Sérgio Gorjão quer recentrar o Museu Grão Vasco como um dos “maiores do país”

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Secretário de Estado da Cultura e o Director do Instituto
O secretário de Estado da Cultura e o Director do Instituto dos Museus e da Conservação na tomada de posse do novo director do Grão Vasco

Sérgio Gorjão, que foi durante vários anos técnico superior da Câmara de Óbidos na área cultural, tomou posse como director do Museu Grão Vasco (Viseu) no passado dia 13 de Setembro, na presença do Director do Instituto dos Museus e da Conservação, João Carlos Brigola, e do secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle.

Entre os seus principais objectivos estão a concretização de um conjunto de medidas que visam recentrar o Museu Grão Vasco como um dos “maiores museus do país”, disse no seu discurso de tomada de posse.
Entre os projectos do novo director estão a sua reclassificação como museu nacional, pois considera que se trata de “um equipamento cultural incontornável no contexto do nosso país e com um enorme potencial de expressão internacional”, disse à Gazeta das Caldas.
Outra das apostas passa pela internacionalização daquele espaço, não só constituindo uma imagem de marca para o Turismo em Portugal, como um espaço de estudo com universidades e centros de investigação científica, e ainda com outros museus, em especial os peninsulares.
A nível local, Sérgio Gorjão quer estabelecer laços e parcerias que reforcem o papel do museu na região e na cidade de Viseu, “as quais se encontram em franca expansão económica, social e cultural”. Uma das metas a alcançar será lançar mais e melhores iniciativas, de forma a “poder também estabelecer maior dinâmica no museu e potenciar o número de visitantes que, de momento, já rondam os 70 mil por ano”, explica.
O novo director vai agora começar a trabalhar para que o museu estruture a sua actividade de modo a cumprir a lei de bases dos museus, trabalhando no sentido apontado este ano pelo Ministério da Cultura, em que é dado especial enfoque à formação dos recursos humanos existentes e aposta na  inovação de modelos de gestão e de governança de proximidade.
Pretende também prosseguir com uma política coerente e integrada de preservação, estudo, documentação e comunicação das colecções, nomeadamente com a realização de exposições temporárias, mostrando assim “um conjunto de bens que por circunstâncias diversas têm estado um pouco escondidos dos nossos olhares nos últimos anos”.
Após a tomada de posse, o primeiro acto de Sérgio Gorjão foi a assinatura de um protocolo de cooperação com o Grupo de Amigos do Museu Grão Vasco (com cerca de 200 associados), permitindo o seu regresso aquele espaço museológico, depois de ter sido dali desalojado há vários anos.
Sérgio Gorjão não esquece a sua passagem por Óbidos, que diz ter sido “essencial em termos de formação”. Não se vê separado da terra que o acolheu profissionalmente, até porque ainda permanece vinculado à autarquia. Revela-se “inteiramente disponível” para colaborar nos projectos que a Câmara obidense pretender desenvolver e em que possa ser útil, sendo que para o ano de 2011 irá estar envolvido nas cerimónias de celebração dos 500 anos da Misericórdia.
Foi responsável ali pela implementação da Rede de Museu e Galerias e, mais recentemente, coordenou o Gabinete de Gestão do Património de Óbidos, sob orientação da Vereadora Rita Zina.
Antes de deixar Óbidos, Sérgio Gorjão deixou diversas acções estruturadas, nomeadamente o processo de classificação do Santuário do Senhor da Pedra.

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