “O Vermelho e as Sombras” e deu a conhecer um pouco mais sobre as obras Os Desmandos de Violante, que se segue a O pequeno-almoço do sargento Beauchamp (2008) e O Mestre de Música (2010).
Este escritor partilhou com os presentes que também tem um problema oncológico “que me vai dando ora sossego ora preocupações”. Numa das últimas fases, os relatórios vieram negativos, o que “foi um grande impulso para terminar este último livro que tinha em mãos”, contou em relação aos “Desmandos de Violante”.
Sobre a trilogia diz que é uma sequência de novelas “um tanto ou quanto camilianas, isto é, preocupei-me sobretudo com a eficácia das peripécias”. Tudo isto passado em Lisboa, após a fuga da corte portuguesa para o Brasil. As histórias dos três livros  decorrem pois em dias intranquilos por onde grassa a fome, as pandemias, os roubos, a violência e onde se constatam as mais variadas situações de vira-casaquismo. “Era também uma altura em que conviviam no território três exércitos: o nosso, o francês e depois o inglês”, contou o autor.

Referiu também que tem uma relação especial com a cidade das Caldas da Rainha e especificou revelando que foi à Pastelaria Machado, não lhe cobraram o café e “logo me perguntaram se não vinha também Zita Seabra”. Esta última é a responsável pela editora Aletheya, que é responsável por estas suas obras.
Célia Antunes, responsável pelo Olha-te, diz que Feira do Livro, correu bem e garante que durante 2012, o projecto vai realizar mais iniciativas relacionadas com os livros. Contou que a realização que teve a duração de um mês só foi possível “graças ao trabalho voluntário de mais de 20 pessoas”.
A escolha do local não poderia ter sido melhor. A loja, cedida pela Pastelaria Machado albergou a venda de livros, também acolheu obras de arte e trabalhos de artes decorativas cuja venda também reverteu a favor do Olha-te. Permitiu criar um local para a apresentação dos autores e Célia Antunes lamenta que algumas das sessões com os escritores “não tenham tido tanta gente como nós esperávamos”, disse.
O Olha-te que ainda está a contabilizar não só os livros como também os gorros que fizeram parte da campanha de angariação de fundos para este projecto, promete continuar a apresentar iniciativas não só para quem sofre da doença como também para  o público em geral.

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