
Companhia teatral lamenta não ter sede e propõe regressar ao espaço que foi a Casa da Cultura onde o grupo começou ou então mudar-se para o CCC
O Céu de Vidro acolheu, a 5 de julho, a exposição “Expo 40 anos de Teatro da Rainha” que reúne fotografias, cartazes, bandas sonoras, desenhos de cenografia e figurinos, dos primeiros cinco anos de atividade do Teatro da Rainha e das produções levadas à cena nas imediações do Parque.
Na apresentação, o diretor da companhia, Fernando Mora Ramos afirmou que a atual espaço que ocupam, na Praça da Universidade, “é uma boa sala de ensaio, mas de teatro muito precário”.
Para o encenador “merecemos outra casa!”. E revelou que o grupo está disponível para que se recupere “esta ruína cultural com um projeto nosso, como espaço de teatro a que voltaríamos de boa vontade”.
Segundo Mora Ramos, em alternativa, pretendem aprofundar a relação com o CCC e “dispôr a tempo inteiro do pequeno auditório”. Ainda informou que “nada disto significa desistir do projeto da construção da sede para o grupo, na Praça da Universidade”, afirmou, acrescentando que o que pretendem é “encontrar uma segunda casa precária”.
O que acontece em relação à sede do grupo é que “nada foi feito nestes últimos quatro anos”, queixou-se o encenador. Era suposto que se tivesse faseado a intervenção e na verdade “nada se fez”.
“Estamos disponíveis para transformar de novo este espaço num espaço cultural, na lógica contra o hotel que ainda não se percebeu se avança ou não”, referiu.
A vereadora da Cultura, Conceição Henriques, recordou que antes de ser autarca publicou na Gazeta das Caldas que a concessão dos Pavilhões , na sua opinião, não deveria incluir o espaço da Casa da Cultura pois este faz falta à cidade. Já integrando o executivo camarário mantém a sua posição, mas feito o acordo com a Visabeira “logo não é possível reverter a situação”. A autarca referiu que é preciso remodelar o projeto para a sede do grupo e afirmou que “não desistiremos desse desígnio conjunto. A solução há-de ser encontrada”, rematou a autarca, que sublinhou que é com orgulho que se dá os parabéns a este grupo teatral a quem não falta resistência e resiliência.O grupo continuará as ações que assinalam os 40 anos do seu percurso, iniciado em 1985 na então Casa da Cultura.
O grupo representou nos dias 4 e 5 de julho récitas da peça “A Noite dos Visitantes” de Peter Weiss com encenação de F. Mora Ramos no Nadadouro e no Carvalhal Benfeito. Esta peça, que é uma coprodução com o Teatro das Beiras, será representada também entre os dias 15 e 21 de julho na ruína da Casa da Cultura, no Parque.































