“Sons da Água” para ver no Museu do Hospital

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O autor, homem dos sete ofícios, já se reformou e agora tem tempo para se dedicar à pintura

Antigo docente, músico e pescador desportivo é também pintor e mostra o seu trabalho em museu caldense

António José Xavier gosta de pintar as paisagens e a natureza. Nada disto é exatamente como é na realidade. “Coloco tudo ao meu jeito, através da forma e da cor”, disse o autor na inauguração da sua exposição, “Sons da Água”, que decorreu no sábado, 5 de julho, no Museu do Hospital e das Caldas.

Na abertura da mostra, a vereadora da Cultura, Conceição Henriques enalteceu as atividades da sociedade civil caldense, algo que não é assim tão comum noutras localidades da dimensão das Caldas.” Acrescentou ainda que esta mostra é muito oportuna e deveria estar incluída na celebração do legado da Rainha D. Leonor.

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A exposição é constituída por vários núcleos dedicados às pinturas da região como a Praia de S. Romeu que fica próximo de S. Martinho, a zona da Barosa ou a Pedra da Escada que fica na Foz do Arelho. “Transformo as paisagens da forma que gosto dado que é esta a forma como eu vejo os lugares”, disse o autor à Gazeta das Caldas. Começou a pintar aos 12 anos ainda no Colégio e depois de altos e baixos voltou a dedicar-se aos pincéis, agora que se reformou do ensino. Diz que tem aprendido muito com cursos online. António José Xavier trabalha com aguarela, guache e acrílico e vai experimentar novas técnicas recorrendo à tinta da china sob papel de arroz.

O autor foi ainda convidado pela autarquia para realizar nova mostra, no próximo ano, na Galeria do Posto de Turismo.

Isabel Xavier, irmã do artista, destacou que este “demonstra sempre grande disponibilidade para aprender, em qualquer área que abraça com paixão ao longo da vida”. Interessa-se pela pesca desportiva, pela música e agora pela pintura. Segundo a irmã, António José Xavier domina a aguarela “com grande mestria, cujo domínio foi conquistando através da formação, aprendizagem e dedicação de um tempo que nunca é ocioso”. A historiadora recordou que a mostra destaca a água e foi esta última “que deu origem às Caldas, ao Hospital Termal e ao Museu”.

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