
A companhia de teatro residente das Caldas obteve financiamento de 400 mil euros
O Teatro da Rainha, companhia de teatro caldense, obteve no Programa de Apoio Sustentado 2023-2026, da Direção-Geral das Artes (DGArtes), o apoio máximo para o quadriénio que se inicia no próximo ano.
A estrutura de criação teatral é também apoiada pela Câmara das Caldas da Rainha e tem-se vindo a assumir como “um centro dramático e de atividades que projeta de modo multidisciplinar tradição e inovação teatrais”, informa nota da companhia residente.
Esse apoio, de 400 mil euros, supõe um plano de atividades artístico, formativo e de atividades paralelas que justamente vai a concurso e distribui-se por 14 estruturas no todo nacional.
Este conjunto de apoios é “a rede das estruturas de criação que poderia dar sentido à atividade da rede de teatros e cineteatros, já que o trabalho da criação tem uma relevância que o da distribuição não tem”, dá a conhecer a mesma nota do Teatro da Rainha. Na opinião da companhia residente, “nela radicam as “démarches” criativas dos artistas portugueses, a sua potência artística identitária e universal, o sentido do que se faz em termos artísticos na génese e não na oferta”.
O Teatro da Rainha iniciará a atividade do próximo ano levando à cena um inédito de Jean-Pierre Sarrazac, “Ajax Regresso(S)”, uma peça oratório que é uma longa reflexão “sobre as atrocidades que um genocida é capaz de cometer, ao ponto de o fazer sem sequer reconhecer os seus, transformado numa autêntica máquina cega de matar”. “Ajax Regresso(S)” é o texto desta nossa triste atualidade, questiona o desumano que parece ter-se instalado depois de Auschwitz, e propõe, de algum modo, o que “O fim das possibilidades”, peça do mesmo autor co-produzida com o Teatro Nacional de São João, já propôs: um questionamento dos limites do humano. “Afinal, onde está a humanidade? Serão, de facto, os propalados direitos humanos, uma atividade sazonal?”, questiona-se ■






























