O escultor de Alcobaça, Thierry Ferreira, conquistou o primeiro prémio na Bienal de Escultura del Chaco 2014, na Argentina, com o trabalho Semillas Cubicas. A obra em aço inoxidável do artista plástico recebeu o prémio Banco da Nação Argentina pelas mãos do governador Juan Carlos Bacileff Ivanoff.
Thierry Ferreira licenciou-se na ESAD em Artes Plásticas, curso do qual é agora mestrando.
O tema da bienal argentina deste ano foi “Homo Novus” e “ao enquadrá-lo dentro do meu processo criativo, rapidamente percebi que uma das minhas maquetes desenvolvidas poderia ir ao encontro deste desafio”, disse Thierry Ferreira.
A sua escultura apresenta três formas geométricas “que representam a forma minimal que habitualmente as crianças desenham quando pretendem representar uma casa. Essas formas têm um movimento de desdobramento sobre elas mesmas, remetendo para as portas que se abrem num movimento contínuo e infinito. É uma metáfora entre a construção do homem em si mesmo e o que ele vai construindo”, refere o artista plástico em comunicado sobre esta distinção internacional.
“Este prémio significa o reconhecimento do meu percurso artístico e reforça as minhas escolhas em termos conceptuais e estéticos. Esta bienal tem uma longa história e desenvolve um trabalho notável no que se refere à “democratização” da arte, e da escultura em particular, tendo já premiado escultores de renome internacional, de todos os continentes”, referiu Thierry Ferreira.
O júri, constituído pela chilena Cristina Pizarro, pelo colombiano Luis Fernando Peláez e pela espanhola Eva Lootz, teve a missão de escolher os três vencedores entre as dez criações em competição. Estas obras estão expostas no espaço público na cidade, que já conta com um espólio de 600 esculturas num verdadeiro museu ao ar livre.
Nesta bienal, o segundo lugar foi ocupado por Hugo Maciel, escultor português, com a obra “O crescimento da vida”, e o terceiro prémio foi atribuído ao austríaco Josef Baier, com a escultura “Evolution”.
Esta mostra internacional de escultura de renome realiza-se a cada dois anos na cidade argentina de Resistência, considerada como a Capital Nacional da Escultura. A próxima bienal decorrerá em 2016 com o tema “Equilibrium”. Tal como no Simpósio de Escultura em Pedra das Caldas da Rainha, também na Argentina o público pode acompanhar todo o processo criativo e de construção do trabalho e conversar com os artistas internacionais.
N.N.






























