Rainha D. Leonor inspirou artesãos a criar peças orginais

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Elementos da direção da Associação com autarcas caldenses

A rainha fundadora das Caldas deu o mote à mostra da Associação de Artesãos que se encontra no Hospital Termal até 17 de novembro

A mostra “A Rainha pelas Mãos dos Artesãos” teve uma inauguração bem participada no sábado, 1 de novembro, na sala dr. Mário Gonçalves, no Hospital Termal.

A mostra reúne as propostas inspiradas em D. Leonor feitas por 15 artesãos locais. As propostas originais foram feitas em pintura, escultura, ourivesaria, pirogravura, cerâmica, trabalho em tecido, bordados e decoração de cabaças, apostando numa grande diversidade de técnicas e expressões artísticas.

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Organizada pela Associação de Artesãos das Caldas, a mostra integra as comemorações dos Cinco Séculos de Legado da Rainha D. Leonor que só terminará a 15 de novembro com missa, nova conferência, desta vez do historiador Vítor Serrão, e com mais uma ceia quinhentista.

“Os artesãos inspiraram-se na Rainha, que de facto pelo que fez é inspiradora e depois cada artesão criou a sua peça”, disse Jorge Lindinho, o atual presidente da Associação.

Joana Bravo é uma das artesãs que está a participar na exposição e é também da atual direção da associação.

A autora – que fez uma rainha contemporânea usando cabaças e pasta de cerâmica fria -, fez uma visita guiada à Gazeta das Caldas mostrando por exemplo a coroa de cerâmica, uma proposta de Cristina Capinha, autora que tirou o curso de Cerâmica Criativa no Cencal e que apresentou uma coroa especial, profusamente decorada.

Teresa de Vasconcelos é uma artesã que usa tecelagem de Almalaguês (Coimbra) e, no meio dos fios, usa materiais recicláveis. Inspirou-se nas cores do brasão das Caldas para completar a sua peça, uma mala produzida com recurso a uma técnica tradicional.

Além de várias interpretações da própria rainha e várias coroas, feitas em renda ou em macramé, há propostas em cerâmica como é o caso da peça de Sónia Melo que designou a sua proposta em grés – como lastra moldada e com detalhe em macramé – “Era uma vez um lugar….que pela mão de Leonor se tornou uma povoação”.

Por seu lado, Cristina Nuno criou uma interessante peça de ourivesaria em volta de um dos símbolos de D. Leonor, o camaroeiro. Há dois trabalhos de bordados das Caldas de Ana Pereira e uma proposta de cerâmica de Jorge Lindinho, numa interpretação mais abstrata e uma outra de Vítor Lopes. Este último representou a lenda da Rainha que viu nas Caldas populares a banhar-se nas curativas águas termais caldenses.

Odorico Eloy é um artesão brasileiro que se dedica à pirogravura e que reproduziu o retrato da rainha, num trabalho sobre madeira. A moldava Natália Diaconu que vive nas Caldas desde 2004, fez um colar e brincos onde usou pérolas, cristais e missangas e que designou “Século XV”.

Para o presidente da Câmara, Vítor Marques, este é mais um contributo para os 500 anos do legado da Rainha “e que ainda hoje fazem parte do património das Caldas”. Salientou o trabalho da Associação de Artesãos e sublinhou o facto da mostra se apresentar na sala que foi batizada com o nome de dr. Mário Gonçalves, cidadão caldense e médico que “muito fez pelo hospital e pela comunidade”. Para o presidente da Junta, Pedro Brás “estão aqui trabalhos maravilhosos que ainda mereciam mais destaque!”. Pedro Brás é muito ligado a este grupo que presidiu antes de se tornar autarca.

“A Rainha pelas Mãos dos Artesãos” está patente até 17 de novembro. A 22 de novembro, a Associação de Artesãos fará o seu Mercado de Natal, na Capela de São Sebastião. Nesta iniciativa vão estar representados vários autores. O Mercado de Natal da Associação de Artesãos funcionará até 23 de dezembro.

Bordados são uma das 15 propostas patentes na sala dr. Mário Gonçalves
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