
Encerrou no último fim de semana de Fevereiro o primeiro workshop de construção de marionetas destinado a professores e que se realizou no CCC, em parceria com o Centro de Formação de Professores Deolinda Ribeiro.
A acção terminou com pequenas dramatizações dos participantes com as suas marionetas, numa sessão que encheu por completo o Caldas Caffé Concerto.
Ao todo participaram 30 docentes, que vieram das Caldas, Óbidos, Rio Maior, Alenquer e Azambuja, nesta que foi a primeira acção “em que se estabeleceu uma ponte entre duas entidades para formar públicos e ao mesmo tempo poder contribuir para a formação continua dos professores”, disse José Ramalho, especialista nesta área e também director técnico do centro cultural caldense.
O workshop realizou-se aos sábados e “ficaram várias pessoas em lista de espera”, contou o formador. Pretende-se agora organizar mais cursos sobre teatro de marionetas e também noutras áreas do mundo do espectáculo. Também há interesse em dar “a palavra à voz”, dado que esta, se for mal usada, “pode originar doenças profissionais”.
Para Ana Maria Rosário, professora de EVT (Educação Visual e Tecnológica) na Escola Manique do Intendente, na Azambuja, toda a formação foi interessante e achou que o mais difícil tinha sido a dramatização final pois “não sabíamos que tínhamos que nos apresentar ao público”. A sua marioneta foi feita em esponja, colagens em tecido e em madeira. Agora a docente gostaria de obter formação na área das técnicas de apresentação.
“Gostei muito do CCC pois é um espaço que não conhecia e fiquei adepta”, disse Ana Maria Rosário, que contou que vai apresentar a peça que resultou do atelier nas Caldas aos seus alunos.
“Gostei muito pois até fizemos uma abordagem histórica sobre as marionetas”, destacou António Ramalho, professor de EV na D. João II, nas Caldas. Na sua opinião, esta formação poderia ter continuação se fosse noutro tipo de marionetas, ou sobre a própria manipulação dos bonecos.
“Para mim a formação foi fantástica”, disse a professora de EVT, Teresa Lopes, que mora nas Caldas. Apesar do formador ter sido exigente, esta docente achou que valeu a pena sobretudo numa fase em “que nós professores não estamos muito bem vistos”.
Esta docente conta que na verdade o workshop ultrapassou as melhores expectativas e que agora poderia ter continuação aprofundando conhecimentos “na manipulação das marionetas e no estar à vontade no palco, agora que já sabemos alguma coisas sobre a parte plástica”.
Tânia Santos, também docente de ETV disse que foi bom experimentar trabalhar com esponjas, sprays e pó talco e que gostava agora de aprender técnicas de manipulação.
Por seu lado, Maria José Rocha, docente de Artes Visuais nas Caldas, disse que esta formação não poderia ter corrido melhor “pois aprendemos várias técnicas e a trabalhar com vários materiais”. O facto do formador lhes ter pedido para representar uma história com as marionetas que foram produzidas nesta acção também “foi desafiante”.
A professora gostaria que a acção tivesse continuação com aulas de corpo e de voz pois “teatralizamos todos os dias nas nossas vidas e em especial nas salas de aula”, rematou.






























