Seniores mostraram no CCC que o talento não tem idade

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Gazeta das Caldas- CRIA 55
Nadi Tomaz cantou um fado original

No passado dia 21 de Novembro realizou-se a gala do CRIA 55 – VI Festival de Criatividade, Arte e Talento Sénior, que demonstrou que o talento não tem idade. Da poesia e da música à representação, passando pelas artes plásticas e pela dança, os mais velhos montaram um espectáculo que contou com casa cheia.

“Mulher-Mãe” era o nome do fado original que Nadi Tomaz, da Roliça, apresentou e que lhe valeu a vitória na gala de talento do CRIA 55 – VI Festival de Criatividade, Arte e Talento Sénior, um evento que decorreu nos dias 20 e 21 de Novembro pela cidade das Caldas.
Em segundo lugar ficou uma representação teatral de Maria Cristina Henrique, do Valado dos Frades, que fez um monólogo humorístico do que acontece quando alguém da província vai à capital e que lhe valeu ainda o prémio do público (uma novidade na edição deste ano).

 

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Mas entre as nove actuações (uma concorrente não apareceu) houve diversos talentos. Rita Adelaide veio dizer poesia, numa crítica social feroz ao país, cuja bandeira vinha representada no seu vestido. Armando Albuquerque trouxe um monólogo com partes de Raul Solnado em que está na selva ao telefone a pedir objectos à mãe. Ainda na representação os “Figurinos D’Ouro”, de Ílhavo, apresentaram o teatro musical “Tango da Prisão”.
António Pinto e Elena Guerreira, de Almada, dançaram o tango argentino e José Casebre e Vítor Cláudio o fandango ribatejano. Os FRAPO (um casal franco-argentino e um português) tocaram “Libertango” e Fernando Varela cantou “O Brilho dos Olhos Teus”.
A gala foi apresentada – como é costume – por Fernando Alvim e contou com a participação especial de David Antunes, que foi presidente do júri, composto ainda por Joaquim Tavares (professor de cavaquinhos) e Carlos Coutinho (director dos museus de José Malhoa e da Cerâmica).
A dupla animou a sessão com piadas, sendo que a concorrente que não apareceu foi um dos principais motivos. Revelaram que a mesma fazia naquele dia 70 anos e que estaria, portanto, a celebrar. Brincaram que tinham sido convidados apenas para ocupar o lugar da concorrente em falta e até lhe cantaram os parabéns, gravando em vídeo e enviando para a aniversariante.
Além das piadas constantes, Fernando Alvim e David Antunes proporcionaram bons momentos musicais e até dançaram. O primeiro dançou uma espécie de tango argentino com Elena Guerreira e depois o ribatejano David Antunes desafiou Alvim para o fandango. O grande auditório do CCC estava praticamente cheio, numa tarde bem passada.
No exterior estavam expostos os trabalhos dos artistas plásticos. Nessa área, Aurélio Bravo, de Portalegre foi o vencedor. O público escolheu o trabalho de Maria Godinho.
No âmbito do festival realizaram-se oficinas criativas de walking football, graffiti, risoterapia, danças circulares, fotografia digital e desenvolvimento pessoal.
Maria da Conceição Pereira, vereadora da cultura e da acção social da Câmara das Caldas, disse que o CCC está disponível para no próximo ano voltar a receber esta gala e aproveitou para entregar os prémios de fotografia do concurso que surgiu no âmbito da geminação com Le Raincy (França), que foi ganho por Graciete Marques.

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