De modelos dos anos 20 até outros bem mais recentes, é amanhã inaugurada a maior exposição de bicicletas já realizada nas Caldas, às 15h00, no Museu do Ciclismo. Jaime Ricardo, coleccionador caldense, partilha a sua colecção pessoal, numa mostra que terá a curadoria de Mário Lino.
Na exposição poderão ser apreciadas bicicletas centenárias – a mais antiga é de 1917 – e perceber como evoluiu este veículo de duas rodas no último século (não tanto na forma, mas sim nos componentes e materiais que os constituem).
Apesar de sempre ter tido pasteleiras, o coleccionador começou a andar de motorizada, depois de mota e por fim de carro. “Nunca mais ligamos às bicicletas”, disse Jaime Ricardo.
O gosto renasceu há cerca de dez anos, quando adquiriu uma pasteleira, e foi crescendo. De tal forma que, em pouco tempo, deu conta de que já tinha seis exemplares. “Começamos a gostar, a ver modelos diferentes, de várias nacionalidades…” e, uma década depois, eis que possui mais de uma centena de bicicletas.
O coleccionador conta que adquire as bicicletas “no pior estado possível, para o arranjo dar luta”, sendo o restauro todo feito por si.
Na exposição irá mostrar, entre outras, bicicletas dos exércitos suíço e alemão e dos correios franceses. Para além disso, os visitantes poderão apreciar alguns exemplares de marcas portuguesas que já não se fabricam.
Entretanto, Jaime Ricardo começou a participar em passeios etnográficos, construindo uma bicicleta para levar o neto ao lado. Juntos percorrem várias localidades portuguesas para demonstrar a arte antiga através de três vertentes: um traje, uma profissão e, claro está, uma bicicleta. O mais pequeno, fascinado, parece querer seguir as “pedaladas” do avô.
Mário Lino, director do Museu do Ciclismo e curador desta exposição, salientou que o coleccionador “salva da destruição bicicletas condenadas à morte e, sem a ajuda de ninguém, dá-lhes novo rosto e nova vida”.
Para além disso, na visita ao museu poderá apreciar dois exemplares utilizados pela GNR nos anos 40 e 60– únicos em Portugal – que fazem parte da exposição permanente. I.V.
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