A rainha D. Leonor regressou ao Palácio Gorjão, no Bombarral, para apresentar às crianças o poeta e escritor bombarralense Anrique da Mota, numa iniciativa que pretende divulgar a história daquele concelho aos alunos do 1º Ciclo.
O Museu Municipal do Bombarral tem vindo a promover visitas à sala dedicada aos escritores Júlio César Machado e Anrique da Mota. Este último tornou-se amigo da rainha D. Leonor quando o escritor começou a frequentar a corte de D. João II, seu marido.
Segundo uma nota de imprensa, para além do gosto que ambos tinham pela poesia e dos contactos da corte, supõe-se igualmente que esta amizade tenha tido origem nas estadias que a rainha efectuou no Palácio dos Henriques (actual Palácio Gorjão), quando se deslocava para as termas das Caldas da Rainha.
Natural do Bombarral, Anrique da Mota nasceu em 1470 no seio de uma família de lavradores abastados. “Possuidor de apreciável cultural, cultivou a poesia satírica em moldes que permitem considerá-lo um percurso de Gil Vicente. Na sua poesia, manifesta um sentido crítico apurado, atento aos aspectos pitorescos da realidade e uma vocação particular para um estilo dialogado e bastante vivo”, escreveu o actor e encenador Luís Miguel Cintra.
Após a morte de D. Leonor, em 1525, o poeta dedica-se, no Bombarral, ao cultivo das vinhas passando a fornecer com vinho a corte de D. João III e as praças portuguesas do Norte de África.
Da sua obra literária destacam-se a “Farsa do Alfaiate”, a “Lamentação da Mula” e o “Pranto do Clérigo”, entre outras peças.






























