
“Quadros da história de Portugal” intitula a exposição que será inaugurada amanhã (6 de Agosto), pelas 16h00, no Museu do Ciclismo. A mostra, da autoria de Mário Lino e Célio Dias, faz uma incursão pela história portuguesa, desde D. Afonso Henriques até à I Guerra Mundial, com destaque para as Invasões Francesas e a presença de caldenses na Guerra que durou entre 1914-1918.
Um painel com a fundação do reino, por D. Afonso Henriques, marca o início do primeiro de três núcleos que compõem a exposição “Quadros da história de Portugal” que estará patente, a partir de amanhã, no Museu do Ciclismo. O conjunto de oito painéis foram coordenados em 1917 por Chagas Santos e João Soares (pai do ex-Presidente da República Mário Soares) e relatam momentos importantes da história, a que Mário Lino acrescentou mais alguma informação complementar, sobretudo com apontamentos das Caldas naquele período.
Os diversos acontecimentos são ilustrados, alternadamente, por Roque Gameiro e Alberto Sousa. Exposto está também o livro “Quadros da História de Portugal”, que acompanha os painéis, que terminam com a implantação da República em 1910. Mário Lino acrescentou alguns quadros da última família real, com D. Carlos e D. Manuel II, e as respectivas biografias, reforçando assim a informação sobre o final da monarquia.
Segue-se um apontamento com uma bandeira da República, “provavelmente a primeira que veio para as Caldas e que esteve na festa da bandeira, em 1910”, explica o coordenador do Museu do Ciclismo. Na vitrine há ainda espaço para um jornal do dia da implantação da República (5 de Outubro de 1910) e cartões dos “voluntários da República”.
O segundo núcleo é dedicado à I Guerra Mundial, que começou em 1914 e na qual morreram, em França, nove caldenses. A serrapilheira exposta representa os sacos que areia que protegiam as trincheiras e existem alguns quadros com gravuras alusivas à guerra, mandados imprimir durante a I República como homenagem aos militares.
Patente está também uma foto do Soldado Milhões, o soldado português que, sozinho, bateu-se contra a ofensiva alemã, na Batalha de La Lys, permitindo a retirada de parte das forças portuguesas da frente, tendo depois sido condecorado com a medalha da Ordem de Torre Espada. No dia da inauguração será feita uma homenagem a este soldado, com a presença da neta, Leonilda Milhões.
A completar este núcleo estão peças alusivas à temática e um exemplar do jornal Circulo das Caldas de 1921, com a noticia de uma homenagem feita ao soldado desconhecido. E porque a mostra se realiza no Museu do Ciclismo, é feita uma referencia aos batalhões de ciclistas do Exército, fazendo a ligação do mundo das bicicletas às forças armadas.
A 16 de Agosto o coronel Américo Henriques, que foi professor de História na Academia Militar, irá proferir uma conferência sobre a Primeira Guerra Mundial.
Em exposição está ainda um terceiro núcleo, composto por bonés e condecorações, da colecção de Célio Dias, natural do Louriçal e militar da GNR. Tem alguns bonés da época napoleônica, utilizados pelos militares franceses, mas a esmagadora maioria são bonés portugueses, que representam os três ramos das forças armadas (Força Aérea, Exército e a Armada), GNR, a PSP, mas também da PIDE, PVT (Polícia de Viação e Transito), Guarda Fiscal, Guarda Fiscal, entre outras.
Este coleccionador possui um acervo de mais de 5000 peças entre bonés, crachás, condecorações e fardamentos, representativos de 76 países dos cinco continentes.






























